GUIAS

quarta-feira, 23 de março de 2016

ARAXÁ-MG - Vereador pede abertura de processo contra ele mesmo

Marcílio Faria (PT) é investigado 
por compra e venda de apoio político.
Afastado desde 2015, ele afirma inocência; 
Câmara analisa pedido.


              Um vereador de Araxá-MG, no Alto Paranaíba, decidiu pedir aos colegas da Câmara Municipal que montem uma comissão processante para investigar a ele mesmo. 

              Marcílio Faria (PT) está afastado do cargo desde 2015, quando começou a ser investigado por compra e venda de apoio político na cidade. 

              O Legislativo apresentou o pedido à população e analisa se vota ou não a proposta.

              O documento foi protocolado pelo próprio vereador. Em nove parágrafos, Marcílio narra a citação dele nas investigações e a denúncia feita pelo Ministério Público. 

"Nunca pratiquei qualquer ato que ferisse o decoro parlamentar. Sirvo-me do presente para requerer, uma vez ouvido o plenário, em instaurar uma comissão processante objetivando apurar e investigar e apurar os supostos fatos"
              Afirmou o político no texto.

"Eu, tendo certeza da minha inocência de não ter cometido nenhum fato ilícito, estou solicitando aos colegas vereadores que apreciem essa possível denúncia"
              Acrescentou Marcílio em entrevista ao MGTV.

Surpresa na Câmara
              O documento e o pedido de investigação pegaram os vereadores de surpresa. Antes da reunião, o presidente da Câmara, Carlos Roberto Rosa (SDD), se reuniu com colegas a portas fechadas.

              A conversa durou cerca de 30 minutos, até que os vereadores deixaram a sala. 

"Ficou acertado com o vereador que nós vamos receber a denúncia, lê-la no plenário e encaminhá-la ao Jurídico para que se dê andamento nesse pedido de comissão processante"
              Disse Carlos Roberto.


              O documento foi lido na íntegra no plenário. A denúncia foi encaminhada ao Departamento Jurídico da Câmara. 
              De acordo com o advogado Igor Rocha, que defende o Legislativo, na próxima semana haverá um parecer jurídico sobre a admissibilidade, que analisa apenas aspectos formais da denúncia. 

"Em seguida, o recebimento ou não da denúncia deverá ser votado no plenário"
              Finalizou.

              Com informações de: G1.

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