GUIAS

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Polícia apura se família atuou no crime de homem achado carbonizado

Ex-mulher tinha sete passagens, por furto e estelionato, 
afirma delegado
Polícia Civil investiga se vítima, de 46 anos, 
tinha direito a seguro de vida


              A Polícia Civil do Distrito Federal apura se familiares do homem que morreu carbonizado no porta-malas de um carro em Samambaia Norte estão envolvidos no crime. Segundo a corporação, a ex-mulher da vítima tem sete passagens por furto e estelionato. 

              Morador de Águas Claras, ele terminou o relacionamento com ela após uma briga que foi parar na delegacia, há cerca de quatro meses.

              James de Castro Henriques tinha 46 anos, era ex-analista de empréstimos da Poupex e foi encontrado morto em um carro queimado e abandonado na QR 615, na última quarta-feira (130113).

              Segundo o delegado José Eduardo Galvão, a polícia tem por padrão investigar as pessoas mais próximas das vítimas. Um levantamento sobre a ficha criminal dos familiares de Henriques ajudou a Polícia Civil a descobrir as passagens da mulher e a briga que culminou no término do relacionamento.

“O casal chegou a ter uma discussão 
porque ele chegou bêbado em casa, 
xingou a mulher e acabou brigando com o filho. 
Então ele foi preso, 
pagou 2 mil reais de fiança e foi solto”
              Disse Galvão

“A mulher pediu afastamento dele. 
Não podia nem voltar para casa.” 
              O homem teria se mudado de Ceilândia para Águas Claras após o episódio.

              A polícia trabalha com a informação de que o homem tem supostamente direito a um seguro de vida. “Pelo que eu soube, a ex-mulher teria perguntado a alguns parentes como seria o procedimento do seguro. Mas entre saber qual o procedimento e ir de fato lá receber o prêmio, existe uma diferença”, afirmou o delegado. Procurada, a Poupex não informou o valor do benefício a que ela teria direito.

              No dia seguinte ao crime, a Polícia Civil ouviu depoimentos da ex-mulher e do filho, da atual namorada e de amigos de Henriques.

              O delegado adiantou que a polícia está “praticamente certa” de que o crime não tem relação com Samambaia Norte, onde o corpo foi encontrado.

              Henriques tinha saído do trabalho, no Setor Militar Urbano, por volta das 14:00 horas de terça. Cerca de uma hora depois ele fez o último contato, por mensagem, com o filho. 
              Segundo a polícia, não houve relato de qualquer situação de perigo.

              Os investigadores aguardam os laudos da perícia para concluir se o homem estava vivo ou morto na hora em que foi queimado. 
“Queremos saber também a causa da morte, 
se foi facada ou paulada, por exemplo.”

              Os celulares da ex-mulher, de 43 anos, e do filho, de 18 anos, foram confiscados. Um dos objetivos é analisar onde eles estavam no momento em que o crime ocorreu.

              A polícia pretende levantar a movimentação das contas do ex-funcionário da Poupex. 

“Fizemos também o pedido para os bancos 
mandarem se foi feito algum saque na conta dele. 
Se não for feito, 
já poderíamos descartar que houve roubo com restrição.”