O que é Infecção Urinária
A Infecção do Trato Urinário - ITU, conhecida popularmente como infecção urinária, é um quadro infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, bexiga, uretra e ureteres. Esse tipo de infecção é mais comum na parte inferior do trato urinário, do qual fazem parte a bexiga e a uretra.
Infecção Urinária
As Infecções do Trato Urinário - ITU, são frequentes em homens e mulheres, apresentando sintomas diversos, com morbidade variável, podendo até mesmo ser a causa de mortalidade em situações extremas.
A principal causa de ITU são as infecções bacterianas, normalmente bactérias que encontramos em nosso trato digestivo. A bactéria Escherichia coli é a principal responsável pela ITU, causando 85% das infecções não-hospitalares e 50% das infecções hospitalares.
Em casos de exceção, infecções por fungos e vírus também podem atingir o trato urinário.
Os sintomas mais comuns de ITU são:
- Ardor ao urinar (disúria),
- Urinar com baixo volume e várias vezes (polaciúria),
- Desejo súbito e intenso de urinar (urgência miccional),
- Dor suprapúbica,
- Alteração da cor e/ou odor da urina,
- Dor lombar,
- Febre e presença de sangue na urina (hematúria).
Em idosos, diabéticos, pessoas imunossuprimidas e crianças, pode-se notar queda de estado geral, apatia e até alteração do nível de consciência.
As Infecções do Trato Urinário - ITU são resultado da interação entre o hospedeiro e o agente causador. A gravidade da infecção é determinada pela agressividade da bactéria causadora, volume de contaminação e inadequação dos mecanismos de defesa do hospedeiro.
Alguns fatores podem indicar e/ou facilitar a presença de ITU graves, chamadas no meio médico de ITU complicadas (e por consequência, mais graves), tais como:
- Anormalidade funcional ou anatômica do sistema urinário (obstrução, refluxo, bexiga neurogênica, incontinência urinária, etc),
- Gravidez,
- Diabetes,
- Idade avançada,
- Imunossupressão,
- Uso recente de antibióticos,
- Uso de cateteres ou sonda vesical,
- Manipulação cirúrgica do sistema urinário,
- Internação hospitalar e
- Sintomas persistentes por mais ou igual a 7 dias.
As Infecções do Trato Urinário - ITU também podem ser facilitadas por hidratação inadequada, uso de espermicida e queda nos níveis séricos de estrogênio.
Em pacientes hospitalizados e/ou com necessidade de cuidados residenciais, alguns cuidados adicionais devem ser tomados:
- Higiene do paciente e ambiente adequados,
- Hidratação e nutrição adequadas,
- Troca de sondas e cateteres regular,
- Avaliação dos fatores de risco associados (comorbidades, status nutricional, tabagismo, uso de antibióticos e/ou drogas imunossupressoras e infecções em outras partes) e atenção especial a sintomas e sinais de ITU pela família, enfermagem e/ou cuidador.
O diagnóstico deve ser realizado por um médico através de exame de urina (urina tipo I e urocultura) e, se necessário, exames laboratoriais adicionais.
Em casos de Infecções Complicadas é necessário realizar exames radiológicos (ultrassonografia e/ou tomografia) para melhor avaliar a gravidade e presença de fatores agravantes da ITU. O tratamento é realizado com o uso de antibióticos, que na maioria dos casos pode ser administrado por via oral.
O uso de antibiótico parenteral deve ser realizado em casos de ITU complicadas ou quando antibióticos orais não são eficazes/disponíveis, normalmente com necessidade de internação hospitalar. O tempo de uso do antibiótico deve ser baseado na gravidade, órgão atingido e comorbidades existentes.
Em casos selecionados, procedimentos cirúrgicos são necessários para desobstrução do trato urinário, drenagem de abscesso ou mesmo, em casos extremos, extirpação do rim.
Tipos
Os tipos, causas e sintomas das infecções urinárias variam de acordo com o local onde há infecção.
