GUIAS

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A primeira expedição do mundo a adentrar a Porta do Inferno, localizada no Turcomenistão

               No ano passado, o explorador canadense George Kourounis tornou-se a primeira pessoa a sondar suas profundezas ardentes.

               Em novembro de 2013, George Kourounis, em parceria com a National Geographic e a empresa de viagens Kensington Tours, tornou-se a primeira pessoa a chegar ao fundo da cratera, por todos os seus 69 metros de largura e 30 metros de profundidade, no deserto ao norte do Turcomenistão.


               Apelidada de Porta do Inferno, a Cratera de Darvasa foi criada há quatro décadas, quando uma sonda de perfuração Soviética provocou um desmoronamento.

               Os detalhes não são claros quanto ao que realmente aconteceu, mas acredita-se que os cientistas soviéticos incendiaram a plataforma para queimar os gases nocivos que foram liberados após o colapso, mas subestimaram a quantidade de gás natural que existia abaixo da superfície. De acordo com a National Geographic, o Turcomenistão (ou Turquemenistão) tem a sexta maior reserva de gás natural do mundo, e este fator provavelmente levou à criação deste grande buraco de fogo no chão.

               Além de ir a um lugar que ninguém nunca foi antes, a missão da Kourounis era coletar amostras de solo a partir do chão da cratera para determinar se a vida realmente pode sobreviver naquelas condições. Se sim, a pesquisa poderia ter grandes implicações na perspectiva de encontrar vida em condições extremamente duras, em outros planetas.

               Christina Nunez, do National Geographic, entrevistou Kourounis sobre sua missão que pretende descobrir que a preparação não envolve só seus 18 meses de treinamento. Há também um traje refletor de calor, equipamento de respiração autossuficiente, e uma cadeira de Kevlar antiderretimento toda equipada. Ele chegou ao ponto de contratar um coordenador de dublês de Hollywood para treinar a andar próximo às chamas sem entrar em pânico e saber como contornar a situação com calma.


               “O calor que ela emite é ardente, o brilho das faíscas que giram em torno do ar no local é simplesmente fantástico de se assistir, e quando você está a favor do vento, você recebe esta onda de calor que é tão intensa que você não pode sequer olhar diretamente para o vento. Você tem que proteger o seu rosto com a mão, ao ficar em pé na borda da cratera. Nessa hora eu pensei: ‘Ok, talvez eu tenha mordido além do que eu podia mastigar’", finalizou Korounis.

               Os cientistas ainda estão analisando as amostras para encontrar vida microbiana, pois a região é rica em metano. Apesar de não ter encontrado nenhuma vida no fundo, a equipe está feliz por ter identificado bactérias que vivem na borda inferior. E, a coisa mais interessante, é que essas bactérias não foram encontradas em nenhum local nas proximidades da cratera no deserto, apenas na parte interna.

               A descoberta torna-se animadora para astrônomos que buscam vida fora do Sistema Solar e que, muitas vezes, ignoram planetas que possuem temperatura muito elevada.






Ilha Sentinela do Norte: Conheça o lugar mais difícil de visitar no mundo

É difícil acreditar que existem pessoas neste mundo 
que não sabem sobre a internet ou sobre telefones celulares


              Porém, ainda existem tribos que estão completamente à parte da civilização global e não mantêm qualquer tipo de contato com o mundo exterior.

              Com quase 60 mil anos de idade, a Ilha Sentinela do Norte é uma parte das ilhas de Andaman e Nicobar, que fica no Oceano Índico, entre Mianmar e Indonésia
Lá, é o local onde existe uma das tribos mais isoladas do planeta.

              Os sentinelenses são tão hostis ao contato externo que a ilha foi considerada o lugar mais difícil para se visitar no mundo. Os sentinelenses parecem ser descendentes diretos dos primeiros seres humanos que surgiram a partir da África. A quantidade de habitantes ainda não pode ser certificada, mas estima-se que ela gire em torno de 40 e 500 nativos.

