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sexta-feira, 12 de abril de 2013

EUA aproveitam tensão militar para vender armas à Coreia do Sul

EUA aproveitam tensão militar para vender armas à Coreia do Sul 
              Departamento de Defesa americano autorizou a venda, entre outros equipamentos bélicos, de caças de guerra aos sul-coreanos.

              Apresentação do F-15 Silent Eagles da Boeing que poderá ser vendido aos sul-coreanos

              Enquanto o mundo observa as movimentações militares na Ásia em razão das ameaças nucleares norte-coreanas, o Departamento da Defesa dos EUA aprovou na semana passada um acordo para vender 60 caças de guerra à Coreia do Sul. Os dois países já desfrutam de um longo histórico de cooperação bélica e as novas aquisições sul-coreanas poderão chegar a um total de R$ 21 bilhões (10,8 bilhões de dólares) de acordo com FMS (Venda Militar Estrangeira).

              A Coreia do Sul ainda irá decidir qual dos modelos oferecidos pelos EUA fará parte de sua Força Aérea. A escolha será feita entre os modernos caças modelo F-35 fabricados pela Lockheed Martin Corp e o F-15 da Boeing.

              O vencedor da concorrência será anunciado ainda este ano entre os meses de junho e novembro. Diante das ameaças do vizinho do Norte, os sul-coreanos devem completar a compra em breve para reforçar seu aparato militar.

              A tensão que dominou a península coreana nas últimas semanas obrigou os EUA a enviar diversos equipamentos militares para a região: navios de guerra equipados com sistemas antimísseis, aviões espiões com capacidade atômica, submarinos nucleares, caças F-22 e inclusive uma plataforma naval para vigiar movimentos no norte.

              Simultaneamente, o Japão e a Coreia do Sul também mobilizaram suas armas para evitar um ataque surpresa do vizinho do Norte. Essa operação resultou em um gasto militar que não estava previsto nas estimativas financeiras governamentais desses países.

              Tais despesas incomodaram principalmente os norte-americanos, que passam por vários cortes de gastos e tiveram dificuldades para aprovar seu orçamento público depois de muita polêmica. Nesse sentido, o próprio presidente Barack Obama se dispôs a reduzir seu salário em 5%. Entretanto, o anúncio das novas vendas militares aos sul-coreanos mostra que o clima de guerra iminente também pode gerar frutos.

              Na realidade, o acordo militar entre americanos e sul-coreanos deverá incluir um pacote de outros equipamentos bélicos como radares, peças de substituição, programas de computador, além de treinamento técnico e sistemas de logística e informação.

              Em dezembro de 2012, Seul pediu uma possível venda, no valor de R$ 2,4 bilhões (US$ 1,2 bilhão), de quatro aviões RQ-4 "Global Hawk" com capacidades de vigilância adicionais, fabricados pela Northrop Grumman Corp, informou em comunicado a Agência de Cooperação para a Defesa e Segurança do Pentágono.

              A Coreia do Sul, o Japão e outros países do Pacífico são grandes compradores de armas americanas. Em 2012, os EUA fecharam negócios que geraram cerca de R$ 27 bilhões (13,7 bilhões de dólares) em artigos bélicos, um valor 5,4% maior que em 2011. Provavelmente neste ano os resultados serão melhores diante das investidas norte-coreanas.

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