GUIAS

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

A mulher grávida que pisou a cabeça da cobra

Uma leitura crítica
É preciso comunicar melhor a mensagem do Evangelho.


              A gravura deste artigo circulou nas redes sociais e foi fartamente distribuída por pastores, missionários, seminaristas e tantos outros evangélicos neste Natal.

              Contudo, o que me chamou a atenção foram as palavras da minha filha de 10 anos ao olhar para esse desenho: “Nada a ver! Não foi Maria quem pisou na cabeça da cobra”! E não foi só minha filha de 10 anos de idade quem se pronunciou sobre o desenho em questão.

“Nós nem vimos a cobra”
              Disse-me um casal de evangélicos diante da gravura. O que poderia justificar e ser usado como desculpa numa “curtida desatenta” por parte de tantos evangélicos maravilhados com a mulher grávida que pisa a cobra.

“Ah! Que lindo! 
Tem uma imagem de Maria que também pisa na cobra
 igualzinha a essa aí. Tão bonito isso”

              Disse-me uma católica. 
              E devo confessar que, sendo ex-romano, a primeira coisa que me veio à mente foi a pinacoteca das diversas imagens católicas de Maria pisando a cabeça da serpente, que sempre estiveram presentes por toda minha infância e adolescência.

              Tirando os evangélicos que “curtiram” sem se dar conta de que a mulher grávida do desenho pisava uma cobra, o que dizem os evangélicos “conscientes”, os que postaram a gravura? 

“É a Igreja”
              Responderam.

              A mulher é o símbolo da Igreja e a Igreja é quem pisa a cabeça da cobra, que é Satanás. “Pisa” por extensão, é bom frisar. 
              Quem pisou a cabeça da cobra foi Jesus, portanto, sendo Jesus o Cabeça da Igreja, esta o pisa vitoriosamente.

              A figura da mulher como imagem da Igreja é depreendida a partir do texto de Apocalipse 12. Porém, o que João faz é o contrário do que seus interpretantes fizeram posteriormente. João toma Maria como símbolo da Igreja (e do Povo de Deus no Antigo Testamento), e não o contrário: a Igreja não é símbolo de Maria.

              Mas é exatamente isso o que os católicos romanos fazem. Tanto que eles, ao se depararem com o símbolo da Igreja na figura de Maria, concluem inversamente: 

“Os homens é que devem escolher em qual lado lutar. 
Do lado da serpente 
ou se do lado da semente da Mulher – 
Maria – Mãe de Jesus Cristo, mas também de cada um” 
              (Padre Paulo Ricardo).

“A semente da Mulher – Maria – Mãe de Jesus Cristo…” 
              Ora, o romanismo compreende que Maria é mãe da Igreja, a igreja é “semente de Maria”. 

              Por quê? Por extensão também. Se Maria gerou Jesus, que é o Cabeça da Igreja, sendo a igreja o corpo de Jesus, logo Maria é mãe da Igreja.

              Por isto, tão imediatamente, numa cultura católica como a brasileira, a maioria das pessoas irá identificar aquela mulher grávida que pisa a cabeça da serpente no desenho em questão não com a Igreja vitoriosa, mas com a mãe da Igreja – a mulher Maria; ainda que o catolicismo oficial saiba muito bem que quem pisou a cabeça da cobra foi Jesus 

              A mulher da gravura está grávida. 
              E é na condição de grávida que ela pisa a cabeça da serpente – e não é nada isto o que encontramos em Apocalipse 12. A vitória sobre o diabo, por intermédio de Maria e sem a Cruz, pois Jesus está no ventre dela – protegido de todo mal, de toda dor, de todo sofrimento, enquanto é o pé dela que pisa a cabeça da cobra – esta é a mensagem posta pela gravura.

              O parágrafo acima revela o espírito do nosso século representado na gravura: o advento do feminino, da deusa mulher, da superioridade da mulher sobre o homem, da assunção da maternidade sobre a paternidade.

              Ainda que a mulher da gravura fosse a Igreja, o equívoco foi coloca-la grávida – mais do que um ruído, mais do que uma mera interferência, é um excesso de informação que desloca o interpretante do verdadeiro sentido do Natal para uma interpretação transbordada de sincretismo pagão da Nova Era.

              Sem a encarnação completa, sem a vida de total obediência, sem a paixão e sem a morte substitutiva e a ressurreição vitoriosa que compõem o evangelho da nossa salvação, um Messias protegido no ventre de sua mãe enquanto esta resolve o problema criado pelo ser humano é a interpretação que sobra.

              Em outras palavras, é um outro evangelho o da gravura: 

“Porque, como, pela desobediência de uma só mulher, 
muitos se tornaram pecadores, assim também, 
por meio da obediência de uma só mulher, 
muitos se tornarão justos”.

