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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O desrespeito para com o Deficiente Físico aumenta em Unaí-MG

O desrespeito para com o Deficiente Físico 
aumenta em Unaí-MG 


No trânsito:
              O Deficiente tem sofrido abusos, agressões e desrespeito em todos os setores, principalmente o portador de deficiência física, usuário de Cadeira-de-rodas, com os quais me identifico e conheço a fundo, e defendo a unhas e dentes, porque sou um deles e sei as dores que vivem, pois sou uma pessoa ciente e sei como é maltratado e abusado diariamente.
              Estar nas ruas de Unaí, andar pela cidade é estar em risco de acidente constantemente. Muitos não nos respeitam, não dão preferências, nem as sinalizações e nem respeitam as faixas de pedestres, rampas etc.

Além de estar estacionado na esquina, estacionado diante de uma rampa, obstruindo tanto ela como dificultando pedestres e cadeirantes a trafegar pela Faixa de Pedestres, isso, nesse local é rotineiro.
Nas Ruas:
              Nas ruas de Unaí-MG, Por não haver calçada adequada, com rampas nas esquinas, rebaixamento de entradas de garagem, respeito de proprietários de bares e lanchonetes, que expõe mesas, cadeiras, mercadorias e outros nas calçadas; moradores que deixam veículos sobre as entradas de garagem, atravessadas na calçadas, e tantos outros obstáculos, como bicicletas, que nos obrigam a ir para a rua competir com veículos que, na maioria nos deixa esperando e não nos da a preferência devida.


Nas novas edificações:
              Unaí está crescendo constantemente e incessantemente. Diariamente centenas de novos edifícios estão sendo erguidos, e essas construções, são realizadas sem a devida orientação, engenheiros que não se preocupam, fiscalização que dorme e não cuida como deveria; calçadas fronteiriças que são erguidas sem estruturas para o deficiente cadeirante, cego ou que andam de muletas poderem andar na cidade com segurança e pelas calçadas! 
              Os proprietários das obras, amontoam materiais para a construção obstruindo calçadas, estacionamentos e nenhum fiscal há para impedir, ficam ocupas durante meses e até ano e ninguém tomam uma providencia em defesa do cadeirante e até mesmo do pedestre que sofre com tais atitudes irresponsáveis!
              Quando comentamos com uma autoridade política ou um cidadão, somos orientados a chamar a polícia.


Na Polícia:
              Mas o problema é que a polícia também não está do nosso lado para corrigir estes problemas. Já chamei a polícia para retirar veículos que se encontravam estacionados inadequadamente obstruindo a passagem e a utilização de uma rampa, e eles alegaram que não poderiam fazer 'nada', que era simplesmente uma rampa, e não há sinalização, e não é entrada de veículo, e não é vigente na lei do trânsito, e... e... e... e acaba deixando o veículo lá a vontade, sem ser autuado, sem exigir a remoção do tal, sem nada! 
              Mandam nos ir procurar a Prefeitura, falar com o secretário de Obras, solicitar sinalização, etc.


Na Prefeitura:
              Como um cadeirante vai buscar uma solicitação na prefeitura? Ela própria não possui elevadores, não possui acesso aos cadeirantes até os dois pavilhões superiores, onde fica o Gabinete do Prefeito, e várias secretarias? inclusive a secretaria de Obras, onde estão os fiscais e outros? Em 2005 participei de uma campanha onde trazia o slogan "Unaí sem Barreiras" (vejam o Vídeo abaixo), que tinha o objetivo de conscientizarem todos os comerciantes do centro da cidade, para não obstruir as calçadas com materiais de construção, mercadorias expostas inadequadamente nas calçadas, mesas e cadeiras de bares e lanchonetes, etc. e construir rampas nas esquinas das ruas, para o acesso dos paraplégicos cadeirantes, para fins de facilitar a locomoção.
              O que aconteceu foi que construíram, não me pergunte quem, várias rampas inadequadas, que mais da metade ficaram de forma irregular, que o cadeirante não consegue transpor, inútil e como não se não bastasse, construíram em quase todas as esquinas, canaletas fluviais que impedem o trânsito dos cadeirantes, impossibilitando que o cadeirante possa realizar suas compras, ou ir e vir, seja qual necessidade for; que se insistir em passar acaba tendo sua cadeira quebrada.


Nos estabelecimentos comerciais:
              Os estabelecimentos comerciais, muitos adequaram, mas muitos ainda não tem como ser visitado por cadeirantes; como por exemplo as lojas de eletrodomésticos que, em sua maioria tem o segundo andar, e o acesso é restrito por não haver rampas e nem elevadores, como cito: Rede Eletro som, Eletro Zema, e outras que tem apenas parte do atendimento acessível, e o caixa fica no segundo andar. 
              Quando faço compras, sou obrigado a confiar meu cartão e minha senha a um funcionário que sobe pelas escadas e efetua o pagamento na parte superior. Constrangimento total.