Existem quatro tipos de infecção urinária:
- Cistite (infecção na bexiga)
- Uretrite (infecção na uretra)
- Pielonefrite (infecção nos rins)
- Infecção nos ureteres.
A infecção urinária ocorre quando uma bactéria entra no sistema urinário por meio da uretra e começa a se multiplicar na bexiga. O trato urinário costuma expelir esses organismos estranhos do corpo, mas algumas vezes essas defesas falham e a bactéria em questão passa a crescer dentro do trato urinário, dando início a uma infecção.
Entenda as causas e trate a Infecção Urinária
Cuidados e consultas periódicas ao médico evitam cistite e pielonefrite.
Infecção urinária é um problema relativamente comum, e se caracteriza por um processo inflamatório em resposta à invasão do aparelho urinário por micro-organismos. Há vários tipos de infecção urinária, mas falaremos aqui somente dos dois tipos mais frequentes de infecções agudas em adultos:
- As cistites, que ocorrem quando a doença acomete a bexiga;
- E a pielonefrite, geralmente mais grave, quando a infecção acomete os rins.
Cistite
As cistites são muito comuns, principalmente em mulheres. São infecções em sua maioria sem maiores complicações. Os sintomas começam de forma relativamente súbita, e se caracterizam por dor ou ardência ao urinar, vontade de urinar frequente com eliminação de pequenos volumes de urina, dor no baixo ventre e por vezes presença de sangramento no final da micção.
Os sintomas são característicos, e o diagnóstico é confirmado pelo exame de urina, tanto a análise do sedimento urinário que revela o aumento de piócitos (células que caracterizam o processo inflamatório), de hemácias e da quantidade de bactérias. A cultura da urina revela qual tipo de micro-organismo está provocando a infecção.
Uma das razões pelas quais as mulheres são mais acometidas do que os homens está nas diferenças anatômicas, principalmente no tamanho e localização da uretra, que facilita a invasão de bactérias. As bactérias que provocam as cistites são, em sua maioria, micro-organismos que habitam normalmente os segmentos intestinais, sendo a Escherichia coli a causadora mais frequente.
Tratamento
O tratamento das cistites inclui o uso de antibióticos, geralmente por curto período de tempo (três dias). A cura é obtida em quase todos os casos. Novos episódios podem acontecer, sobretudo em mulheres após a menopausa devido às alterações que ocorrem nas estruturas genitais e urinárias em resposta à diminuição dos níveis de estrogênio.
Quando a mulher apresenta cistites repetidas, pode ser necessário o uso de medicações por um tempo mais prolongado, mas, nesses casos, usa-se uma dose diária menor da medicação, sendo necessário o acompanhamento bastante rigoroso feito pelo urologista.
Cuidados especiais devem ser tomados caso a infecção se manifeste durante a gestação, que incluem a escolha de medicamentos que não prejudiquem o bebê. Alguns cuidados gerais são amplamente prescritos para evitar essas infecções. Dentre eles aumentar a ingestão de líquidos, evitar prender a urina por tempo prolongado, evitar constipação intestinal e tomar cuidado com a higiene da região perineal.
No entanto, lembro que nem todas essas recomendações são comprovadamente eficazes para atingir o objetivo. Por isso, a avaliação deve ser feita caso a caso por um especialista, e o tratamento individualizado. Ressalto que a automedicação nunca deve ser feita, pois além de prejudicar o tratamento, pode também retardar o diagnóstico de alguma situação mais grave.
Nos homens...
O homem é menos acometido por este tipo de infecção urinária em relação à mulher. Apesar de o adulto jovem poder ser acometido por este problema, muitas vezes esta infecção está relacionada com algum problema na próstata. Tanto a infecção prostática (prostatite), quanto algum grau de obstrução da uretra que pode ocorrer com o aumento volumétrico desta glândula no processo de envelhecimento. Esses casos necessitam de avaliação cuidadosa, e tratamento por tempo mais prolongado, pois como conceito básico, as cistites no homem raramente são consideradas infecções não complicadas.
