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sexta-feira, 4 de março de 2016

DISTRITO FEDERAL - Policiais registram focos de Aedes em delegacias do DF; veja vídeo

Mosquito transmite dengue, vírus da zika, 
chikungunya e febre amarela. 
Servidores já haviam relatado haver água 
contaminada, ratos e insetos.


              Uma vistoria feita pelo Sindicato dos Policiais Civis apontou a existência de larvas do mosquito Aedes aegypti – que transmite dengue, vírus da zika, chikungunya e febre amarela – em delegacias do Distrito Federal

              Vídeo mostra focos nos pátios onde ficam os carros apreendidos. 
              O último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde aponta que os casos de dengue subiram 341% neste ano, em comparação com o mesmo período de 2015, chegando a 4.735 ocorrências.

              Por e-mail, a Polícia Civil disse que as delegacias foram orientadas a fazerem a fiscalização, junto com a Vigilância Sanitária, dos pátios e objetos apreendidos e de qualquer local que possa acumular água. 

"Assim, visando o controle 
e a eliminação de qualquer local 
que possa ser foco do mosquito Aedes aegypti, 
todo o material necessário
 está sendo disponibilizado as DPs"
              Declarou.

              Policiais civis já haviam relatado infestação de ratos e insetos, além de consumo de água contaminada com fezes de pombos, em delegacias. Imagens feitas pelo sindicato da categoria mostram infestação de baratas em uma das unidades e uma tarântula circulando em outra.

              O problema seria mais intenso nas unidades do:
Pistão Sul (21ª), 
Sobradinho II (35ª DP) e 
Taguatinga Norte (17ª DP). 

              Em nota, a direção da Polícia Civil disse que as denúncias são infundadas e afirmou que as dedetizações ocorrem dentro do prazo.

              O presidente do sindicato, Rodrigo Franco, oficiou a direção da corporação e a Vigilância Sanitária em 26 de janeiro cobrando um posicionamento. 

              Por telefone, a Secretaria de Saúde disse que não se manifestaria sobre o assunto porque, apesar do documento, o tema era de responsabilidade da corporação.

"A gente oficiou a direção da polícia 
para que eles nos informassem qual a data 
que foi feito um trabalho de dedetização 
e controle de pragas, 
mas a gente não recebeu a resposta. 
Mesma coisa com a vigilância"
              Diz Franco. 

"Soubemos por causa das denúncias dos colegas. 
Eles mandam fotos, mandam reclamações."

              Policiais da 21ª DP contam ter precisado tomar vermífugo em janeiro depois de descobrir que a água da delegacia estava contaminada. A unidade recebe até 30 presos por dia e atende, além da parte sul de Taguatinga-DF, moradores de Águas Claras e do Areal. 

              O conserto e a limpeza da caixa d'água aconteceram no dia 22 de janeiro. 
              A direção da Polícia Civil disse considerar com isso a situação normalizada.


"Encontraram fezes de pombo na caixa d’água. 
O rapaz que foi fazer na manutenção 
disse que pisou na bosta lá 
e que ficou coberta por uma substância pastosa. 
Inclusive, durante a manutenção, 
o cheiro que ficou aqui foi de esgoto. 
E a gente bebeu essa água assim por meses. 
Mesmo tendo filtro, era água com cocô 
que a gente bebia. 
A mesma água de lavar a mão, tomar banho", 
              Disse um servidor que não quis se identificar.

"E barata, então, já é quase da família. 
Cada uma tinha a sua de estimação. 
Na porta da delegacia, 
à noite tinha assembleia de barata. 
Quando acendia a luz, 
à noite tinha muita barata lá. 
Eu cheguei a trazer veneno de casa para jogar. 
Também tem muito rato 
por causa do pátio de veículo apreendido"
              Completou o homem.

              Segundo a Polícia Civil, a última dedetização nas delegacias aconteceu em dezembro. A limpeza das caixas d'águas, afirma, ocorre durante todo o ano.

Para assistir o Vídeo, no G1, clique AQUI

              O presidente do sindicato afirma que problemas do tipo acabam tirando o foco do que deveria ser a preocupação dos policiais. 

"Tivemos colegas com problemas estomacais 
por tomar água contaminada. 
Isso traz problema para a corporação, 
para a saúde dos presos, para a população. 
Se um colega fica doente 
e precisa se afastar do trabalho, 
principalmente quando o efetivo é baixo, 
a situação fica pior. 
Temos que estar preocupados com o que interessa, 
que é o controle dos crimes, 
não com controle de inseto."

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