Incontinência Urinária.
Quando uma pessoa normal (Não Deficiente), não tem nenhum dos membros da família, com deficiência física, lesado, não tem a mínima ideia do que se passa com um deficiente, que também pode ser portador de uma deficiência renal.
Quero adiantar aqui, de antemão, que quando cito: "deficiente", ou "pessoa com deficiencia", não quero que imaginem que estou fazendo qualquer tipo de crítica ou discriminação, pelo contrário, respeito todas as classes de pessoas, em um todo, e para melhor clareza, sou deficiente físico também.
O Deficiente:
Muitos pensam que deficiente é uma raça, ou até mesmo uma opção de vida, ou pelo menos passa essa imagem para nós (deficientes), com suas ações e modo de portar conosco. Para ser um deficiente físico, muitos o tornaram por uma doença, ou por um acidente de trabalho, ou não; e até mesmo nasceram com determinada deficiencia. O que todos os que não são, são sujeitos a tornar a ser um a qualquer momento. Quem não é sujeito a um acidente? todos, claro.
Deficiente não quer dizer que também possui complicações urológicas, cada indivíduo tem um diagnóstico, e cada caso é um caso; muitos não sabem disto.
Lesão medular:
Um dos casos de acidentes mais sérios, é o de lesão medular, e este pode ser decorrente de um acidente ou não. Conheço lesados que tornaram paralíticos de nascimento, por doenças, acidentes com arma de fogo (o mais complicado para se recuperar), e outros por acidentes diversos.
O meu caso, sou paralítico (portador de uma paraparesia), ou seja: semi-paraplégico; onde por um acidente de trabalho, fui atropelado por uma plantadeira PSE-8 - SEMEATO, que por esse motivo, tive minha medula lesada e, por consequência deste acidente, 6 vértebras da coluna foram fraturadas; torácica e lombar, fraturas ainda de 3 costelas, e lesão medular na altura da vértebra L2. A lesão medular comprometeu, entre outros, o sistema urinário.
Bexiga flácida:
Ter os membros inferiores paralíticos já é um caso muito sério, no meu caso, raiz de coxa, o que dá na mesma "Paraplégico". Tenho leves movimentos de levantar e encolher as pernas, mas de nada serve para locomoção! A locomoção só é possível, com uma cadeira de rodas.
Voltando ao assunto urológico, com o acidente que comprometeu o sistema urinário, a bexiga não funciona corretamente, e como disse anteriormente; Cada caso é um caso, para os que sofrem de incontinência.
Já no meu caso, perdia urina, e a princípio, nos primeiros anos, agia da seguinte forma: Como estava ainda em fase de reabilitação, tentava de toda a forma e fé, reabilitar, sem uso de nenhum acessório, e quando a bexiga estava cheia, eu sentia um certo volume e uma dorzinha acima do púbis, que indicava a hora de fazer pipi. Caso continuasse em persistir sem ir ao banheiro esvaziá-la, com qualquer esforço ou movimento do tipo 'espreguiçar" a urina saia, molhando todo.
Manipulação:
Chamo de manipulação, os métodos usados para urinar, quando estava no banheiro e fazia uma "massagem" para relaxar a bexiga e a urina sair livremente.
Como funciona:
O controle da continência é realizado por músculos chamados esfíncteres, localizados na base da bexiga (colo vesical) e na parede da uretra. Na maior parte do tempo, estes músculos atuam fechando o colo vesical e a uretra (como um barbante amarrado ao redor da boca de um balão) de forma a impedir a saída de urina. Podem ser contraídos voluntariamente para impedir a saída de urina. Os músculos do assoalho pélvico são importantes para o "controle da micção" especialmente nas mulheres, em quem são responsáveis por sustentar os órgãos pélvicos. Quando enfraquecidos, levam ao prolapso (descida) destes órgãos e à condição denominada "bexiga caída". Na micção, os esfíncteres se relaxam e a uretra abre-se para a livre passagem da urina. Ao mesmo tempo o músculo da parede vesical contrai-se e força a urina para fora da bexiga. Ao final da micção, quando a bexiga já se esvaziou, os esfíncteres se contraem novamente e a bexiga interrompe sua contração e relaxa.
