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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Policia Federal abre inquerito contra Lula - Mensalão

Mensalão: Polícia Federal abre inquérito contra Lula

              Ex-presidente agora é investigado como suspeito de intermediar repasse de 7 milhões de reais da Portugal Telecom ao PT; acusação partiu de Marcos Valério

              A Polícia Federal confirmou, nesta sexta-feira, ter aberto inquérito para investigar a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma das operações financeiras do mensalão. Agora, Lula é oficialmente investigado por sua participação no esquema que movimentou milhões de reais para pagar despesas de campanha e comprar o apoio político de parlamentares durante o primeiro mandato do petista.

              O presidente teria intermediado a obtenção de um repasse de 7 milhões de reais de uma fornecedora da Portugal Telecom para o PT, por meio de publicitários ligados ao partido. Os recursos teriam sido usados para quitar dívidas eleitorais dos petistas. De acordo com Marcos Valério, operador do mensalão, Lula intercedeu pessoalmente junto a Miguel Horta, presidente da companhia portuguesa, para pedir os recursos. As informações eram desconhecidas até o ano passado, quando Valério - já condenado - resolveu contar parte do que havia omitido até então.

              A transação investigada pelo inquérito estaria ligada a uma viagem feita por Valério a Portugal em 2005. O episódio foi usado, no julgamento do mensalão, como uma prova da influência do publicitário em negociações financeiras envolvendo o PT.

              O pedido de abertura de inquérito havia sido feito pela Procuradoria da República no Distrito Federal. As novas acusações surgiram em depoimentos de Marcos Valério, o operador do mensalão, à Procuradoria-Geral da República. Como Lula e os outros acusados pelo publicitário não têm foro privilegiado, o caso foi encaminhado à representação do Ministério Público Federal em Brasília. Ao todo, a PGR enviou seis procedimentos preliminares aos procuradores do Distrito Federal. Um deles resultou no inquérito aberto pela PF. Outro, por se tratar de caixa dois, foi enviado à Procuradoria Eleitoral. Os outros quatro ainda estão em análise e podem ser transformados em outros inquéritos.

              Segredos – Com a certeza de que iria para a cadeia, Marcos Valério começou a contar os segredos do mensalão em meados de setembro, como revelou VEJA. Em troca de seu silêncio, Valério disse que recebeu garantias do PT de que sua punição seria amena. Já sabendo que isso não se confirmaria no Supremo – que o condenou a mais de 40 anos por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro – e, afirmando temer por sua vida, ele declarou a interlocutores que Lula "comandava tudo" e era "o chefe" do esquema.

              Pouco depois, o operador financeiro do mensalão enviou, por meio de seus advogados, um fax ao STF declarando que estava disposto a contar tudo o que sabe. No início de novembro, nova reportagem de VEJA mostrou que o empresário depôs à PGR na tentativa de obter um acordo de delação premiada – um instrumento pelo qual o envolvido em um crime presta informações sobre ele, em troca de benefícios.

Cá entre nós ...
              Esclarece isso daí STF, e se ele (Lula) tem culpa, bota ele atrás das grades, "literalmente". E mais uma coisa: Roubou? que devolva o valor roubado, corrigido monetariamente, aos cofres.


EUA aproveitam tensão militar para vender armas à Coreia do Sul

EUA aproveitam tensão militar para vender armas à Coreia do Sul 
              Departamento de Defesa americano autorizou a venda, entre outros equipamentos bélicos, de caças de guerra aos sul-coreanos.

              Apresentação do F-15 Silent Eagles da Boeing que poderá ser vendido aos sul-coreanos

              Enquanto o mundo observa as movimentações militares na Ásia em razão das ameaças nucleares norte-coreanas, o Departamento da Defesa dos EUA aprovou na semana passada um acordo para vender 60 caças de guerra à Coreia do Sul. Os dois países já desfrutam de um longo histórico de cooperação bélica e as novas aquisições sul-coreanas poderão chegar a um total de R$ 21 bilhões (10,8 bilhões de dólares) de acordo com FMS (Venda Militar Estrangeira).

              A Coreia do Sul ainda irá decidir qual dos modelos oferecidos pelos EUA fará parte de sua Força Aérea. A escolha será feita entre os modernos caças modelo F-35 fabricados pela Lockheed Martin Corp e o F-15 da Boeing.

              O vencedor da concorrência será anunciado ainda este ano entre os meses de junho e novembro. Diante das ameaças do vizinho do Norte, os sul-coreanos devem completar a compra em breve para reforçar seu aparato militar.

              A tensão que dominou a península coreana nas últimas semanas obrigou os EUA a enviar diversos equipamentos militares para a região: navios de guerra equipados com sistemas antimísseis, aviões espiões com capacidade atômica, submarinos nucleares, caças F-22 e inclusive uma plataforma naval para vigiar movimentos no norte.

              Simultaneamente, o Japão e a Coreia do Sul também mobilizaram suas armas para evitar um ataque surpresa do vizinho do Norte. Essa operação resultou em um gasto militar que não estava previsto nas estimativas financeiras governamentais desses países.

              Tais despesas incomodaram principalmente os norte-americanos, que passam por vários cortes de gastos e tiveram dificuldades para aprovar seu orçamento público depois de muita polêmica. Nesse sentido, o próprio presidente Barack Obama se dispôs a reduzir seu salário em 5%. Entretanto, o anúncio das novas vendas militares aos sul-coreanos mostra que o clima de guerra iminente também pode gerar frutos.

              Na realidade, o acordo militar entre americanos e sul-coreanos deverá incluir um pacote de outros equipamentos bélicos como radares, peças de substituição, programas de computador, além de treinamento técnico e sistemas de logística e informação.

              Em dezembro de 2012, Seul pediu uma possível venda, no valor de R$ 2,4 bilhões (US$ 1,2 bilhão), de quatro aviões RQ-4 "Global Hawk" com capacidades de vigilância adicionais, fabricados pela Northrop Grumman Corp, informou em comunicado a Agência de Cooperação para a Defesa e Segurança do Pentágono.

              A Coreia do Sul, o Japão e outros países do Pacífico são grandes compradores de armas americanas. Em 2012, os EUA fecharam negócios que geraram cerca de R$ 27 bilhões (13,7 bilhões de dólares) em artigos bélicos, um valor 5,4% maior que em 2011. Provavelmente neste ano os resultados serão melhores diante das investidas norte-coreanas.