Pielonefrites
As pielonefrites são infecções que atingem também os rins, e podem ser situações de maior gravidade. Os sintomas se iniciam geralmente de forma súbita, com febre, geralmente com calafrios, dor nas costas e por vezes acompanhado pelos mesmos sintomas das cistites. Apesar do exame físico e do exame de urina serem suficientes para o diagnóstico, muitas vezes é necessário realizar algum exame radiológico, principalmente quando há suspeita de complicações.
Diagnóstico
A ultrassonografia pode ser útil para avaliar o tamanho dos rins, diagnosticar focos atingidos, quando este for o caso, e também para descartar obstrução da drenagem dos rins. Quando há suspeita de obstrução do sistema de drenagem dos rins (ureter), podemos submeter o paciente a outros exames, como a tomografia computadorizada, para confirmar a obstrução e avaliar a necessidade de algum procedimento cirúrgico de urgência para desobstruir a passagem da urina.
Tratamento
No tratamento das pielonefrites não complicadas, geralmente não é necessário internar o paciente. O tratamento pode ser feito de forma ambulatorial. O tratamento inclui antibióticos por um prazo geralmente maior do que o tempo necessário para o tratamento de uma cistite simples.
Nos casos mais graves, quando há necessidade de antibióticos injetáveis ou quando está indicada alguma intervenção no aparelho urinário, a internação do paciente deve ser realizada.
Conselhos gerais
- Nunca retarde a procura de auxílio médico, faça isto logo que os sintomas começarem;
- Nunca faça automedicação, além de mascarar uma situação que possa ser mais grave, a automedicação atrapalha o tratamento;
- Procure um urologista!
Alguns fatores são considerados de risco para contrair infecção urinária, confira:
- Infecções urinárias são mais comuns em pessoas cuja uretra é menor, como no caso do sistema reprodutor feminino, ou seja, o caminho que a bactéria precisa percorrer para chegar até a bexiga é menor
- Ter vida sexualmente ativa facilita a infecção urinária, especialmente as vaginais
- O uso de alguns tipos de contraceptivos, como espermicidas, também pode ser considerado um fator de risco
- Após a menopausa, as infecções urinárias podem acontecer com mais frequência do que antes, uma vez que a baixa quantidade de estrogênio causa mudanças no trato urinário de modo a deixá-lo mais vulnerável à ação de bactérias
- Apresentar algum tipo de bloqueio no trato urinário, como pedra nos rins e aumento da próstata, também são fatores de risco
- Ter o sistema imunológico suprimido impede que as defesas do corpo atuem propriamente, facilitando a entrada de bactérias que causam infecções
- O uso de cateter para urinar também aumenta os riscos de infecção.
Infecção Urinária é mais frequente nas mulheres Falta de informação e demora no diagnóstico podem agravar o problema;
Você sabe qual é a especialidade do urologista? Ao contrário do que muita gente pensa, este médico não cuida apenas do aparelho reprodutor masculino, como é o ginecologista para a mulher. Na verdade, cabe ao especialista tratar de todos os órgãos que compõem o trato urinário, seja em homens ou mulheres.
Segundo relatos do urologista Wantuil Marques, não é incomum que pacientes do sexo masculino perguntem se ele atua em outra área, visto que por vezes há mulheres na sala de espera.
"Essa desinformação sobre a abrangência da especialidade
alcança não só os leigos, mas os próprios profissionais de saúde.
Nunca é demais destacar que rins, ureteres e bexiga
também estão no escopo da especialidade,
que é clínica e cirúrgica"
Comenta.
Esta falta de informação, pode causar consequências terríveis, já que infecções bacterianas do trato urinário inferior chegam a ser até 20 vezes mais freqüentes na mulher, especialmente naquelas com vida sexual ativa.