              Não importa o caráter do visitante, ao chegar às margens da ilha, seja de propósito ou por acidente, os moradores recebem o intruso quase sempre da mesma forma: com lanças e flechas, em posição de ataque. Presentes como alimentos e roupas não têm importância para eles. Essa hostilidade chegou a ponto dos nativos terem resistência no recebimento de missões de salvamento após o tsunami em 2004.

              No momento em que o tsunami desastroso atingiu o Oceano Índico, um grupo de socorristas ofereceu ajuda para os sentinelenses, por meio de um helicóptero da marinha indiana. Eles queriam encontrar e ajudar os sobreviventes, embora as chances fossem pequenas. Tentaram descer pacotes de comida para o chão, mas foram recebidos com a hostilidade dos moradores, inclusive um guerreiro sentinelense emergiu da selva densa e atirou uma flecha tentando atingir o helicóptero.

              Não se sabe muito sobre esse povo tribal: a sua linguagem é estranha e seus hábitos desconhecidos. Suas moradias estão escondidas na mata fechada, por isso não se tem nenhuma pista sobre como eles vivem. Tudo o que se sabe é que os sentinelenses são caçadores e coletores, pois eles não cultivam nada, a princípio. Eles vivem de frutas, peixes, tubérculos, porcos selvagens, lagartos e mel.

              A Índia tem a soberania sobre Sentinela do Norte, mas acredita-se que as pessoas dessa ilha sequer sabem o que é a Índia. Depois de várias tentativas fracassadas de fazer contato amigável, o governo indiano finalmente se afastou e fez com que todas as visitas à ilha fossem proibidas. A Marinha da Índia impôs uma zona de proteção de 3 milhas para manter os turistas, exploradores e outros intrometidos à distância. Encontros acidentais ainda ocorrem e nenhum deles termina bem.

              Há várias histórias de horror de como os sentinelenses têm tratado seus convidados: a maioria das pessoas retorna da ilha aterrorizada e ferida. 
              Em 1896, um fugitivo das prisões britânicas da Andamans ficou à deriva no mar e acabou indo para as margens da ilha por acidente. Poucos dias depois, um grupo de busca encontrou o seu corpo em uma praia, perfurado por flechas e com a garganta cortada. 
              Em 1974, um grupo foi até lá para fazer um documentário e o diretor do filme acabou sendo ferido por uma flecha na perna.

              O antropólogo indiano T.N. Pandit realizou diversas viagens patrocinadas pelo governo para Sentinela do Norte no final dos anos 80 e início dos anos 90. 

"Às vezes, eles viram as costas para nós 
e se sentam em seus quadris 
como se fossem defecar"
              Disse ele. 

"Isso é um símbolo de insulto para eles, 
já que não éramos bem-vindos”

              Surpreendentemente, houve apenas um caso em que uma pessoa de fora não enfrentou uma recepção agressiva. 
              Em 4 de janeiro de 1991, um grupo de 28 pessoas composto de homens, mulheres e crianças, se aproximou com Pandit e sua comitiva. 

"Foi inacreditável como eles se apresentaram 
ao nosso encontro voluntariamente"

              Disse ele. 

"Eles devem ter decidido que havia chegado 
a hora de entrar em contato com outras pessoas"

              Infelizmente, o último contato com os habitantes da ilha, em 2006, não foi tão bem como se esperava. 
              Dois pescadores foram mortos, enquanto pescavam ilegalmente dentro da faixa de proteção da ilha.

              Os sentinelenses estão entre as últimas comunidades que vivem sem contato com a globalização. 
              Talvez seja melhor deixá-los da forma como está, pois trazê-los para a civilização pode ser algo extremamente maléfico. 
              Afinal, eles podem não ser imunes a várias doenças existentes nos dias de hoje e pode ser extremamente complicado se adaptarem ao mundo moderno.

CÁ ENTRE NÓS...
              Queria viver assim, em um local isolado, longe da modernidade, da luxuria, do pecado, das doenças causadas pela evolução humana! O homem destruiu nosso habitat com tanta modernidade! 
              Horário pra tudo, impostos, compra e venda, dinheiro, riqueza, domínios, glorias, famas, leis, urbanismo, tóxicos, fármacos, drogas, armas, discriminação, etc.
              Queria morar em uma ilha isolada do mundo de hoje!