O ciclo normal da micção pode ser dividido em duas fases: a primeira de enchimento vesical onde a bexiga acomoda quantidade crescentes de urina sem aumentar a pressão no seu interior. Isto permite a livre drenagem de urina proveniente dos rins através dos ureteres. Durante esta fase o esfíncter uretral se mantém contraído para evitar vazamento da urina conforme demonstra a figura a seguir: ureter bexiga esfíncter. Quando a bexiga está cheia, receptores transmitem esta informação para o cérebro e, desde que possamos ir ao banheiro, o cérebro desencadeia o processo de micção com contração da bexiga e relaxamento do esfíncter resultando no ato de urinar com bom jato, pequena elevação da pressão dentro da bexiga e esvaziamento completo da mesma.
Os acessórios:
O controle da continência é realizado por músculos chamados esfíncteres, localizados na base da bexiga (colo vesical) e na parede da uretra. Na maior parte do tempo, estes músculos atuam fechando o colo vesical e a uretra (como um barbante amarrado ao redor da boca de um balão) de forma a impedir a saída de urina. Podem ser contraídos voluntariamente para impedir a saída de urina. Os músculos do assoalho pélvico são importantes para o "controle da micção" especialmente nas mulheres, em quem são responsáveis por sustentar os órgãos pélvicos. Quando enfraquecidos, levam ao prolapso (descida) destes órgãos e à condição denominada "bexiga caída". Na micção, os esfíncteres se relaxam e a uretra abre-se para a livre passagem da urina. Ao mesmo tempo o músculo da parede vesical contrai-se e força a urina para fora da bexiga. Ao final da micção, quando a bexiga já se esvaziou, os esfíncteres se contraem novamente e a bexiga interrompe sua contração e relaxa.
O ciclo normal da micção pode ser dividido em duas fases: a primeira de enchimento vesical onde a bexiga acomoda quantidade crescentes de urina sem aumentar a pressão no seu interior. Isto permite a livre drenagem de urina proveniente dos rins através dos ureteres. Durante esta fase o esfíncter uretral se mantém contraído para evitar vazamento da urina conforme demonstra a figura a seguir: ureter bexiga esfíncter. Quando a bexiga está cheia, receptores transmitem esta informação para o cérebro e, desde que possamos ir ao banheiro, o cérebro desencadeia o processo de micção com contração da bexiga e relaxamento do esfíncter resultando no ato de urinar com bom jato, pequena elevação da pressão dentro da bexiga e esvaziamento completo da mesma.
Os acessórios:
Há diversas maneiras para várias situações em que o deficiente utiliza para agir diante desta situação. Muitos conseguem conviver sem nenhum acessório para ajudá-lo, mas quando a pessoa tem realmente a bexiga totalmente flácida, não há outro meio senão utilizar alguns meios para evitar viver molhado e com aquele cheirinho de xixi que é muito incômodo.
Além de meios cirúrgicos, há também os coletores urinários, de cama e de perna, solda uretral e a sonda de alívio, como também o Jontex adaptado para o uso urológico.
Coletor de cama:
É chamado coletor de cama, um coletor que coleta urina, de pacientes que vive acamado, e pode ser adaptado em uma sonda uretral foley ou em um Jontex (masculinos). Esse coletor é chamado de Urofix e é colocado pendurado na beira da cama, sua capacidade geralmente é de dois litros. Esse tipo de coletor traz riscos grandes, caso não seja anti refluxo, porque assim sendo evita os gazes da urina que fica nele depositado, voltar para dentro da bexiga e causar graves infecções ao usuário.
Coletor de Perna:
Este coletor pode ser de 500ml ou 1000ml, sendo utilizado por usuários de cadeira de rodas ou por pessoas que locomove-se com muletas ou normalmente, sem elas. Ele é amarrado na perna, na coxa ou canela, ligada ao pênis, por uma mangueira que se adapta no Jontex ou em uma sonda. O Coletor de perna, geralmente é anti-refluxo, e evita o ar nele contido, retornar a bexiga, causando infecções, uma vez usada em sondas uretrais.
Sonda Uretral Foley:
A sonda uretral foley é utilizada pelas pessoas que tem incontinência urinária e pode ser adaptada em um coletor urinário de perna ou em um Urofix. Também pode ser usado com uma tampinha, sem adaptação alguma, em pessoas que ainda tem a sensação, ou coisa parecida, de urinar. Como é o meu caso. A Sonda uretral vem para adultos nos números pares de 12, 14, 16, 18, 20, 22 e 24. Esse modelo de sonda é fixa na uretra com balão inflável dentro da bexiga, que deve ser substituida de 15 em 15 dias, como recomenda o urologista. O mal da sonda uretral é que ela vai alargando a uretra, e o paciente vai perder urina, sendo obrigado a substituir pela mais grossa, mais grossa até chegar no último número, ou ter a uretra perfurada entre o saco escrotal e o ânus, tornando um caso muito grave.
