GUIAS

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Banco Central prevê aumento de 3,7% na energia elétrica em 2016

No ano passado, reajuste da energia foi de 51%
segundo o IBGE.
Copom projetou, também, alta de 8,9% 
nas tarifas de ônibus em 2016.


              Mesmo após forte reajuste em 2015, o preço da energia elétrica deverá continuar avançando neste ano, segundo o Banco Central. Neste ano, a energia deverá ter reajuste de 3,7% em 2016, previu a autoridade monetária nesta quinta-feira (160128).

              A estimativa foi considerada no último encontro do Comitê de Política Monetária - COPOM - que manteve, na semana passada, os juros básicos da economia estáveis em 14,25% ao ano pela quarta vez seguida.

              De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a conta de luz do consumidor brasileiro ficou, em média, 51% maior em 2015, na comparação com o ano anterior. São Paulo e Curitiba aplicaram os maiores reajustes, de 70,97% e 69,22%, respectivamente.

Combustíveis e tarifas de ônibus
              Na ata do COPOM, o BC não estimou, até o momento, aumento no preço dos combustíveis para o ano de 2016.

              Em 2015, com o aumento do preço da gasolina autorizado pela Petrobras no início de setembro, o reajuste no valor dos combustíveis chegou a 21,43%. A gasolina subiu 20,10% em média – um pouco abaixo do avanço médio do custo do etanol, de 29,63%.

              Entretanto, a autoridade monetária projetou um reajuste médio nas tarifas de ônibus urbano de 8,9% neste ano. A passagem de ônibus já subiu ao menos em 18 cidades neste início de ano, entre elas seis capitais.


Energia elétrica
              Nesta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL confirmou que o bônus cobrado pelo governo das empresas que arremataram as 29 hidrelétricas leiloadas em novembro passado deve provocar neste ano um aumento médio de 1,7% nas contas de luz dos brasileiros.

              O leilão de novembro foi feito pelo governo para escolher novos operadores para as 29 hidrelétricas, que estão em operação no país há vários anos e cujos contratos de concessão já tinham vencido ou estavam para vencer. Para entrar no negócio, as empresas tiveram que se comprometer a antecipar ao governo um total de R$17.000.000,00 bilhões.

              Por outro lado, a ANEEL também informou que o sistema de bandeiras tarifárias, que aplica uma cobrança extra nas contas de luz quando está mais caro produzir energia no país, terá mudanças a partir de fevereiro. A decisão deve levar a um barateamento das contas de luz a partir de 1º de fevereiro. 
              Isso porque o valor da tarifa extra a ser paga pelos consumidores (bandeira vermelha) deve cair dos atuais R$4,50 para R$3,00 a cada 100 killowatts-hora (kWh) de energia consumidos.