GUIAS

domingo, 25 de maio de 2014

Comer pimenta malagueta aumenta a longevidade, diz pesquisador Andrew Dillin


Pimenta-malagueta (Capsicum frutescens)
E seus benefícios à saúde 

EUA
              Incluir pratos com curry e pimenta malagueta na rotina alimentar não vai apenas estimular a sua libido, como também poderá fazer você viver por mais tempo. A novidade foi publicada esta semana numa pesquisa realizada por um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia. Eles dizem que bloquear a capacidade do corpo para se sentir dor aumenta a longevidade. Logo, quanto menos dor o corpo sente ao longo da vida, mais tempo ele ganha. E comer pimenta regularmente seria uma maneira de "desligar a dor".

              A experiência culinária foi realizada em ratos que, após ingerirem comida picante, não emitiam mais sinais de dor para o cérebro, o que estendeu a vida útil desses roedores.

              Os ratos que não precisaram recorrer à produção de proteína de detecção de dor chamada "TRPV1" tiveram vida longa excepcional. E não apenas viveram 14% além das expectativas, como eram mais saudáveis que os outros que não passaram pelo teste - ressaltou o pesquisador Andrew Dillin responsável pela pesquisa.

              Outra vantagem é que eles desenvolveram câncer com menos frequência, e perderam menos a memória com o passar do tempo. Além disso, eram capazes de queimar calorias sem fazer mais exercício do que o habitual. Também processavam o açúcar de forma mais rápida, o que poderia reduzir os ricos de diabetes.

              Acreditamos que o bloqueio do receptor de dor é o caminho que nos mostrará como aliviar a dor, e melhorar a saúde metabólica, em especial para tratar pacientes obesos e diabéticos - enfatiza Dillin. 
              O professor diz que comer regularmente a capsaicina (composto encontrado nas pimentas), faz com que o "TRPV1" pare de trabalhar, o que previne o declínio metabólico.

              Alternativamente, muitas drogas que já estão em uso, incluindo a pílula para dor de cabeça, afetam a maneira como o sensor de dor funciona.






Fazenda de Unaí-MG foi escolhida para gravação de Filme do cineasta Helvécio Marins Jr.


Cineasta Helvécio Marins está de malas prontas para Berlim

              Quando viaja com estudantes de cinema para o interior de Minas Gerais, em pesquisas para seus próximos trabalhos, o diretor Helvécio Marins Jr. sempre tem que intervir para que a ansiedade dos garotos não atrapalhe o que filmes como “Girimunho” têm como uma de suas principais qualidades: o respeito ao silêncio.

“O silêncio também é bem-vindo, 
pois descortina uma criação, um pensamento. 
Depois o entrevistado se solta e não para mais”
Observa Marins, um apaixonado pela vida do campo. 
              Mesmo agora, quando está de malas prontas para atravessar o Atlântico em direção a Berlim, capital da Alemanha, onde fará uma residência artística de seis meses.

              Seja qual for o rumo que tomar depois de ser premiado por um dos programas internacionais mais renomados (o DAAD – German Academic Exchange Service), que oferece cerca de 20 bolsas anuais para artistas de várias áreas da cultura no mundo, o cineasta garante que seus filmes continuarão essencialmente mineiros.

“Adoro andar pelas ruas de um lugar 
e entrar na casa das pessoas. 
Às vezes viajo para o interior 
e passo um tempo grande lá, 
completamente fora do mundo”
Diz ele, acrescentando que sempre aprende muito ouvindo histórias.

“É algo que a gente não faz muito atualmente: 
ter esse tempo para sentar e ouvir, 
criando uma relação de confiança”
Salienta.

              Essa maneira de enxergar a vida também é o que tornou possível a riqueza do cotidiano de Bastú e Maria, em meio ao mítico sertão mineiro, ganhar as telas de cinema em “Girimunho”, produção de 2012, codirigida por Clarissa Campolina e exibida em festivais importantes como Veneza - Itália, San Sebastian - Espanha e Toronto - Canadá. O filme terá sessão única, na próxima terça-feira, às 20:40 Hs, no Cine 104 (Praça Ruy Barbosa, 104, Centro).

