GUIAS

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Caso Joaquim Pontes - VIII - Desaparecimento do menino Joaquim completa 5 dias sem novos indícios

O Caso da Morte do menino Joaquim Pontes
Passo-a-passo

VIII
Ribeirão Preto - 131110


Desaparecimento do menino Joaquim completa 5 dias sem novos indícios

Criança sumiu de dentro de casa na terça-feira (131105) 
em Ribeirão Preto-SP
Polícia investiga envolvimento de mãe e padrasto e procura novas provas.



Cartazes de Arthur Paes em frente à DIG pedem justiça por Joaquim.

           O desaparecimento do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, completou cinco dias neste domingo (131110), desde que a mãe, Natália Mingoni Ponte e o padrasto, Guilherme Raymo Longo, confirmaram o sumiço da criança de dentro da casa da família em Ribeirão Preto-SP. A Polícia Civil solicitou o rastreamento das ligações telefônicas do casal e de familiares próximos da criança e deve ouvir profissionais do colégio onde Joaquim estudava, para buscar indícios que ajudem a solucionar o caso. Tanto a polícia quanto o Ministério Público descartam a possibilidade de encontrar Joaquim com vida. 

           A polícia realizou diligências pela cidade neste sábado (131109) e o pai do menino, o produtor de eventos Arthur Pontes, esteve na Delegacia de Investigações Gerais - DIG, mas nenhum novo indício foi confirmado. Paes, que já havia afixado cartazes de apelo em frente à DIG, continuou distribuindo panfletos com a foto de Joaquim pelas ruas na esperança de encontrar o menino.

Denúncias
           De acordo com o tenente Antônio Gustavo Ribeiro, a maioria das denúncias que a polícia tem recebido por telefone é falsa ou não tem nenhuma comprovação, o que acaba atrapalhando as investigações sobre o paradeiro de Joaquim. Os policiais precisam atender e apurar cada um dos chamados. 
“As denúncias que estão chegando pelo telefone 190 
não têm confirmações substanciais. 
As pessoas têm que ter certeza das informações, 
porque nós vamos gerar a ocorrência 
e deslocar uma viatura até o local da ocorrência”, 
explicou.

Prisão
           Na próxima segunda-feira (131111), o delegado da DIG responsável pelo caso, Paulo Henrique Martins de Castro, e o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino devem novamente requerer a prisão temporária do casal, depois que o primeiro pedido foi negado pela Justiça. 
"Já concordamos que são necessários novos elementos 
para renovar esse pedido de prisão temporária. 
Só iremos renovar com novos elementos de investigação. 
É nesse sentido que polícia e MP estão trabalhando", 
disse Nicolino, na sexta-feira.

           A Polícia Civil também pediu o rastreamento das ligações telefônicas feitas pelo casal e de alguns parentes próximos com o objetivo de encontrar novas informações sobre o desaparecimento da criança. Também serão ouvidos os profissionais que trabalham na escola em que Joaquim Ponte Marques estava matriculado. O menino não frequentava a escola havia uma semana, segundo a assessora de direção do Colégio Lacordaire
"Vamos averiguar como essa criança se comportava na escola, 
como ela se referia ao relacionamento com o padrasto 
e com a mãe. O objetivo é identificar 
se houve alguma ligação naquela madrugada. 
Vamos partir desse ponto para ver 
com quem essas pessoas mantiveram contato 
para poder avançar nas investigações", 
explicou o promotor.

Desaparecimento
           Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu na madrugada de terça-feira (131105), de dentro da casa onde mora com a mãe e com o padrasto no bairro Jardim Independência. Em depoimento à polícia, Natália afirmou que notou a ausência do filho pela manhã, ao procurá-lo no quarto, por volta de 7 hs, para aplicar uma dose de insulina, já que o menino é diabético.

           Segundo a mãe, as janelas da casa têm grades, o portão estava trancado, mas a porta da sala estava aberta. Natália afirmou que o atual marido é usuário de drogas e que teria sido ele o último a ter contato com o garoto, ao colocá-lo para dormir, por volta de meia-noite.

