GUIAS

domingo, 29 de novembro de 2015

Mineiro percorre 164 km para apostar na Mega no DF: 'Brasília é pé quente'

Homem joga na Mega há quase 20 anos; 
ele já ganhou 3 Quinas no DF.
O mineiro José Severino, de 55 anos, aposta na Mega-Sena em lotérica de Brasília
Ele sonha em ser o 3º apostador consecutivo a levar o prêmio na capital.

              Com a esperança de ser o terceiro ganhador consecutivo da Mega-Sena no Distrito Federal, o caminhoneiro José Severino, de 55 anos, saiu de Unaí, em Minas Gerais, para tentar em uma lotérica da Asa Norte a sorte de faturar R$ 100 milhões que serão sorteados neste sábado (28). A viagem durou três horas – o homem percorreu 164 km. O sorteio será realizado em Cândido Mota, São Paulo.

              O homem joga há quase 20 anos na Mega-Sena. Ele também aposta em outras loterias como a LotoFácil, Quina e Dupla Sena. Caminhoneiro há mais de 26 anos em Minas Gerais, o homem sonha em comprar uma fazenda com gado, vegetação e uma bela piscina. "Quero ajudar minha família e também fazer caridade. Não gostaria que ninguém ficasse sabendo que estou ajudando, sabe? Não quero fazer isso para aparecer. Prefiro ficar no anonimato."

              Comprar um caminhão novo e sair da loja dirigindo o veículo também é um sonho de infância de Severino. Acostumado a fazer viagens longas e com pouco conforto, o homem diz que não pararia de trabalhar e investiria em veículos modernos e espaçosos. "Investiria na área para o dinheiro não acabar, né? Também quero fazer algumas obras sociais e pagar uma faculdade para o meu filho de 22 anos, já que não pude estudar", conta.

              O mineiro diz ter uma '"queda" pela capital do país. Segundo José Severino, Brasília têm "pé-quente", e todas as pessoas que apostam em lotéricas da cidade têm mais chance de ganhar a "bolada" do que em outras regiões.

              "Já ganhei R$ 2,3 mil em um jogo de Lotomania em que acertei 18 pontos. Claro que o jogo foi feito aqui no Distrito Federal. Essa cidade é sortuda demais. Estou confiante que dessa vez vou acertar a bolada de R$ 100 milhões."

Superstições
              O caminhoneiro escolhe as seis dezenas apostadas a partir de placas de caminhões. Ele conta que durante as viagens observa as numerações e tenta memorizá-las. A superstição, segundo ele, já funcionou em três apostadas da Quina, também jogadas no Distrito Federal.

              "Sempre tento memoriar números repetitivos. Não me apego a datas comemorativas, elas não resolvem para mim. Acredito que nada é por acaso, sabe? Se as placas aparecem na minha frente deve ter um motivo especial", sonha o caminhoneiro.

              A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas. Para a aposta simples, de seis dezenas, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Para um jogo com 15 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003. A aposta nesse caso custa R$ 17.517,50. As apostas poderão ser feitas até as 19 horas deste sábado em qualquer lotérica do país.

Prêmio de R$ 205 milhões
              Na última quarta-feira, uma aposta feita no DF acertou as seis dezenas da Mega-Sena, que pagou um prêmio de R$ 205 milhões. Se investida no Tesouro Direto, a bolada renderia R$ 2,7 mil por hora em juros. Ao final de um ano, os rendimentos do novo milionário chegariam a R$ 24,6 milhões.

              O cálculo foi feito com a ajuda do professor de finanças do Ibmec Marcos Melo. A recomendação é preferir a modalidade de investimento à poupança , que tem rendimento médio de 8,6% ao ano – menor que a inflação (10,5%).

              Enquanto o prêmio não havia saído, apostadores de Brasília brincavam com a possibilidade de ficarem ricos da noite para o dia. Um vídeo feito pelo mostra o que vários apostadores diriam ao chefe caso fossem os acertadores das seis dezenas.

              Outros contaram o que fariam com a bolada. Entre as respostas, houve quem dissesse que colocaria silicone no bumbum, arrumaria um namorado ou passaria acordar às 9 horas.