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terça-feira, 13 de maio de 2014

Aplicativo para celular é ferramenta para evitar atropelamento de animais em Unaí-MG

Aplicativo para celular é ferramenta para evitar atropelamento de animais


               A cada ano, 475 milhões de animais selvagens morrem atropelados nas estradas brasileiras, 15 por segundo. Para tentar frear essa estatística, pesquisadores do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas - CBEE, sediado na Universidade Federal de Lavras - Ufla, no Sul de Minas, criaram o Urubu Mobile.

               O aplicativo gratuito para celular, que já foi baixado mais de mil vezes em menos de um mês, faz parte de um sistema para receber fotos e informações de animais selvagens atropelados em todo o país.

               Ao se envolver ou perceber um acidente, o usuário cadastrado envia as informações, que integrarão o Banco de Dados Brasileiro de Atropelamento de Fauna Selvagem - Bafs.

               O objetivo é mapear as áreas onde ocorrem mais atropelamentos, incrementar pesquisas e incentivar a formação de políticas públicas para as estradas.

“Com dados mais completos, 
poderemos sugerir ao governo a construção de passagens de fauna, telamentos nas margens das rodovias, 
instalação de túneis, 
passagens aéreas para espécies que se deslocam pelas árvores 
(como os macacos) 
e ajudar no planejamento de novas rodovias
 fora de áreas com grande probabilidade de atropelamentos” 
detalha Alex Bager, coordenador do CBEE.

FERRAMENTA
               A ideia é receber dados referentes apenas a animais selvagens. Ou seja, não adianta mandar fotos de cães, galinhas ou cavalos mortos.

               Lançado em 11 de abril e disponível somente para Android, o Urubu Mobile já tem 700 pessoas cadastradas aptas a mandar informações.

               A equipe já recebeu 75 fotos, a maioria de animais de grande porte atropelados, como tamanduá-bandeira, gambás e cobras.

“Nem todas as pessoas percebem 
ou dão importância a bichos pequenos mortos na estrada, 
como sapos”
completa Bager.

               A bióloga Clarice Vasconcelos, de 42 anos, enviou dados sobre um cachorro-do-mato morto atropelado na BR-251, em Unaí-MG, na região Noroeste de Minas.

“Tenho interesse em amenizar esse massacre de animais 
que ocorre nas estradas”
diz Clarice Vasconcelos.

               Outra intenção dos pesquisadores é divulgar o aplicativo a caminhoneiros, empresas de transporte e cooperativas para elevar o número de dados coletados e, em até dois anos, ter milhares de parceiros para colaborar com o planejamento de conservação da fauna brasileira.










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