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terça-feira, 15 de março de 2016

PALESTINA - Governo brasileiro constrói hospital na Palestina

Doação de 10 milhões de dólares 
foi assinada pelo ex-presidente Lula



              Sem muito alarde da imprensa brasileira, foi inaugurado no início de março um Centro de Saúde em território palestino. 

              O detalhe é que ele foi totalmente financiado pelo Governo do Brasil, um país que vem experimentando cortes constantes na área da saúde.

              Segundo o Itamaraty, a construção “faz parte de uma série de iniciativas que vem sendo desenvolvidas nas áreas de saúde, agricultura e educação, resultado do anúncio de uma doação brasileira de USD10.000.000,00 milhões, durante a Conferência de Paris de 2007, para projetos de cooperação humanitária para a reconstrução de Gaza”.

              De fato, em 2010, o então presidente Lula assinou uma lei que doava 25.000.000,00 milhões de reais (U$10.000.000,00 milhões na época) à Autoridade Nacional Palestina. 

              A justificativa é que seria “em apoio à economia palestina para a reconstrução de Gaza”.

              Passados mais de 5 anos, foi inaugurada apenas uma obra. Segundo o site do governo, trata-se de um hospital, com uma área de 1.500 metros quadrados. O edifício possui três andares que incluem áreas médicas, a parte administrativa e também salas de reuniões.

              Não foi revelado o custo total da edificação nem se o maquinário para seu funcionamento também foi pago pelo Brasil. Tampouco é possível identificar no site se há algum tipo de prestação de contas sobre como o restante dos 10.000.000,00 milhões de dólares doados foram usados.

              O texto mostra que o Itamaraty comemorou muito o ocorrido. “Para o Brasil, a inauguração do Centro de Saúde de Jericó contribui não apenas para a melhoria do padrão sanitário local, mas, também, para a consolidação da imagem do país como parceiro solidário do povo palestino e atuante nos campos da assistência humanitária e da cooperação bilateral”.

              A contribuição brasileira foi dada através da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina - UNRWA, e tem um caráter de ajuda humanitária.

              O aspecto que causa maior estranheza é o fato de o centro médico ficar em Jericó, que é parte da Cisjordânia. Para os que não estão familiarizados com o intricado jogo político no Oriente Médio, a Autoridade Palestina deveria governar dois territórios distintos.

              O menor, à leste de Israel, é conhecido como Faixa de Gaza. Contudo, o local há mais de uma década é controlado pelo Hamas, grupo terrorista que faz constantes ataques a Israel e travou várias guerras com o Estado judeu.

              A Cisjordânia é um território maior, a oeste, onde ficam cidades como Belém e Jericó. A região é controlada pelo Fatah, grupo político e militar fundado por Yasser Arafat. O atual presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pertence a este grupo.

              O Hamas e o Fatah estão em constante conflito em luta pelo poder no território palestino. Nas poucas vezes em que se unem é para atacar Israel.

E como anda a Saúde no Brasil?
O Brasil vai bem... bem mal.
              Chama atenção a discrepância do governo brasileiro que identifica em seu site oficial a Palestina como um Estado, embora não haja esse reconhecimento por parte da ONU.

              Ao mesmo tempo que autoriza o envio de dinheiro para a reconstrução de Gaza em 2010, divulga que a verba foi usada para uma construção na Cisjordânia em 2016!

Parece um indício que há muito mais envolvido que não é claramente divulgado. Aliás, relações obscuras e investimentos de dinheiro público para construções em outras nações já é algo normal no governo Dilma.

              Este parece mais um capítulo na questionável relação do governo petista com os palestinos. Em fevereiro, Dilma autorizou a doação de 977 toneladas de arroz brasileiro para Gaza.

              Na mesma época, inaugurou-se em Brasília a primeira embaixada do Estado da Palestina fora do mundo árabe. 
              Estranhamente, o prédio é uma “miniatura” da mesquita Domo da Rocha, no Monte do Templo. Na prática, comunica que a Palestina tem como capital Jerusalém.

              Enquanto isso, o Brasil não reconhece mais Jerusalém como a capital do Estado judeu e continuamos sem um embaixador de Israel no país.

              Com Informações de: GospelPrime.

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