              Em cena, duas mulheres observam os redemoinhos no rio. Uma delas ficou viúva e sofre em silêncio, tendo só a presença dos três netos como consolação. A outra carrega consigo um tambor, e marca o ambiente com seus sons.

              É para cenário do interior de Minas que Helvécio voltará em março de 2015, quando começam, em Unaí-MG, região noroeste do Estado, as filmagens de “Fazenda do Ribeirão do Queba”, cujo roteiro será finalizado simultaneamente a uma série de outros projetos (“Estou numa fase em que escrevo muito”, comemora) durante a residência em Berlim.

              A verdade é que Marins não será obrigado a fazer nada na cidade europeia. 
“O DAAD se configura mais como um prêmio. 
Apesar de receber moradia e uma boa quantia em dinheiro, 
não preciso entregar nada para eles ao final desses seis meses. 
Faço o que eu quiser. Não há nada, 
em termos de residência artística, 
que se compare a isso”
Avalia.

              Curtas inéditos de Marins Jr. têm sessão gratuita no Belas Artes

              Antes de partir para a Alemanha, em 10 de junho, Helvécio Marins Jr. realizou nesta quinta-feira (140522) a sua despedida pública de BH, com a exibição, no Belas Artes, de seus mais recentes curtas-metragens, ainda inéditos na cidade.

              Apesar de suas propostas bem distintas, “O Canto do Rocha” e “Fernando que Ganhou um Pássaro do Mar” têm a mesma origem: um convite do festival português Vila do Conde para realizar um filme em comemoração aos seus 20 anos de criação.

              O diretor mineiro foi convidado juntamente outros dois cineastas de continentes diferentes: Thom Andersen, da vanguarda americana de filmes experimentais, e Sergei Loznitsa, bielo-russo vencedor do prêmio da crítica do Festival de Cannes com “Na Neblina”, em 2012.

“Costumo brincar que chamaram dois tubarões e uma sardinha”
              Diverte-se Marins, que realizou com “O Canto do Rocha” o seu primeiro trabalho fora do Brasil. 
“Tive bastante tempo e espaço para fazer o que eu quisesse. 
Meu único compromisso era filmar no norte de Portugal. 
Fui para a cidade de Porto e não tive dificuldade 
em encontrar os personagens. 
Aliás, na verdade digo sempre que são eles que me encontram”
Afirma.

              Ele conta que estava caminhando por uma rua chamada São Victor quando um senhor começou a provocá-lo, imitando sotaques de cariocas e baianos. “Era o Rocha, dono de um café, que lá eles chamam de boteco, um sujeito muito engraçado com quem logo me identifiquei. Durante cinco dias, mergulhei na vida dele, um ex-cantor de fado, um ex-traficante e que viu sua mãe ser agredida por homens da ditadura de Salazar”, registra.

              Como terminou de filmar três dias antes do prazo, o realizador aproveitou a sua equipe para criar uma história de ficção a partir de um amigo de Rocha, Fernando, protagonista do segundo curta. Ele é um português que envia cartas para um amigo imaginário que viajou para o Brasil.

“O filme nasceu da minha vontade em falar de como o europeu 
vê hoje o nosso país, como uma solução para o futuro. 
Quando voltei, chamei o Felipe Bragança para criarmos 
uma história delirante e com muito humor”

              Do outro lado do Atlântico, Marins e Bragança filmaram um índio que questiona se a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos valem tanto sacrifício. 
“Tive essa ideia depois de ver os índios invadirem um prédio 
do Museu Darcy Ribeiro por conta de obras no Maracanã”

              Exibição de “O Canto do Rocha” e “Fernando que Ganhou um Pássaro do Mar” – Foi nesta quinta-feira (140522), às 21:30 Hs, no Cine Belas Artes (Rua Gonçalves Dias, 1581). Entrada franca.