              Este artigo não comporta tudo o que poderíamos desenvolver sobre a importância de sabermos evangelizar nossa geração, compreendendo todas as nuances e complexidades do nosso multiculturalismo pós-moderno, ainda assim há duas regras simples que eu deixaria aqui.

              A famosa regra de ouro diz que, em termos de comunicação, o importante é o que o outro entende e não o que você quis dizer. E evangelizar é comunicar as boas novas da salvação e o mais importante é sabermos o que o outro compreende e não o que eu penso sobre o que ele deveria entender.

              A segunda regra é que, como missionários, não basta trabalhar com pressupostos, mas antes com aquilo que está propriamente posto. Em outras palavras, é muito mais importante você compreender o que está posto diante do interpretante por essa imagem da mulher grávida do que esperar que esse interpretante consiga entender os pressupostos da própria imagem da mesma maneira que o seu gueto teológico os entende (“entendimento” este que pode também estar equivocado, conforme demonstrei aqui neste artigo).

              Acredito que é preciso comunicar melhor a mensagem do Evangelho, ainda mais quando a veiculamos nas redes sociais, ambiente que alcançará crentes e descrentes das mais diferentes formações, e essa é uma responsabilidade que cabe, indubitavelmente, aos líderes cristãos que se utilizam da internet.

McDonald’s causa polêmica ao divulgar nome de Jesus

Foto do restaurante viraliza em menos de 24 horas


              Nos últimos dias, uma imagem da frente de uma lanchonete da rede McDonald’s no estado do Tennessee tem gerado muita polêmica.

              O motivo é que os funcionários pintaram a imagem de um presépio e escreveram a frase “O nome dele é Jesus” em uma das vitrines. Ao lado, a palavra “Alegrai-vos”.

              Além da família sagrada (José, Maria e Jesus), o desenho mostra anjos, uma vaca, um pastor e uma ovelha. Um usuário do Facebook publicou uma foto da lanchonete e ela se tornou um dos assuntos mais comentados dos últimos dias na rede social.

              No primeiro dia ela viralizou, com mais de 133.000 pessoas curtindo, 82.484 compartilhando, e quase 7.000 comentários.

              Entre os comentários estavam frases como “Louvado seja Deus!” e “Feliz aniversário, Jesus!”. Contudo, mesmo sendo época de Natal, uma série de pessoas reclamaram do fato da rede divulgar uma imagem “religiosa”.

              Nos últimos anos, nos Estados Unidos, uma série de empresas tem sido atacadas por divulgarem menções a Jesus. Embora originalmente o Natal seja um feriado religioso, muitos movimentos apelam para o “politicamente correto”, tentando mudar o foco para reunião da família e eliminando qualquer referência cristã.

              No início do mês, por exemplo, a rede de cafeterias Starbucks, recebeu intensas críticas por que não colocou nenhum símbolo natalino em seus copos, limitando a trocar o tradicional verde e branco pelo vermelho como única alusão a esta época do ano.

Cafeína: Ela realmente pode melhorar sua memória?

A cafeína é conhecida por conferir uma série de benefícios.


              Sua influência sobre a nossa capacidade de armazenar e recuperar informações nunca foi devidamente explorada, mas um novo estudo corrige essa omissão, mostrando que a cafeína pode nos ajudar a recordar algumas memórias - e seu efeito dura pelo menos 24 horas.

              A cafeína é considerada um estímulo cognitivo devido às suas propriedades estimulantes. Embora os efeitos sejam sutis, ela é conhecida por melhorar o humor e o desempenho mental e físico. Estudos também têm demonstrado que, em conjunto com a L-teanina (um aminoácido comum encontrado no chá verde) pode (ligeiramente) dar um impulso na memória. 
              
              Mas, antes deste novo estudo, que foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Johns Hopkins e da Universidade da Califórnia, não se sabia se a cafeína tinha um efeito de aumento na memória de longo prazo em seres humanos.

              Para descobrir isso, os pesquisadores fizeram um experimento em que os voluntários que não comem regularmente ou bebem produtos com cafeína, tomassem um comprimido de 200 mg (equivalente a uma xícara de café forte) ou um placebo.

              Os voluntários foram convidados a observar uma série de imagens, mas curiosamente, não tomaram os comprimidos antes, mas cinco minutos depois da sessão de estudo. No dia seguinte, os dois grupos foram testados para ver quanta informação eles tinham absorvido.