Nas Agencias Bancárias:
              Como sou cliente na agencia do Banco do Brasil, tenho mais conhecimentos do que se passa por lá, mas sei também que a agencia do HSBC possui rampas de entrada, porém tem sempre um veículo estacionado em frente, obstruindo a entrada; No banco Itaú, uma rampa muito bem feita e veículos que fecham ela e impede que o cadeirante faça uso da rampa, todas as vezes que lá estive, fui obrigado a procurar outros meios, e uma delas, em certo dia chamei a polícia que propôs deixar o veículo estacionado lá, não o autuou pela infração e ainda queria me colocar sobre a calçada, coisa que parece comédia porque precisaria de dois PM's me acompanhando por toda cidade para me auxiliar nessas horas, e isso eles não podem fazer, me orientou a andar acompanhado, mas, infelizmente moro sozinho e sou totalmente independente, pagar uma pessoa para andar comigo não tenho condições e seria abusar demais e zombar da minha pessoa. O Banco do Brasil adaptou sua agencia, com uma bela rampa, muito bom, e passou parte do seu atendimento para o andar superior, onde o acesso é por uma escada, até que colocaram um pequeno elevador para a utilização de pessoas com necessidades especiais, porém... Este elevador permanece mais fora de funcionamento do que funcionando, e quando agente vai reclamar, ninguém é responsável, ninguém quer ouvir o nosso pedido... não é comigo, não é comigo... fale com fulano... e nós ficamos, como que, uma pessoa chata e inconveniente, aborrecedora, e sem acesso ao atendimento.
              A Rampa de acesso da rua para a calçada e da calçada para a porta de entrada da agencia, muito bem feita para a passagem dos cadeirantes, virou estacionamento de bicicletas, que ciclistas ao entrar na agencia, não encontra um estacionamento adequado para deixar suas bicicletas em segurança, deixam ás, trancadas nos guarda-mão direito e esquerdo da rampa que vai se aglomerando tanto que impedem até a passagem de pedestres. 

Ordem? Consciência? Respeito? Autoridades para impedir? NINGUÉM TEM!


Nas filas de prioridades:
              As prioridades para o atendimento nas filas em gerais, de bancos, supermercados, INSS, Casas lotéricas e outros locais de atendimento ao público, está cada vez pior.
As prioridades aumentaram agora para:
  1. Deficientes Físicos (Necessidades especiais, inclui cego, cadeirantes, usuários de muletas [principalmente], mentais, surdos/mudos).
  2. Gestantes (grávidas).
  3. Idosos (acima de 60 anos).
  4. Mulheres que amamenta (com crianças no colo).

              Na minha opinião, deveria ser a prioridade descrita na ordem acima, porém, na maioria a indicação está diferente, assim:
  1. Idosos
  2. Gestantes
  3. Com crianças de colo
  4. Deficientes Físicos   


          Acho um abuso aos cadeirantes, pois quantas vezes entro numa casa lotérica afim de efetuar o pagamento de uma fatura, e deparo com uma fila prioritária com uns 20 idosos com cartelas de jogos para registrar, que vão de suas casas até ali, em uma caminhoneta Ranger, ou em um carro importado, param no estacionamento, sobem para a calçada em qualquer lugar, e com toda facilidade entra e quer estar tomando a frente de um deficiente que foi de cadeira de rodas, deu a volta na quadra com dificuldade para conseguir uma rampa para subir para a calçada, e está ali na fila, cheio de escara nas nádegas, porque isso é comum entre os cadeirantes, perdendo urina, pois a maioria não tem controle urinário, cheio de problemas, e sendo humilhado por não poder ter prioridade sobre idosos que vigorosos ali estão simplesmente para com avidez registrar uma aposta de jogo, e ainda quer levar êxito na preferência da fila, alegando que o cadeirante está bem, pois está descansado ali, sentado na cadeira.


O Joguinho do empurra empurra e os direitos da razão:
              Quando o Cadeirante vai buscar um reconhecimento diante das autoridades competentes para o caso, ai começa o empurra empurra...

              Se chamamos a Polícia, o caso é da secretaria de Obras, quando vamos lá, é assunto da polícia rodoferroviária; e se lá formos, temos que falar com o proprietário do estabelecimento, com o gerente, com o setor de vendas, com fulano ou sicrano, com a secretária da saúde, a diretora, é com o Prefeito, fala com os vereadores, o Secretário, e nesse empurra empurra vai até enquanto nossa disposição em ir e vir resistir, e quando acaba, ficamos sem solução até a próxima humilhação!


Cá entre nós ...
              Até quando isso vai continuar assim, hem?
              Já estou esgotado com tanta humilhação, com tanta falta de respeito, falta de ação, Já fundei uma associação (ADEFIU - Associação dos Deficientes Físicos de Unaí). com registros de 350 membros deficientes que precisam de apoio psicológico e adaptações arquitetônicas, e nenhuma autoridade nos estendeu a mão, ninguém abraçou esta causa, teve fundação no ano de 1998 e durou até 2004. Os membros foram afastando, afastando... até que fiquei sozinho diante dela e desfiz por falta de apoio e amparo dos unaienses; Atualmente fundaram outra, que está rastejando ai, nos mesmos trilhos, sofrendo para manter o nome, com desprezo da sociedade unaiense.

Unaí precisa mudar!
Unaí está precisando de conscientização, e além disso, de:

Ônibus adaptados
Canalização fluvial viável
Adaptações sanitárias, públicas

Oficinas Ortopédicas municipais

Estacionamento de bicicletas, fora das rampas e organização nas agências Bancárias!

Prioridade nas prioridades de atendimento aos Deficientes Físicos



Construção de novas rampas

Mais respeito ao cidadão unaiense
(Cadeirantes e pedestres)


Mais respeito por parte dos comerciantes

Coscientização dos ciclistas e motoqueiros




Fiscalização das obras com mais rigorosidade



Remoção ou substituição das canaletas
fluviais







Mais ordem no trânsito

Fiscalizar e multar os infratores

Mais respeito aos portadores de
necessidades especiais


Construir rampas que realmente possa ser
favorável às necessidades do cadeirante


Rampas fora dos quebra-molas
e quebra-molas fora das rampas!

Bicicletas longe das rampas - Banco do Brasil



Multas aos motoqueiros que fecham
a entrada das rampas!

E AGORA?
Isso daqui é de responsabilidade da
PREFEITURA MUNICIPAL DE UNAÍ e seus Fiscais de Obras!