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domingo, 17 de novembro de 2013

Caso do menino Joaquim Pontes - IV - Cão da PM indica que menino e padrasto seguiram juntos até córrego

O Caso da Morte do menino Joaquim Pontes
Passo-a-passo

IV
Ribeirão Preto - 131106
Cão da PM indica que menino e padrasto seguiram juntos até córrego

              Animal refez mesmo percurso ao farejar roupas de Joaquim e do rapaz. Garoto, de 3 anos, sumiu de dentro da casa da mãe em Ribeirão Preto, SP. fareja pistas que podem levar ao paradeiro do menino Joaquim


              Um cão treinado pelo Canil da Polícia Militar de Ribeirão Preto-SP, farejou pistas sobre o suposto envolvimento de Guilherme Raimo Longo no desaparecimento de seu enteado Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, em Ribeirão Preto-SP. Em buscas realizadas nesta quarta-feira (131106) nas proximidades da casa onde a criança vive com a mãe e o padrasto, o animal apontou que o menino e o rapaz fizeram o mesmo percurso do imóvel até um córrego na região.

              Joaquim está desaparecido desde a madrugada de terça-feira (131105). O padrasto e a mãe da criança, a psicóloga Natália Mingone Ponte, tiveram a prisão temporária pedida pela Polícia Civil. Eles prestaram depoimentos durante todo o dia na Delegacia de Investigações Gerais - DIG.

              De acordo com o sargento da PM Ary Gavazzi, supervisor do canil policial, quando farejou as roupas do padrasto, o cachorro chamado Apache saiu da casa da família no bairro Jardim Independência, andou pela rua, parou em alguns pontos da calçada e seguiu às margens do córrego até parar em um determinado ponto. Segundo Gavazzi, o cão refez exatamente o mesmo percurso, incluindo as paradas na calçada, quando cheirou as roupas pertencentes a Joaquim. "Após sentir o odor da roupa do padrasto, o cão fez exatamente o mesmo trajeto. Isso quer dizer que a probabilidade de ele ter feito esse caminho com a criança é grande", disse o sargento.

              O animal também farejou as roupas da mãe, Natália Mingone Ponte, mas realizou um trajeto diferente, limitado aos arredores da casa da família, informou Gavazzi. "Com o odor das roupas da mãe, a resposta do cachorro não foi a mesma. Esse caminho, da casa até as imediações do córrego, a mãe não fez", afirmou o policial.

              Além da busca com o cão farejador, nesta quarta-feira (131106) as investigações contaram com o trabalho da Polícia Científica na casa de Joaquim em busca de provas periciais sobre o desaparecimento. No mesmo dia, a Delegacia de Investigações Gerais - DIG, ouviu as versões de Natália e Longo sobre o caso - que segundo a polícia são contraditórias - e requereu à Justiça a prisão temporária do casal. O pedido não tinha sido aprovado até a publicação desta matéria. 
"Não há um prazo prefixado para que decretem ou não. 
O pedido é para auxiliar nas investigações. 
Suspeita a gente não descarta nenhuma, 
por isso esse pedido de prisão", 
disse o delegado Paulo Henrique Martins de Castro.

Desaparecimento
              Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu na madrugada de terça-feira, de dentro da casa onde mora com a mãe e com o padrasto no bairro Jardim Independência. Em depoimento, Natália afirmou que notou a ausência do filho pela manhã, ao procurá-lo no quarto, por volta de 7 hs, para aplicar uma dose de insulina.

              Ainda segundo a mãe, as janelas da casa têm grades, o portão estava trancado, mas a porta da sala estava aberta. Natália afirmou que o atual marido é usuário de drogas e que teria sido ele o último a ter contato com o garoto, ao colocá-lo para dormir, por volta de meia-noite.

              Também em depoimento, o padrasto do menino, Guilherme Longo, teria contado aos policiais que colocou o menino para dormir por volta de meia-noite e, durante a madrugada, saiu para comprar drogas, mas não encontrou quem fornecesse e retornou para casa.

              O pai do garoto, Arthur Paes, disse que ficou surpreso com o pedido de prisão temporária da ex-mulher e do atual marido dela. 

“Nunca desconfiei de nada. 
O relacionamento entre eles sempre foi tranquilo”

              Paes passou o dia todo em frente à delegacia entregando fotos e panfletos em busca de pistas sobre o paradeiro do filho. 
“Eu andei Ribeirão Preto inteiro a pé. 
Sou de São Paulo, não sou daqui, não conheço nada. 
Fui com a cara e com a coragem, por isso acho que vou achar meu filho. 
Eu tenho esperança em encontrar meu filho, sei que vou ver ele vivo”, 
diz o produtor de eventos.




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