GUIAS

quinta-feira, 10 de março de 2016

SÃO PAULO - Ministério Público pede prisão preventiva de Lula

O caso será analisado 
pela juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, 
da 4ª Vara Criminal de São Paulo


              Após apresentar denúncia contra Luiz Inácio Lula da Silva, sua mulher e seu filho Fábio Luiz Lula da Silva, o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do ex-presidente nesta Quinta-feira (160310). 

              Além de Lula também foi pedida a prisão preventiva do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e de outros dois investigados do caso BANCOOP.

              O caso será analisado pela juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo. 

              Ainda não há um dia certo para a Justiça decidir sobre o caso. 

              Lula é acusado de:
lavagem de dinheiro e (Pena de 3 a 10 anos de prisão)
falsidade ideológica, (Pena de 1 a 3 anos de prisão)

              Crimes que podem render de 3 a 10 anos de prisão e de 1 a 3 anos, respectivamente. 

              Sua mulher, Marisa Letícia, e um dos filhos do casal, Fábio Lúis Lula da Silva, também são acusados desses mesmos crimes.

              Nesta tarde, em entrevista coletiva no Ministério Público de São Paulo, os promotores negaram que a investigação tenha motivação política. 

"O nosso calendário é judicial, 
pouco importando se este ou aquele procedimento 
tenha repercussão política"
              Disse José Carlos Blat, que tocou a apuração junto com os outros dois promotores.

              Segundo Blat, a apuração é uma continuidade de um caso da Bancoop que ele toca desde 2010 e está em fase final de julgamento. 

              Um dos réus do primeiro caso é o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso em Curitiba sob acusação de intermediar propinas para o PT em contratos da Petrobras.

              O promotor Cassio Conserino comentou durante a coletiva sobre as penas previstas nos crimes pelos quais Lula foi denunciado. 

"Lavagem de dinheiro a pena mínima é de 3 anos, 
a máxima de 10 anos. 
Falsidade ideológica, pena mínima de 1 ano, 
máxima de 3 anos"
              Afirmou. 

"Se houver condenação, as penas serão somadas, 
para cada um dos crimes"
              Disse Blat, sendo de no máximo de 13 anos.

              Ao falar sobre as provas contra o ex-presidente, Conserino afirmou: 

"a investigação se consubstanciou 
em provas processuais e documentais. 
Duas dezenas de pessoas nos relataram 
que o tríplex do Guarujá era destinado 
ao ex-presidente Lula e sua família. 
Entre as pessoas, funcionários do prédio, 
moradores, a porteira, o zelador, 
funcionários da OAS, ex-funcionários". 

“Desde sempre aquele imóvel esteve reservado 
para o ex-presidente. 
A OAS nunca comercializou aquele imóvel. 
A ordem era essa, segundo depoimento dos corretores".

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