GUIAS

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

SÃO PAULO - Atleta paralímpica vira modelo e surpreende com perna mecânica em desfile


              A beleza e o corpão definido da atleta já seriam suficientes para chamar atenção na passarela, mas ao aparecer usando um ousado maiô vermelho e uma prótese mecânica na perna esquerda, a paranaense Marinalva Almeida, 37, causou furor no desfile da Casa de Criadores, importante evento de moda que aconteceu na semana passada em São Paulo.



              O modelo cheio de fendas é da nova coleção do estilista Fernando Cozendey, que selecionou tipos não convencionais para desfilar nesta edição. Já a perna mecânica é uma das quatro próteses que a atleta paralímpica de vela costuma usar no seu dia a dia, seja em passeios com o namorado ou com os três filhos, seja para dar suas palestras motivacionais.

              As peças foram sendo colecionadas nos últimos anos. Duas delas foram doadas no ano passado por uma ONG norte-americana, que se encantou com a morena quando ela foi provar uma prótese em Los Angeles. 

"Cheguei lá com um vestido fino e salto de 15 centímetros. 
O médico disse que se eu conseguia usar aquele sapato, 
eu usaria qualquer prótese. 
Então ganhei uma com salto também. 
Tive muita sorte"
Conta.

              Outra, foi doada por uma empresa de Sorocaba - SP, cidade onde a atleta começou a trabalhar como modelo. Já a quarta, veio da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, ligada ao Hospital das Clínicas, na capital paulista.

"Sou recordista brasileira de salto em distância e no dardo. 
Fazia corrida de rua de muletas. 
Essas habilidades me deram um portfólio legal 
para conseguir a prótese. 
Cheguei a usar algumas que me machucavam, 
então queria a melhor, 
mas não podia pagar de R$ 45 mil a R$ 70 mil em cada uma"
Explica.

              As pernas mecânicas foram um impulso importante para que Marinalva ganhasse ainda mais projeção, embora nunca tenha se curvado aos olhares de pena, que, segundo ela, são "comuns para os deficientes". 

"O que vai determinar o olhar do outro, 
sendo deficiente ou não, é a postura que a pessoa tem. 
Se você não se impõe, não se cuida, 
as pessoas vão te olhar com desprezo"
Analisa.

              O discurso cheio de autoestima e os detalhes que dá sobre sua vida fizeram com que ela fosse chamada para dar palestras sobre superação. Sua recente aparição também lhe rendeu um convite para desfilar em Milão, na Itália. Mas ela atribui seu sucesso ao esporte. 

"Ser esportista me ajudou a me valorizar mais, 
ser mais forte fisicamente e psicologicamente"
Explica.


              O acidente que lhe custou a perna esquerda aconteceu quando ela tinha 15 anos e dirigia uma moto em Campo Grande - MS, onde morava desde os quatro anos, depois de partir de Santa Isabel de Ivaí - PR com a família. Foi na capital do Mato Grosso do Sul que ela descobriu habilidades ainda não exploradas de seu corpo e passou a treinar no Centro Educacional Multidisciplinar ao Portador de Deficiência Física - CEMDEF da cidade.

"Eu aprendi a nadar depois do acidente. 
Fiz natação, tênis de mesa, arremesso de dardo, 
disco, peso e até halterofilismo. 
Queria me descobrir, saber o que eu podia e o que não podia"
Conta.

              Os treinos de atletismo, apenas interrompidos nos momentos em que ficou grávida dos meninos que hoje têm 6, 16 e 18 anos, culminaram com a participação de Marinalva na corrida de São Silvestre, em 2012. Ela completou a prova em menos de duas horas, usando muletas, e chamou a atenção. Veio então o convite para fazer parte da equipe brasileira de vela adaptada, que agora a levará para os Jogos Paralímpicos de 2016.

VÍDEO AQUI: > https://www.youtube.com/watch?v=uKQ-mVDQk-0

GALERIA DE FOTOS: 6.







