GUIAS

quinta-feira, 9 de junho de 2016

BUENÓPOLIS-MG - Polícia apura se morte de criança tem relação com magia negra

Rayane Aparecida foi encontrada morta 
e com sinais de abuso sexual. 
Corpo estava sem o coração; 
suspeito do crime foi preso.


              A Polícia Civil de Minas Gerais investiga se o caso de Rayane Aparecida, de 10 anos, encontrada morta e com sinais de violência sexual na zona rural de Buenópolis-MG tem relação com magia negra

              A suspeita surgiu depois que a perícia apontou que o corpo da menina foi encontrado sem o coração. 

              Jairo Lopes, considerado o principal suspeito do crime, foi preso nesta Quarta-feira (160607) em uma fazenda, localizada em Joaquim Felício-MG.

“Inicialmente ele alega que o coração seria para fazer uma espécie de simpatia para chovesse no local. Possivelmente guardou o coração perto da casa da própria menina, já que ele diz que enterrou, por isso vamos apurar se ele faz parte de alguma seita de cunho macabro. É uma pessoa fria, embora tenha chorado não demonstrou arrependimento.”
              Explicou o delegado Vitor Amaro.

              Segundo as investigações, outra vítima de abuso sexual também foi encontrada morta e sem o coração na região de Bocaiuva-MG, município localizado perto de onde Jairo Lopes morou. 

              A relação dele com o crime também será apurada, já que ele confessou envolvimento em outros dois estupros, dois homicídios e dois roubos. 

              O homem estava foragido de um presídio de Montes Claros-MG desde 2012, ele teve direito ao benefício da saída temporária do Dia das Mães e não retornou.

              Ao ser ouvido, Jairo Lopes negou ter assassinado Rayane, mas apresentou várias contradições durante o depoimento.

“Na Quarta-feira (160601), que a menina foi arrebatada, 
ele fala que foi trabalhar, mas nós entrevistamos a possível pessoa para com quem ele teria trabalhado 
e ele não trabalhou. 

Na Quinta-feira (160602), a esposa dele saiu de casa 
e voltou junto com ele, após ele ter cometido o crime, 
ele fala que a esposa dele o tempo todo estava lá.
 
Ele não consegue explicar 
o fato da bota ter uma gotícula de sangue, 
não explica a presença 
de sangue na faca [apreendida]. 

Uma série de detalhes que conseguimos apurar 
e ele não teve saída a não ser confessar”
              Falou.

              Em um primeiro momento, Jairo Lopes disse para a polícia que teve informações de que o pai de Rayane teria uma grande quantia de dinheiro em casa, por isso ele iria usar a menina para chantagear a família. 

              Ainda durante o depoimento, ele mudou a versão e afirmou que o objetivo era abusar sexualmente da criança, como ela iria contar para os familiares, decidiu matá-la.


Prisão em pasto de fazenda
              Jairo Lopes foi detido por um grupo de 10 funcionários de uma fazenda em Joaquim Felício

              Ao perceber que tinha sido reconhecido, ele tentou fugir. 
              O G1 conversou com três dos homens que conseguiram prendê-lo.

“Na hora que a gente estava indo para o trabalho eu vi ele do caminhão e falei para os meus colegas que tinha um homem no pasto e que ele tinha deitado, descemos e cercamos ele”
              Contou o vaqueiro Sirlei da Silva.

“Ele pediu para a gente dar carona. 
Disse que não era ele quem havia matado a menina e que estava fugindo de um homicídio cometido em Montes Claros”
              Disse Gilson Pereira, que também trabalha como vaqueiro na propriedade.

“Nós perguntamos como era o nome dele, 
ele respondeu que era Carlos Alves
mas eu tinha a foto dele no celular e o reconheci, 
falei para ele levantar a blusa e vi as duas tatuagens 
que apareciam na imagem. 
Ele achou uma brecha e correu uns 200 metros, 
pulou uma cerca e nós fomos atrás dele”
              Falou Marlon Batista.


Buscas e identidade falsa
              Jairo Lopes estava sendo procurado pelos policiais desde o dia dois deste mês, assim que o corpo de Rayane foi achado em um matagal. 

              Durante as buscas por pistas que pudessem apontar suspeitos, a Polícia Militar encontrou um par de botas dele sujas de sangue e Jairo fugiu ao perceber que poderia ser conduzido para prestar esclarecimentos.

              O suspeito morava na zona rural de Buenópolis há dois anos e mantinha um relacionamento com Cícera Soares

              Ela contou para a PM que o conhecia como “Adauto”, posteriormente, confirmou que ele também tinha o nome de Jairo, os policiais mostraram uma foto de um foragido da Justiça com o nome e ela o reconheceu.

“Conheci ele no local onde eu trabalhava. 
Nos envolvemos e, em poucos meses, 
ele pediu para passar uns dias na minha casa. 
A partir daí, ele começou a morar comigo 
e estávamos juntos há dois anos. 

Tenho uma filha e nunca tive problema nenhum com ele. 
Ele dizia não ter documentos, que estavam guardados na casa da irmã em Montes Claros.
 
Também não gostava de tirar fotos, de ir a cidade, e sempre notei uma estranheza quando algum carro de polícia passava”
              Falou ela para o G1 na Quinta-feira (160602).

              Depois de descoberta a verdadeira identidade, ela não quis mais comentar sobre o caso. 

              A polícia investiga se ela sabia dos crimes cometidos pelo companheiro e do envolvimento dele com a morte de Ryane

              Durante as buscas, houve revezamento de equipes da PM que eram formadas por 60 policiais, além da população. 

              Os trabalhos contaram também com o helicóptero e cães farejadores.

“Logramos êxito em prender este infrator 
com o apoio da população, da mídia e dos policiais militares. 
Hoje estamos dando a resposta 
que a sociedade esperava e merecia”
              Enfatizou o tenente coronel Giovanni Faria.

              Depois que os funcionário da fazenda detiveram Jairo, a PM foi até o local e fez o transporte dele até Curvelo-MG de helicóptero, onde fica a sede do comando da polícia na região. 

              A aeronave pousou na Praça Central, onde ele foi colocado em uma viatura e levado para o pronto-socorro.

Comoção social
              A população se aglomerou na Praça Central para esperar a chegada de Jairo Lopes, a PM fez um cordão de isolamento, mas um grupo de pessoas passou pelo bloqueio e tentou agredi-lo. 


              Os policiais mantiveram o homem dentro da aeronave e só o retiraram quando o tumulto foi controlado.

“Não dava para ele ficar solto depois do que fez,
todos nós estávamos ansiosos para ver ele preso”
              Disse a dona de casa Ediméia Cardoso, que acompanhou a chegada de Jairo em Curvelo-MG.

              Horas depois, a população se concentrou em frente à delegacia, dificultando a saída dos policiais civil e do delegado que iriam se deslocar com o suspeito realizar algumas diligências, cerca de quatro mil pessoas estavam no local.

Punição
              Jairo Lopes poderá responder por:
Estupro qualificado,
E ocultação de cadáver

              É possível que ele seja encaminhado para uma unidade prisional em Ribeirão das Neves-MG.

OUTRAS MATÉRIAS SOBRE O CASO:
160608 - Preso suspeito de estuprar e matar criança de 10 anos





              Com Informações de: G1.

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