GUIAS

terça-feira, 8 de março de 2016

CATAS ALTAS-MG - Mulheres fazem manifestação contra Vale e Samarco em Minas Gerais

Segundo MST, 1.500 mil participaram do protesto 
na MG-129, em Catas Altas-MG.
Ato repudia modelo de mineração 
e denuncia violência contra mulheres.


              Mulheres fizeram, na manhã desta Terça-feira (160308), uma manifestação contra a SAMARCO a Vale e o modelo de mineração atual. 

              De acordo com a Polícia Militar - PM, por volta das 10:00 horas, cerca de 500 pessoas estavam na MG-129, em Catas Altas-MG, na Região Central de Minas Gerais, perto da mina de Fazendão, que pertence à Vale. 

              O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, que organizou o protesto para o Dia Internacional da Mulher, informou que, no horário, havia aproximadamente 1.500 mil mulheres na rodovia.

              Por volta das 12:00 horas, a PM informou que o protesto havia terminado e a MG-129 já estava liberada. 

              Segundo a corporação, o ato ocorreu a cerca de 30 quilômetros da barragem de Germano, da SAMARCO.

              A mineradora, cujos controladores são a Vale e a anglo-australiana BHP, é a responsável pela barragem de Fundão, que se rompeu em Mariana-MG no fim do ano passado e deixou mortos e desabrigados. 

              A lama gerada pelo rompimento atravessou o Rio Doce e chegou ao mar do Espírito Santo

              No percurso do rio, cidades tiveram de cortar o abastecimento de água para a população em razão dos rejeitos.

              Segundo o MST, o protesto questionou o atual modelo de mineração e denunciou a violência contra a mulher. 

              O movimento alegou que o modelo é “predatório” e causa doenças e o aumento de prostituição onde mineradoras se instalam.

“Há uma entrega dos recursos naturais do país 
ao capital internacional, deixando um rastro de morte 
e destruição ambiental e social. 
O maior exemplo disso é o rompimento 
da barragem de Mariana e a forma vexatória 
como o governo assinou o acordo com a Vale 
e a SAMARCO
              Afirmou uma das integrantes do movimento.


              Na última semana, o acordo para recuperar o Rio Doce foi assinado entre representantes dos poderes públicos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo com a SAMARCO

              O objetivo é criar um fundo que prevê R$20.000.000,00 bilhões em recursos, valor que pode variar, segundo o Ministério do Meio Ambiente.

              Conforme o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, a manifestação contou também com integrantes do Movimento pela Soberania Popular na Mineração - MAM

              Os movimentos sociais propõem um projeto popular de mineração, regulado pela necessidade social, com a participação das comunidades, além de instrumentos de fiscalização mais eficazes e prevenção de desastres.

              Por meio de nota, a Vale informou que a mina de Fazendão, em Catas Altas-MG, foi invadida no início desta manhã por cerca de 500 pessoas ligadas ao MST

              Segundo a empresa, as manifestantes picharam e sujaram a portaria e a rodoviária interna da unidade. 

              Ainda conforme a nota, elas também paralisaram e depredaram o ramal ferroviário da Estrada de Ferro Vitória a Minas - EFVM que dá acesso a minas da Vale na região.

“A Vale repudia veementemente 
quaisquer ações violentas, 
depredatórias, que geram riscos à segurança 
e o bem-estar daqueles que trabalham 
e utilizam essas unidades invadidas. 
A Vale tomará todas as medidas cabíveis 
para restabelecer a normalidade na unidade”
              Informou a mineradora.


              Procurada pela reportagem, a SAMARCO informou que não vai comentar os protestos.

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