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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Centros de saúde são desprezados em Unaí-MG, e demais cidades do interior de Minas

Centros de saúde são desprezados em Unaí-MG, interior de Minas



Moradores dos bairros Cachoeira e Canabrava em Unaí-MG, 
aguardam a inauguração de duas UBS há um ano.

                Unidades Básicas de Saúde - UBS, construídas no interior de Minas, em alguns casos há seis anos, ainda estão fechadas por falta de equipamentos, profissionais e até de alvará sanitário, deixando milhares de pessoas sem atendimento médico de qualidade em pelo menos 12 cidades.

                Nos últimos dois anos, o governo do Estado investiu R$ 31,4 milhões na construção de 310 UBS. Porém, em 12 municípios os postos continuam fechados, apesar de as obras de infraestrutura terem sido entregues. Na lista estão cidades de médio e grande porte, como Unaí-MG, no Noroeste de Minas, com 81 mil habitantes, e Montes Claros, no Norte, com mais de 385 mil habitantes.

                As UBS beneficiariam principalmente moradores das áreas rurais, mas não funcionam por falta de mão de obra, mobiliário e alvará sanitário, tudo sob responsabilidade das prefeituras. 

                Um levantamento feito pela Secretaria de Estado de Saúde - SES, apontou que, até outubro de 2013, entre 270 UBS concluídas e funcionando havia pendências como a inexistência do alvará. A maioria das cidades consultadas já resolveu a situação.

                No entanto, em Unaí-MG, os moradores dos Bairros Cachoeira e Canabrava aguardam a inauguração de duas UBS há um ano. Por falta de equipamentos e profissionais, a população local precisa buscar atendimento em outras unidades. 

Edital
                Segundo a prefeitura, o edital para o processo seletivo de contratação de médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos e também para a aquisição de aparelhos hospitalares está sendo montado. 

                A publicação pode acontecer ainda neste mês. 

“Vamos inaugurar as unidades neste ano.
Infelizmente, o processo seletivo é complicado”

Explicou o chefe de gabinete, Adélson José

                Em Santo Antônio do Itambé, região Central, as obras da UBS Cipó II, na zona rural, foram entregues em 2011, e, passados três anos, a unidade ainda não foi aberta. 

                Na lista de pendências está a falta do alvará sanitário, mobiliário, reparos na pintura, estrutura e de uma rampa de acesso a cadeirantes. O secretário de Saúde, Ronan Wesley Sales, garantiu que o município conseguiu uma emenda parlamentar no valor de R$ 200 mil para aquisição de equipamentos. 

O atual prefeito está fazendo de tudo para inaugurar essa UBS
que está pronta desde 2011. 
A previsão é a de que isso aconteça este ano

                Em Cana Verde, no Centro-Oeste do Estado, a situação é a mesma. A prefeitura foi procurada várias vezes para comentar o assunto, mas ninguém se pronunciou. Por e-mail, a assessoria de imprensa informou: 

“Encaminhei seu e-mail 
para o prefeito Jefferson de Almeida 
para que o mesmo responda seus questionamentos” 

                Em Berilo, no Vale do Mucuri, os problemas apontados pela prefeitura são os mesmos. 

“Acredito que a UBS Bela Vista seja inaugurada neste ano” 
afirmou o secretário Charles Amaral Godinho

Interdição de hospital mostra fragilidade do sistema 
                A falta de estrutura no atendimento e de equipamentos resultou na interdição do único hospital de Buritizeiro, no Norte de Minas. A medida foi tomada pela Vigilância Sanitária Estadual, após constantes notificações de risco de contaminação de pacientes e funcionários.

                Por causa da interdição, os atendimentos de urgência e emergência, além de partos e demais cirurgias, estão suspensos na unidade. Apenas o atendimento ambulatorial foi mantido. 

“Ficamos prejudicados porque nem mesmo o atendimento 
para especialidades e internações pode ser realizado no hospital”

Disse a funcionária pública Joana da Silva Torres, de 36 anos.

                Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde informou que o Hospital Rodolfo Mallard ficará fechado até a realização de adequações das áreas físicas, contratação e treinamento de profissionais. 

                Ainda segundo a nota, para que o atendimento no hospital volte à normalidade, será preciso nova avaliação e inspeção da Vigilância Sanitária Estadual.

Cá entre nós...
                Que vergonha!