GUIAS

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Policiais civis aderem à paralisação nacional e param investigações no DF

Greve começou às 8 hs e segue até as 0 hs; grupo fará marcha à tarde

Registro de ocorrências ficará restrito a casos considerados mais graves


              Policiais civis do Distrito Federal suspenderam o registro de ocorrências e as investigações a partir das 8 hs desta quarta-feira (140521) em adesão à paralisação nacional dos servidores da segurança pública, que pede a abertura de diálogo com o governo sobre propostas de valorização da categoria. Diretor do sindicato da capital do país, Luciano Garrido disse que apenas 30% do efetivo, que hoje conta com 6 mil pessoas, está trabalhando. Eles estão orientados a realizar flagrantes e prestar atendimento em casos de crimes violentos, como homicídios, estupros e sequestros-relâmpagos (veja cartilha abaixo).

              Neste período, o disque-denúncia também será afetado e vai permanecer desligado. A entidade afirmou que o atendimento via 197 vai se restringir ao processamento de flagrantes ou de relatos de riscos aos policiais. Os rádios permanecem ligados, mas só serão usados em casos graves ou em que há riscos aos policiais. Todo o contato vai ocorrer via telefone. Já a ouvidoria da Polícia Civil continua atendendo normalmente.

              Além disso, os postos de identificação que funcionam nas unidades do Na Hora farão apenas atendimento preferencial – estão suspensos os atendimentos para quem quiser emitir ou receber carteira de identidade. Com a paralisação, os policiais também não farão a escolta de presos e não fiscalizarão quem cumpre prisão domiciliar. As visitas nas unidades prisionais também estão canceladas nestas 16 horas.

              A decisão de acatar ao movimento nacional ocorreu em assembleia nesta terça. Em âmbito nacional, os policias pedem a valorização dos servidores da área e a elaboração de um plano de segurança que valha para todo o país. Além disso, criticam a corrupção e a impunidade.

              Já em âmbito local, os policiais do DF pedem aumento do efetivo e reestruturação da carreira. 

“Este novo concurso não vai suprir nossa demanda. 
Esse excesso de trabalho tem afetado a saúde dos policiais, 
porque eles têm uma sobrecarga muito grande. 
Comparativamente, é como se a população do DF 
tivesse dobrado da década de 90 para cá, 
mas o efetivo se mantivesse estagnado”
Disse Garrido.

              Ainda de acordo com o diretor do sindicato, o salário inicial atual é de R$ 7 mil, quando o de outras carreiras da segurança pública é de R$ 12 mil. Ele afirmou que o grupo não pede a equiparação, mas quer um aumento real. Também disse que, além da paralisação desta quarta, não há previsão de greve.

              Os servidores devem ser reunir em frente à Biblioteca Nacional, na Esplanada dos Ministérios, a partir das 14 hs para realizar um ato em prol dos policiais e pela Segurança Pública. O SINPOL diz que vai oferecer cinco ônibus para levar os policiais do Departamento de Polícia Especializada - DPE, localizado próximo ao Parque da Cidade, até a Esplanada dos Ministérios.