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quinta-feira, 10 de março de 2016

UBERLÂNDIA-MG - Grupo preso em operação gerou prejuízo de R$2 milhões

Casal e homem foram presos na terça (8) 
durante operação 'Carga Pesada'.

Grupo se passava por empresários 
para conquistar confiança das vítimas.


              A Polícia Civil apresentou na tarde desta Quarta-feira (160309), em coletiva com a imprensa, as três pessoas que foram presas na Operação "Carga Pesada" em Uberlândia-MG

              Dentre os detidos está um casal que reside em um condomínio de luxo no Bairro Vigilato Pereira e que foi apontado como chefe do grupo. 

              A dupla, ambos com 36 anos, não tinha passagens pela polícia. 

              Já o outro preso, considerado negociador das cargas desviadas, havia sido preso em setembro do ano passado por receptação.

              De acordo com o delegado da Delegacia Especializada de Investigação e Fraude, Eduardo Figueiredo, o grupo agia na região metropolitana de Belo Horizonte-MG e em São Paulo

              O trio já estava sendo investigado há mais de um ano e o prejuízo gerado gira em torno de R$2.000.000,00 milhões. 

              As prisões temporárias, de acordo com o delegado, ocorreram nesta Terça-feira (160308). 

              Figueiredo disse que celulares, telefones, computadores, dinheiro, cheques, produtos e até um distintivo policial foram apreendidos. 

              O delegado contou que o grupo agia sempre da mesma forma, ganhando a confiança de empresas até conseguir as cargas. 

"A associação criminosa enviava, 
através de e-mail, documentos falsos 
a fim de ganhar a confiança das empresas. 
Se passando por empresários de boa índole, 
eles negociavam produtos e fechavam vendas, 
na maioria das vezes, por boletos. 
Eles mandavam caminhoneiros, 
que não sabiam do esquema, 
buscar a carga negociada. 
Logo que a carga saia, 
o grupo voltava a contatar o caminhoneiro 
e mudava a rota de entrega, 
marcando em um posto de Combustíveis 
próximo ao Viaduto Tereza Jabbur Braga, 
em Uberlândia-MG
No local, outros veículos já aguardavam 
para fazer o transbordo da carga 
e já levavam para o mercado paralelo para venda"
              Explicou.


              Figueiredo disse ainda que a organização não pagava os boletos emitidos pelas empresas, gerando prejuízos. 

              Uma empresa de Belo Horizonte, por exemplo, negociou com o grupo tubo de cobre e perdeu cerca de R$300.000,00 mil. 

              Até o momento, a polícia já trabalha com sete vítimas dos criminosos. 

"Conseguimos chegar ao grupo 
por meio da inteligência investigativa da Polícia Civil. 
Foram diversos serviços de campo, 
serviços de inteligência dentro das delegacias, 
cruzamento de dados e informações 
e reconhecimentos fotográficos dos infratores. 
A somatória desses elementos fez com que chegássemos 
a essa associação e a desmantelássemos"
              Afirmou.

              O delegado ressaltou ainda que o grupo contava com uma central telefônica em uma distribuidora de bebidas de Uberlândia. 

"Na investigação foi apontando 
que a distribuidora de bebidas que o grupo abriu 
recentemente em uma região nobre da cidade 
poderia servir de fachada para o escritório do crime. 
Nós conseguimos um mandado de busca e apreensão 
para o local e confirmamos a nossa suspeita. 
Nos fundos do local se encontrava a central telefônica 
com telefones preparados para atender às empresas vítimas, passar referências positivas e confirmar informações dadas pelo grupo criminoso a fim de conseguir finalizar as compras"
              Disse. 

              A suspeita é que a atuação dos criminosos teve início em 2014. Os presos foram ouvidos, confessaram parte dos crimes e devem responder por associação criminosa, estelionato e ainda podem ser enquadrados dentro da lei de crimes organizados. 

              Eles estão no presídio Professor Jacy de Assis

              A polícia, a partir de agora, vai intensificar as investigações a fim de buscar a prisão dos demais integrantes desta quadrilha. 



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