Sonda de alívio:
A sonda de alívio é mais apropriada para os masculinos em que não perde urina, mas tem o problema de retenção urinaria, ou consegue urinar em parte. Para que não fique urina retida na bexiga, e cause infecções, o deficiente usa a sonda de alívio, em hora determinada, de duas em duas horas, ou de três em três horas, para esgotar toda urina contida na bexiga e assim, evitar infecções posteriores. Esse tipo de sonda é mais fina que a uretra, e de material mais resistente e descartável. Deve ser passada em períodos estabelecidos, apenas para eliminar a urina. O perigo da sonda de alívio é o uso contínuo da mesma ou a reutilização que pode trazer sérios riscos de infecção.
Jontex:
O Jontex é uma semelhança de preservativo, de material mais grosso e resistente, com uma adaptação em formato de uma mangueirinha que pode ser adaptada em um dos modelos de coletores urinários. Muito prático para pessoas que vive normalmente trabalhando, viajando ou estudando. O risco maior é o de causar alergia ao pênis, causando assaduras ou até mesmo feridas e escaras, em caso de pacientes com problema de sensibilidades. Em todos os casos a higiene é extremamente recomendada.
No meu caso, ...
Como já relatei em postagens posteriores, sou paraplégico, tenho a perna amputada ocasionado por escaras infeccionadas, osteomielite, etc. Para não ter aquele cheirinho incomodante de xixi, pois possuo uma bexiga flácida, não consegui a adaptar com o Jontex, e nem podia ficar sem ele, optei pelo uso da sonda uretral foley, porque desejava trabalhar e com ela sentia-me mais seguro. Tentei empregos diversos, mas nunca consegui adaptar e combinar emprego e deficiencia. Busquei um emprego próprio, um meio de ganhar algo a mais, em minha casa. Foi onde cheguei a trabalhar com fotografias. Com meu computador, minha máquina fotográfica, e com o editor gráfico mais avançado do mundo, o Photoshop; estou me considerando empregado, em minha própria casa, nas horas que tenho saúde e disposição, esse é meu trabalho.
Usando a sonda uretral foley, iniciei com o número 14 logo de inicio, depois passei para os numeros 16, 18, 20, 22, e 24 respectivamente.
Automaticamente a uretra foi dilatando e hoje usando uma das mais grossas, a número 24, continuo perdendo urina, mesmo com ela.
O maior problema:
Unaí, possivelmente deve ter aproximadamente 30 pessoas que utilizam a sonda uretral foley (conheço uns 10), As farmácias não tem o produto a venda, com excessão de umas duas ou três que comercializam as de número 14 a 22; e como uso um número maior, estou enfrentando problemas sérios.
Estive dia 28 deste mês (120728), no Pronto atendimento, procurando trocar a sonda, que deveria ser trocada de 15 a 15 dias e que já havia 6 meses com a mesma. Muitas infecções já havia ocasionado e estava muito mal. Fiz uma ficha de atendimento, aguardei uma hora e quinze minutos quando me chamaram... Era para triagem, mediram minha pressão e mandaram esperar novamente! Após mais 45 minutos, fui chamado, entrei e mandaram aguardar diante da sala de consultas. Após esperar ali por mais 18 minutos, fui chamado pelo médico, que olhando para mim, encaminhou-me para a sala de curativos, onde seria realizado os procedimentos. Uma vez ali esperei mais dez minutos para a enfermeira chefe me dizer que iria colocar em mim uma sonda de número 22, porque estava em falta do número 24 solicitado. Muito revoltado, voltei para casa com a solda sem ser trocada, sabendo que com a 22 seria melhor eu ficar sem nenhuma! A enfermeira chefe teve a coragem de mandar-me procurar o Estado, para solicitar a sonda que necessitava para o hospital.
Vasculhei, uma vez em casa, sites da internet, em procura da sonda, e nesta segunda feira (ontem), localizei em Joinville-SC a FIBRA Cirúrgica, com o material a venda, efetuei a compra via Sedex, e hoje a noitinha recebi o material, valor unitário de 3,46 reais com o frete sedex vou pagar 7,20 a unidade.
Caso alguem necessita de algum material urológico, e precise de comprar, recomendo a loja, visite o site, acessando o link que se segue: FIBRA Cirurgica - Materiais de incontinência urinária e outros
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