Protesto com queima pneus pelo MTST fecha avenida Francisco Morato em SP


              O MTST - Movimento dos Trabalhadores sem Teto bloqueou vias de diferentes regiões de São Paulo durante manifestações simultâneas na noite desta quinta-feira (141106).

              Às 19:30 hs, a Avenida Francisco Morato estava fechada em ambos os sentidos na altura da Rua José Valter Seng, na Vila Sônia (Zona Oeste). Os manifestantes colocaram fogo em pneus e impediram a passagem de veículos na região.

              De acordo com a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas participam do protesto nessa região.

              A CET - Companhia de Engenharia de Tráfego afirmou que mais cedo a Avenida Jacu Pêssego também foi bloqueada em ambos os sentidos na altura da avenida Ragueb Chohfi.

              O Movimento afirmou que as manifestações ocorrem por causa de "descumprimentos de compromissos do Secretário Municipal de Habitação, José Floriano, com ocupações do MTST."

              De acordo com o movimento, participam dessas manifestações moradores das ocupações Chico Mendes (Vila Sônia), Numa Pompílio (Cidade Tiradentes) e Estaiadinha (Bom Retiro).

Cá Entre Nós...
              É disso que o povo gosta! (quem mandou ir votar na Dilma!).

Agente de blitz condenada a pagar indenização a juiz diz que faria de novo

              A agente da Operação Lei Seca Luciana Silva Tamburini, que foi condenada na semana passada a pagar uma indenização de R$ 5.000 por abuso de poder ao juiz João Carlos de Souza Corrêa, do 18º JEC - Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro, disse nesta quarta-feira (141105) que não se arrepende da abordagem que lhe rendeu a pena, durante blitz na capital fluminense em fevereiro de 2011. 

"Fiz, faria hoje e em qualquer órgão que eu estiver 
eu vou continuar a fazer o que é certo", 
Afirmou, durante entrevista ao Jornal Hoje, da TV Globo.

              De acordo com decisão, em primeira instância, da 36ª Vara Cível do TJ-RJ - Tribunal de Justiça do Estado do Rio, a servidora pública 

"agiu com abuso de poder" e 
"zombou" do magistrado ao afirmar que ele "era juiz, mas não Deus"

              João Carlos de Souza Corrêa estava sem a carteira de habilitação, com o carro sem placa e sem documentos quando foi parado. O veículo do magistrado, que era titular da 1ª Vara da Comarca de Búzios, foi rebocado.

              Segundo a denúncia, houve um desentendimento verbal entre os dois e o caso foi parar na 14ª DP (Leblon). Luciana chegou a receber voz de prisão por desacato, mas se negou a ir à delegacia em um veículo da Polícia Militar.

"Ao apregoar que o demandado era 'juiz, mas não Deus', a agente de trânsito zombou do cargo por ele ocupado, bem como do que a função representa na sociedade", escreveu o desembargador José Carlos Paes, da 14ª Câmara Cível do TJ-RJ, que manteve a condenação em segunda instância.

"É bastante desmotivante para a própria pessoa 
que trabalha nessa área, 
ou em segurança pública, 
você saber que está fazendo o que a lei manda, 
agindo corretamente, e ainda ser punido por isso"
Declarou Luciana, que disse ainda não ter tido a intenção de ofender o juiz. 

"Eu falei que ele não é Deus 
porque as coisas não são assim". 
              Ela contou ainda que o magistrado parecia querer ter um tratamento privilegiado diante dos outros agentes.

Vaquinha
              No início da tarde desta terça-feira (141104), depois que a condenação foi veiculada na imprensa, uma vaquinha virtual foi lançada para ajudar Luciana a pagar os R$ 5.000 da indenização. O valor total pretendido foi atingindo por volta das 22 hs, no site "Vakinha". Na tarde desta quarta (141105), pouco mais de 24 horas após a criação, já haviam sido arrecadados mais de R$ 11.600 e outros R$ 11.200 estavam a confirmar.