              O teste, uma tarefa de discriminação comportamental, incluiu imagens do dia anterior, mas também algumas que foram ligeiramente alteradas, além de novas imagens. Os resultados mostraram que os membros do grupo da cafeína foram capazes de identificar corretamente as imagens como sendo "semelhantes" às imagens vistas anteriormente ao invés de apenas dizer que eles eram idênticas. Foi um efeito que durou pelo menos 24 horas. Essa capacidade – chamada de separação-padrão – nos permite reconhecer as diferenças entre dois itens semelhantes, mas não idênticos.

"Nós sempre soubemos que a cafeína tem efeitos
de aumento cognitivo, mas seus efeitos específicos sobre
o reforço de memórias e torná-lo resistente ao esquecimento
nunca foi examinado em detalhes em humanos"

              Disse Michael Yassa, um dos principais autores da pesquisa.

Purificadores de ar, incensos e velas perfumadas podem causar câncer por mutação no DNA

O uso de purificadores de ar, incensos e velas perfumadas podem manter um ambiente agradável em casa.

Velas perfumadas
              Porém, algumas evidências científicas afirmam que muitos destes produtos contêm químicos industriais que podem, entre outras coisas, afetar e transformar a estrutura do DNA humano.

Incensos
               A fumaça do incenso pode ser mais mutagênica, genotóxica e citotóxica que a fumaça do cigarro, sendo capaz de provocar mutações genéticas e causar alterações no DNA das células, levando ao câncer.

Purificadores de ar
              Purificadores de ar também são muito populares, mas pesquisadores advertem que eles podem incluir uma série de substâncias perigosas que podem causar danos nos pulmões e criar tumores, interferindo nos hormônios e causando problemas recorrentes, como a asma.

              No mês passado, um estudo do Centro de Saúde Pública da Inglaterra sobre radiação de produtos químicos e seus riscos ambientais, alertou que os purificadores de ar por ‘plugs’ produzem níveis consideráveis de formaldeído, descritos pelo Programa Nacional de Toxicologia do governo dos EUA como um conhecido “cancerígeno humano”. É mais intimamente ligado com câncer de nariz e garganta e, no mínimo, também pode causar dores de garganta, tosse, irritação nos olhos e hemorragias nasais.

              Outros ingredientes básicos em purificadores de ar incluem produtos petrolíferos e químicos, como p-diclorobenzeno, um dos ingredientes que tem sido associado como causador de asma em crianças e adultos. Em 2013, um estudo com mais de 2000 mulheres grávidas relatou que aquelas com purificadores de ar em suas casas eram significativamente mais propensas a ter bebês que sofriam de infecções pulmonares e sibilos.

              Um estudo que acompanhou 14.000 crianças antes e depois do nascimento descobriu que elas tinham níveis mais elevados de diarreia e dor de ouvido, enquanto suas mães relataram riscos de dores de cabeça e depressão, todos ligados ao uso frequente de purificadores de ar e aerossóis durante a gravidez e a infância.

Saprays perfumadores do ar
              Um estudo de 2007 também descobriu que o uso de purificadores de ar, mesmo uma vez por semana, pode aumentar o risco de asma em adultos. O mesmo relatório revelou que o risco de desenvolver asma foi até 50% maior em pessoas expostas a sprays ambientadores de ar.

              Muitos purificadores de ar possuem substâncias chamadas de compostos orgânicos voláteis (VOCs), caracterizadas por seus pontos de ebulição baixos, que formam vapor ou gás em temperatura ambiente, podendo aumentar o risco de asma em crianças.

              Outro ingrediente comum é o naftaleno, que pode provocar danos nos tecidos e câncer nos pulmões de ratos e camundongos em estudos laboratoriais. Os fabricantes de purificadores de ar, no entanto, afirmam que seus produtos são seguros para uso humano.

Velas perfumadas
              Velas perfumadas também podem oferecer alguns riscos. Em março, uma equipe de especialistas testou seis velas perfumadas, com aromas de lavanda, morango e kiwi. Por trás de seus rótulos atraentes, no entanto, uma série de produtos químicos industriais potencialmente perigosos eram liberados, incluindo formaldeído a níveis que, com a exposição a longo prazo, são conhecidos por aumentar o risco de problemas respiratórios e câncer. 

              As velas também exalavam níveis significativos de VOCs. Além disso, o estudo alertou que nem é preciso que elas estejam acesas para oferecer perigo, pois a simples evaporação pode poluir a casa.

              Outros estudos mostram que os produtos químicos são capazes de serem absorvidos pelo corpo simplesmente através do toque nas velas. A maioria é feita com parafina, que trazem outros problemas. Partículas de fuligem ultrafinas, contendo acetona, benzeno e tolueno, geralmente também são encontradas em emissões de diesel, sendo agentes cancerígenos conhecidos. O relatório fez com que Associação Nacional de Velas dos EUA argumentasse contra os experimentos, que, segundo ela, não refletia o uso normal e habitual.
Incensos