           Longo, que admitiu ser dependente químico, contou que nas últimas semanas teve uma recaída e que chegou a sair de casa na madrugada em que Joaquim desapareceu para ir atrás de drogas. Ele disse que deixou a porta aberta ao sair, mas que voltou rápido porque não encontrou o que procurava. O padrasto, que teve a prisão temporária pedida junto com a mãe pelo delegado, negou que a dependência pudesse oferecer riscos ao menino e às outras pessoas com quem convive.

           O tio de Joaquim, Flávio Paes, que desde terça-feira acompanha os trabalhos da polícia ao lado do irmão Arthur em Ribeirão Preto, afirmou que o casal trata o desaparecimento com descaso. A polícia analisa imagens de um vídeo gravado em frente à casa da família, pistas obtidas com a ajuda de um cão farejador, e aguarda os laudos da perícia para concluir a investigação.

           O Ministério Público e a Polícia Civil descartam a possibilidade de encontrar Joaquim com vida.



Caso do menino Joaquim Pontes - VII - Promotor descarta possibilidade de encontrar menino Joaquim vivo

O Caso da Morte do menino Joaquim Pontes
Passo-a-passo

VII
Ribeirão Preto - 131108

Promotor descarta possibilidade de encontrar menino Joaquim vivo

MP e Polícia Civil vão rastrear ligações da família 
em busca de novas pistas.
Novo pedido de prisão da mãe e do padrasto depende de mais provas.

Joaquim, de 3 anos, sumiu misteriosamente de dentro da casa da mãe
(Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

              O promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino afirmou, na tarde desta sexta-feira (131108), que o Ministério Público e a Polícia Civil descartam a possibilidade de encontrar o menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, com vida. Joaquim está desaparecido desde a madrugada da última terça-feira (131105). Nesta sexta, Nicolino se reuniu com o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pelo caso, para avaliar a possibilidade de entrar com um novo pedido de prisão temporária do padrasto de Joaquim, Guilherme Longo, e da mãe, Natália Ponte, já que a primeira tentativa foi negada pela Justiça.

              Segundo Nicolino, os próximos passos das investigações consistem em levantar o histórico de Joaquim na escola e fazer o rastreamento de ligações feitas pelo casal suspeito e pelos familiares mais próximos de Joaquim. 
"Vamos averiguar como essa criança se comportava na escola, 
como ela se referia ao relacionamento com o padrasto e com a mãe. 
Em relação às ligações, 
o objetivo é identificar se houve alguma ligação naquela madrugada. 
Vamos partir desse ponto para ver 
com quem essas pessoas mantiveram contato 
para poder avançar nas investigações", 
explicou.

              Em entrevista, nesta sexta, a assessora de direção da escola onde Joaquim estuda afirmou que os profissionais envolvidos na educação dele nunca notaram nada de errado no comportamento do menino.
 
“Nunca observamos nada de anormal. 
A relação dele com a mãe e o padrasto era muito tranquila”, 
disse Ivete Morandini. Antes do sumiço, segundo a assessora, Joaquim havia deixado de frequentar as aulas há uma semana por causa do tratamento contra o diabetes.

              O promotor admitiu que um novo pedido de prisão temporária do casal depende de novas evidências que possam ser somadas às investigações. 
"Já concordamos que é preciso novos elementos 
para renovar esse pedido de prisão temporária. 
Só iremos renovar com novos elementos de investigação. 
É nesse sentido que polícia e MP estão trabalhando", 
disse.

              Já o delegado disse que uma nova testemunha apontada nesta sexta-feira pode ajudar a polícia a elucidar o caso. 
“Surgiu uma pessoa que pode ter ouvido alguns comentários. 
Estamos tentando identificá-la 
e localizar seu endereço para que ela preste depoimento. 
Assim, a gente pode concretizar mais uma linha de investigação 
e ver os próximos passos das diligências. 
Essa pessoa não tem ligação com a família, 
mas ela tem algumas informações que nos interessam”, 
disse Castro.

              O MP e a polícia, no entanto, começam a acreditar na hipótese de encontrar o menino sem vida. 
"Com o passar do tempo, 
nós acreditamos que essa criança não esteja mais viva, 
e agora existe todo um trabalho no sentido de encontrar o corpo", 
concluiu Nicolino.