Uma das doenças urológicas que mais atinge mulheres é a incontinência urinária. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 20% da população feminina brasileira apresenta o distúrbio, que é caracterizado pela perda involuntária da urina.
"Os principais fatores de risco são idade avançada,
obesidade e partos por via vaginal"
Explica o urologista Gustavo Korst.
"Há ainda alterações que são exclusivas delas
- como a obstrução dos ureteres pelo útero grávido
e a endometriose da bexiga"
Complementa Dr. Wantuil.
A demora no diagnóstico de diferentes patologias pode agravar infecções, além de piorar problemas como a obstrução do sistema de drenagem da urina - o que em casos mais graves ocasiona até a perda de um rim.
Usualmente, elas buscam o ginecologista primeiro. Esse especialista assiste os problemas mais simples, mas costuma encaminhar ao urologista para investigação e diagnóstico.
"A urologia mundial está tão atenta à questão que,
nos últimos 20 anos, tem atuado no desenvolvimento
de uma sub-especialidade, a Uroginecologia.
Com isso, estamos cada vez mais preparados
para lidar com aspectos fisiológicos do organismo feminino,
inclusive durante a gravidez"
Conclui Dr. Wantuil.
Sintomas de Infecção urinária
Nem sempre uma pessoa com infecção urinária apresenta sintomas, mas quando surgem, os mais comuns são:
- Ardência forte ao urinar;
- Forte necessidade de urinar, mesmo tendo acabado de voltar do banheiro;
- Urina escura;
- Urina acompanhada de sangue;
- Urina com cheiro muito forte;
- Dor pélvica;
- Dor no reto;
- Aumento da frequência de micções.
Os sintomas variam de acordo com o tipo de infecção.
Ajuda Médica
Procure um especialista ao perceber os sintomas típicos de infecções urinárias. Descreva os sinais da doença e tire todas as dúvidas.
Veja exemplos do que você pode perguntar ao médico:
- Há alguma outra doença que poderia estar causando esses sintomas?
- Preciso fazer algum exame para o diagnóstico?
- Qual tipo de infecção urinária se encaixa melhor nos meus sintomas?
- Os medicamentos variam de acordo com o tipo de infecção urinária?.
Ele, por sua vez, também deverá lhe fazer algumas perguntas, como:
- Quando os sintomas começaram?
- Seus sintomas aliviam depois de urinar?
- Com que frequência você urina?
- Está fazendo uso de algum tipo de medicamento?.
Diagnóstico de Infecção urinária
Os exames que podem feitos para diagnosticar infecções urinárias são:
- Exame de urina: é o método mais frequente usado para realizar o diagnóstico. A urina é analisada a procura de leucócitos e traços de sangue, sinais de infecção. Fica pronto em torno de duas horas.
- Cultura de urina: Uma análise de urina feita em laboratório geralmente é seguida de uma cultura de urina, em que o médico usará a amostra do paciente para cultivar a bactéria causadora em laboratório. Esse exame ajuda a identificar a bactéria e quais medicamentos são mais eficazes na ação contra ela. Este é o melhor exame para identificar a infecção e a bactéria causadora dela, no entanto, os resultados demoras de três a sete dias para ficarem prontos.
- Exames de imagem: o médico também poderá optar por realizar uma tomografia ou um ultrassom para identificar possíveis anormalidades em seu trato urinário. Também para esse fim, o especialista pode solicitar o exame com utilização de contraste para destacar as partes do sistema urinário que apresentam problemas.
- Há, também, a possibilidade de fazer uma cistoscopia para analisar as partes internas da bexiga e da uretra, a fim de identificar a causa da infecção.
Tratamento de Infecção urinária
- O tratamento de infecções urinárias varia muito de acordo com o tipo de cada infecção e sua gravidade também. Geralmente, o tratamento é feito à base de antibióticos. Mas o médico também poderá receitar um analgésico para aliviar a dor e a ardência ao urinar.