              A agente de trânsito agradeceu a mobilização e disse que vai doar o valor excedente a alguma instituição de caridade. 

"Você ver que a sociedade está ao seu favor 
eu acho que já é um grande incentivo para todo mundo" 
Declarou. 
              Ela contou ainda que recebe salário de R$ 3.600,00 e que teria dificuldades para pagar sozinha o valor total da indenização.

              A advogada paulista Flavia Penido, criadora da vaquinha, justificou a iniciativa dizendo que a decisão 
"é um acinte a todos aqueles que defendem o direito de igualdade"

              A página ganhou o nome de "A divina vaquinha", uma referência irônica ao fato de que a agente disse que o juiz não é Deus. A advogada também propôs que a hashtag "#juiznaoehdeus" fosse compartilhada para divulgar a vaquinha. Centenas de usuários da rede replicaram o termo pedindo apoio para a agente.

"O pessoal está indignado. 
Eu, como cidadã, também fiquei. 
Como advogada, eu achei a decisão do tribunal digna de muitas críticas. 
Pode-se questionar se foi certo ou não ela ter dito que ele era juiz, 
mas não Deus, mas na hora que a gente confronta as duas atitudes 
é óbvio que ele estava errado" 
Afirmou Flavia, que atua na área de direito digital.

              Segundo a advogada, o objetivo da vaquinha não foi apenas ajudar a agente financeiramente. 

"A intenção também foi dar suporte emocional a ela, 
fazê-la perceber que a atitude dela não foi em vão, 
que ela não está sozinha"
Disse. 
              Para ela, é importante que o Judiciário perceba que a sociedade está atenta ao seu trabalho.
"É um tapa com luva de pelica"
Resumiu.

              Sobre a arrecadação ter superado o valor da indenização, Flavia disse que mandaria todo o dinheiro pra Luciana. 

"Ela que comemore com os amigos, ela merece"
Afirmou. 
              A advogada disse ainda que planeja fazer a entrega publicamente.


Agente que parou juiz em blitz no Rio é condenada a pagar indenização



              A agente da Operação Lei Seca Luciana Silva Tamburini foi condenada pela Justiça do Rio de Janeiro a pagar, por danos morais, uma indenização de R$ 5.000,00 ao juiz João Carlos de Souza Corrêa, hoje titular do 18º JEC - Juizado Especial Criminal, localizado em Campo Grande, na zona oeste da capital fluminense.

              De acordo com decisão, em primeira instância, da 36ª Vara Cível do TJ-RJ - Tribunal de Justiça do Estado do Rio, a servidora pública "agiu com abuso de poder" e "zombou" da magistrado ao afirmar que ele "era juiz, mas não Deus". O fato ocorreu em 2011.

              A infração ocorreu depois que Corrêa foi parado em uma blitz da Lei Seca sem a carteira de habilitação e com o carro sem placa e sem documentos. Com isso, o carro do magistrado foi rebocado. Na ocasião, Corrêa era titular da 1ª Vara da Comarca de Búzios.

              Segundo a denúncia, houve um desentendimento verbal entre os dois e o caso foi parar na 14ª DP - Leblon. Luciana chegou a receber voz de prisão por desacato, mas se negou a ir à delegacia em um veículo da Polícia Militar.

              "Ao apregoar que o demandado era 'juiz, mas não Deus', a agente de trânsito zombou do cargo por ele ocupado, bem como do que a função representa na sociedade", escreveu o desembargador José Carlos Paes, da 14ª Câmara Cível do TJ-RJ, que manteve a condenação em segunda instância.

Cá entre Nós...
              Será até quando vai acontecer isso... Se o cara estudou não vai preso, se é autoridade, como no caso, Juiz, não pode ser abordado, mesmo estando cometendo várias infrações graves, e ainda quer indenização por "danos morais" quando este é pego cometendo vários danos graves no trânsito? ah! me faça o favor, néh?