BRASÍLIA-DF - Mané Garrincha TC de Brasília aponta sobrepreço de R$ 431 milhões


Investigação da CGU, que mostrou irregularidades 
foi descartada porque não houve dinheiro federal

BRASÍLIA-DF
              Considerado exemplo de legado pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, o Estádio Mané Garrincha, em Brasília-DF, foi superfaturado desde as primeiras planilhas orçamentárias, como detectou uma investigação que acabou abortada e cujas principais conclusões obtidas. Orçado inicialmente em R$ 745 milhões, o estádio custou R$ 1,6 bilhão no fim das contas. Há dois meses, relatório preliminar do Tribunal de Contas do DF apontou superfaturamento de R$ 431 milhões nas obras da arena.

              A reforma do Mané Garrincha começou a ser posta em prática em julho de 2010 e, pouco tempo depois, a Controladoria Geral da União - CGU deu início à auditoria nas primeiras planilhas do projeto. De cara, a CGU encontrou preços unitários contratados com valor acima de mercado. De uma amostra de R$ 383,1 milhões, os auditores constataram um sobrepreço de R$ 43 milhões — 11,2% do montante.

              Como o Mané Garrincha acabou não tendo financiamento do BNDES, a CGU foi excluída do monitoramento das obras. Autoridades que atuaram na fiscalização relatam uma “pressão política” para o afastamento do órgão de controle. A CGU diz oficialmente ter sobrestado os trabalhos quando considerou haver “ausência de competência” para analisar uma obra que não contaria com recursos federais.

‘Excesso de mão de obra’
              Inicialmente, estava previsto um empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES. Em maio de 2011, diante da constatação da inexistência da operação de crédito, a CGU se afastou das investigações. O estádio contou integralmente com recursos do governo do DF, uma situação exclusiva dentre as arenas das 12 cidades-sedes, e se mostrou o estádio mais caro da Copa.

              Os auditores da CGU fizeram outros três apontamentos nos primórdios das obras, além do sobrepreço de R$ 43 milhões. O fato de o estádio ter sido licitado como ampliação e reforma permitiria “aditamentos contratuais em até 50% do valor originalmente previsto”. “A estrutura remanescente (parte da arquibancada) é materialmente pouco relevante. Destaque-se que já no início da execução contratual optou-se pela completa demolição da estrutura existente”, cita o relatório preliminar. A respeito do sobrepreço, os auditores anotaram: “A obra foi contratada sob o regime de execução por preço unitário, fato que poderá implicar aumento do sobrepreço constatado.”

              A investigação detectou “alocação excessiva de mão de obra” na instalação de equipamentos, como o ar-condicionado multi-sistem. Seriam necessárias 455 horas de trabalho para a instalação, mas o preço unitário da empresa contratada considerou 3.048 horas, conforme a CGU. Além disso, existiam “discrepâncias” entre a especificação de serviços no memorial descritivo e na planilha licitatória.

              Em resposta, por meio da Coordenadoria de Comunicação para a Copa, o governo do DF disse não ter conhecimento sobre a investigação da CGU. Pelos dados apresentados, o governo considera que se trata apenas da fase do edital, e não da execução das obras. “O governo do DF alcançou o maior índice de transparência entre as 12 cidades-sedes.”

              O governo discorda que o Mané Garrincha custou o dobro do valor previsto inicialmente. “A primeira licitação se referiu apenas ao esqueleto do estádio. Este contrato não incluiu itens como cobertura, gramado, placares eletrônicos, assentos, entre outros.“ A Coordenadoria de Comunicação também diz que o estádio não foi o mais caro da Copa: “Diferentemente da maioria dos estádios que sediarão jogos da Copa, como o Maracanã, que passou por uma reforma, o estádio da capital federal foi totalmente reconstruído.”








Presidente Dilma rebate Ex-Jogador Ronaldo o chamando de 'vira-lata'


"Não temos complexo de vira-lata"

Rebateu Dilma Rousseff sobre declaração do ex-jogador Ronaldo.

              Presidente respondeu às críticas do pentacampeão mundial, que declarou estar envergonhado com a má organização da Copa do Mundo.