- O tratamento também varia de acordo com a frequência que o paciente apresenta quadros infecciosos.
Cranberry: O fim da Infecção urinária
O que é cranberry
Arbusto pequeno originário da América do Norte, o cranberry era usado por tribos indígenas como alimento, em cerimônias e como medicamento. A planta dá origem a um fruto vermelho bastante ácido atualmente usado para consumo direto ou na culinária.
No Brasil, o mais comum é o consumo do suco.
Outros nomes do cranberry
- Oxicoco,
- Arando-vermelho,
- Mirtilo-vermelho,
- Airela.
Principais nutrientes do cranberry
O cranberry é rico em proantocianidina, substância apontada por estudos como sendo de 15 a 25 vezes mais potente do que a vitamina E para inibir a aderência de bactérias do tipo Escherichia coli na mucosa da bexiga, combatendo infecções do trato urinário.
A fruta ainda é composta pelas vitaminas C e E, mas tais nutrientes se tornam pouco significativos dentro de uma dieta que respeite a recomendação diária de ingestão do alimento. O cranberry ainda oferece substâncias antioxidantes, como os flavonoides e ácidos fenólicos ao organismo.
Beneficios da Cranberry
O principal destaque do cranberry é a crescente evidência de sua eficácia na prevenção de infecções do trato urinário, como a cistite. A fruta também é utilizada por pacientes com bexiga neurogênica, doença do sistema nervoso ou de nervos envolvidos no controle da micção, assim como por pessoas que sofrem de incontinência urinária com o objetivo de desodorizar a urina.
Algumas pessoas usam cranberry para aumentar o fluxo de urina, matar germes, acelerar a cicatrização da pele e baixar a febre.
A ingestão da fruta ainda é comum entre:
- Portadores do diabetes tipo 2,
- Da síndrome da fadiga crônica,
- Do escorbuto,
- Da pleurisia,
- De câncer
- E de doenças cardiovasculares pelo alto teor de antioxidantes nela presentes.
Estudos mostram ainda que a presença de proantocianidinas é capaz de impedir a fixação da bactéria Helicobacter pylori na mucosa estomacal, evitando, assim, gastrites e úlceras. Há evidências também de que o cranberry seja capaz de barrar a colonização de bactérias periodonto-patogênicas, causadoras da placa bacteriana.
Onde encontrar o cranberry
O suco de cranberry, variedade mais consumida da fruta, pode ser encontrado em supermercados e lojas de produtos naturais.
Como consumir o cranberry
O cranberry está disponível para consumo como fruta fresca, suco, calda e fruta seca.
Contraindicações para o consumo de cranberry
O consumo de cranberry é seguro para a maior parte das pessoas, desde que a ingestão não ultrapasse a quantidade diária recomendada (480 ml). Para gestantes e mulheres no período de aleitamento só não é recomendada a ingestão de suplementos de cranberry, pois não se sabe se eles são seguros para este público.
Riscos do consumo de cranberry
O cranberry contém quantidades significativas de ácido salicílico, semelhante à aspirina, portanto deve ser evitado por pessoas alérgicas ao medicamento. Vale lembrar ainda que alguns sucos de cranberry têm açúcar de adição, não sendo recomendados por portadores do diabetes.
O suco de cranberry ainda é rico em oxalato, podendo aumentar os níveis dessa substância química na urina em até 43%. Como pedras no rim são formadas principalmente pela combinação de oxalato com cálcio, a ingestão máxima recomendada do suco para pessoas com histórico da doença deve ser estabelecida por um profissional de saúde.
Efeitos-colaterais do consumo de cranberry
Beber muito suco pode causar dor de estômago e diarreia leve.
Interações com o cranberry
O cranberry estende o tempo de permanência da varfarina, medicamento usado para retardar a coagulação do sangue, no organismo. Assim, o consumo por quem usa o fármaco pode aumentar o risco de hematomas e sangramento.
