GUIAS

quinta-feira, 28 de abril de 2016

BRASÍLIA-DF - Servidor é processado por dizer que motorista negro do DNIT 'dava azar'

Ofensa teria ocorrido no DF em 2012; 
MPF abriu ação de improbidade.
Homem já responde a processo criminal; 
DNIT não disse se puniu suspeito.


              O Ministério Público Federal - MPF abriu ação de improbidade administrativa contra um servidor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte - DNIT por suspeita de racismo contra um motorista terceirizado. 

              O homem, que está lotado em Brasília-DF, já responde a uma ação penal pelo mesmo crime. 
              Se condenado no novo processo, pode perder o cargo.

              Segundo a denúncia, a ofensa racista aconteceu em agosto de 2012. 

              O servidor teria passado pelo funcionário e dito: "Rapaz, cruzar com um preto na Segunda-feira e nesse horário é azar pra semana inteira!". 

              Em seguida, também teria afirmado que "preto, comigo, não dirige".

              O G1 tentou contato por telefone e e-mail com o DNIT para saber se a conduta foi investigada ou punida internamente, mas não conseguiu retorno até a publicação desta reportagem. 

              A ação do MPF cita um acordo de conduta pessoal e profissional celebrado entre o servidor e a Comissão de Ética do DNIT, mas não detalha o conteúdo do acordo.

              A representação afirma que a conduta racista é incompatível com os códigos de ética do DNIT e do Servidor Público Federal

"As expressões utilizadas pelo requerido foram diretamente direcionadas [ao motorista], com a finalidade de ofender, humilhar e diminuir especificamente o funcionário terceirizado"
              Diz a ação.

              Segundo a denúncia, o suspeito integra o quadro do Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO mas, na época, estava cedido ao DNIT e atuava como fiscal de contratos de terceirização. 

              A conversa com tom racista teria sido testemunhada por outros motoristas terceirizados, de acordo com a ação.

              O documento é assinado pelo procurador da República Ivan Cláudio Marx e aponta infração aos "princípios de legalidade, impessoalidade e moralidade" que deveriam nortear a conduta de um servidor público. 

              O caso será julgado pela 9ª Vara da Justiça Federal em Brasília.

              O procurador cita trecho do código de ética dos servidores públicos que aponta como deveres fundamentais "ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção [...] sem qualquer distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral".

              Com Informações de: G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Respeite opiniões! Identifique-se com Nome e Localidade!
Obrigado.