BRASÍLIA
              Azedou o clima entre a presidente Dilma Rousseff e ex-atacante Ronaldo, que em entrevista concedida nesta sexta-feira, disse estar envergonhado com os problemas da má organização para a Copa do Mundo.

              Sem citar o jogador, com quem há alguns meses fez um bate-bola no Twitter para promover o evento, a presidente respondeu afirmando que o Brasil não tem complexo de vira-lata. Aproveitando o palanque do PCdoB, em discurso de campanha, a presidente disse que o governo brasileiro tomou todas as medidas necessárias para a realização dos jogos.

O nosso país fará a Copa das Copas. 
Não temos do que nos envergonhar. 
Não temos complexo de vira-lata
Reagiu Dilma, que também afirmou que seus adversários vão voltar ao passado e colocar o país de joelhos.

              As respostas da presidente foram dadas durante sua participação no 17º Congresso da União da Juventude Socialista - UJS, que reuniu 3 mil jovens militantes em Brasília. Os presentes cobraram a revisão da Lei de Anistia, com punição aos torturadores.

              Durante o evento, Dilma disse lembrar dos tempos difíceis da juventude. Mas declarou que eles 'tinham rumo' e sabiam o queriam para o país. A presidente aproveitou para alfinetar os adversários Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), sem citá-los.

Quanto mais nos aproximarmos da campanha eleitoral, 
mais será charmoso falar da juventude do Brasil. 
Mesmo os que não fizeram nada 
pela juventude do nosso país. 
Mesmo aqueles que já nasceram velhos 
vão se empenhar. 
Quero falar com vocês, onde eles estavam?
              Cobrou Dilma, ao listar as ações do governo petista na educação, voltada para os jovens.

              A presidente perguntou onde estavam os adversários quando o PT criou o PROUNI, estatuto da juventude, Reuni, o ENEM, SISU, PRONATEC, o sistema de cotas nas universidades e o aumento dos investimentos na educação que, segundo ela, cresceram 223% entre 2002 e 2014. Segundo Dilma, o orçamento da Educação pulou de R$18 bilhões em 2002 para R$ 112 bilhões neste ano.

Onde estavam eles quando o governo conseguiu destinar 75% 
dos royalties do petróleo para a Educação?
Perguntou Dilma inúmeras vezes durante o discurso.

              Ela citou ainda o marco civil da Internet, e reafirmou que não permitirá o retorno ao passado.

Não deixaremos passar o atraso por porta nenhuma
Discursou a presidente, insistindo que é a sua agenda que é para o futuro.

              No discurso marcadamente em tom de campanha, Dilma disse ser a opção das mulheres, negros, excluídos, pobres e “dos que mais sofrem”.

              Os que querem voltar vão tomar medidas impopulares, como o arrocho salarial, desemprego e recessão. Estamos aqui para dizer que não voltarão!

              Antes da chegada de Dilma, os jovens da UJS fizeram um ato em defesa da candidatura da petista, cantando paródias do hit “Lepo Lepo”, incluindo nos bordões palavras de ordem em defesa de Dilma e de ataque a seus adversários. No ato de abertura, os militantes prestaram homenagem às vítimas da Guerrilha do Araguaia, ocorrida entre o fim dos anos 1960 e início dos anos 1970, no sul do Pará e Tocantins, na região conhecida como Bico do Papagaio.

              Aldo Rebelo diz que ex-jogador deu "chute contra o próprio gol"

              O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou no fim da tarde deste sábado que a declaração de Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local - COL da Copa do Mundo, deu um "chute contra o próprio gol" ao fazer declaração.

"A frase dita pelo Ronaldo, 
tomada de forma isolada, 
é um chute contra o próprio gol, 
já que ele foi parte do grande esforço 
para construir a Copa do Mundo" 
              Declarou o ministro por meio do site do ministério. 

"Esse grande evento não será motivo de constrangimento 
para o país que construiu a sétima economia do mundo 
e é o maior vencedor de todos os Mundiais. 
Estou seguro de que não só o Ronaldo, 
mas todos os brasileiros e turistas estrangeiros 
que vierem nos visitar terão orgulho, 
e não vergonha"
              Acrescentou.