O cranberry diminui a velocidade com que o fígado metaboliza alguns medicamentos. Beber suco de cranberry durante um tratamento com medicação que é alterada pelo fígado, portanto, pode aumentar os efeitos esperados e os efeitos colaterais do remédio.
Quantidades recomendadas de cranberry
Especialistas usaram diferentes quantidades de suco de cranberry em suas pesquisas, mas estudos consistentes publicados no American Journal of Clinical Nutrition, em 2011, e The Journal of Nutrition, em 2010, apontaram benefícios significativos com o consumo diário de aproximadamente 480 ml da bebida.
Fontes consultadas:
United States Department of Agriculture
Nutricionista do Esporte Israel Adolfo, Especialista em Fisiologia do Exercício ? UNIFESP.
Nutróloga Marcella Garcez Duarte nutróloga, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Nutrólogo Roberto Navarro, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Convivendo/prognóstico
Alguns cuidados em casa podem ajudar na recuperação. Veja:
- Beber muita água. Por mais que seja doloroso urinar, é importante que o paciente beba muita água para diluir ao máximo a urina. Quanto mais você for ao banheiro, mais chances de expelir a bactéria de seu corpo definitivamente.
- Evite bebidas que possam causar irritações à bexiga, como café, bebidas alcoólicas e outras que contenham cítricos ou cafeína.
- Aplique uma bolsa de água morna na região do abdômen para minimizar o desconforto.
Possíveis complicações
Se não for tratada, uma infecção urinária pode causar complicações mais graves, como:
- Infecções recorrentes, especialmente em mulheres que já apresentaram três ou mais infecções
- Danos permanentes aos rins
- O risco de infecção do sangue com risco de vida (sepse) é maior para crianças, idosos e aqueles cujos organismos não conseguem lutar contra as infecções (por exemplo, devido ao HIV ou à quimioterapia para o câncer);
- Aumento no risco de grávidas darem luz a bebês abaixo do peso normal ou prematuros.
Expectativas Uma infecção urinária é incômoda, mas o tratamento é, geralmente, bem-sucedido. Em geral, os sintomas de uma infecção desaparecem poucos dias após o começo do tratamento. Mais uma vez, a duração do tratamento varia de acordo com o tipo de infecção, bem como as expectativas de recuperação.
Prevenção
Algumas medidas podem prevenir infecções urinárias, sejam elas de que tipo forem. Confira:
- Beba muito líquido, especialmente água.
- Limpe-se após urinar para evitar que bactérias se acumulem no local e entrem no trato urinário;
- Urine após relações sexuais para esvaziar a bexiga. Beba muita água para ajudar a diluir a urina também;
- Use absorventes externos em vez de internos, pois alguns médicos acreditam que isso aumente a probabilidade de infecções;
- Troque de absorvente cada vez que for ao banheiro;
- Não use ducha nem sprays ou pó para a higiene feminina;
- Como regra geral, não utilize nenhum produto que contenha perfumes na área genital;
- Evite usar calças muito apertadas;
- Use calcinha e meia calça de algodão e troque-as, pelo menos, uma vez por dia.
Como evitar infecção urinária
Entenda como a relação sexual favorece o problema e saiba como fazer a higiene íntima.
A Infecção urinária já fez vítima quase 50% das mulheres adultas, então, mesmo que você nunca tenha sofrido um episódio de infecção urinária, certamente conhece alguém que se encaixa nesse perfil. O problema tem, como sintomas clássicos, ardência e dor na hora de urinar, além de urgência frequente para ir ao banheiro. Embora não seja uma doença exclusivamente feminina, afeta muito mais esse público.
"Isso acontece por razões anatômicas,
já que a uretra feminina é mais curta que a do homem,
facilitando a ascensão de bactérias até a bexiga"
Explica a ginecologista Maria Rita de Souza Mesquita, diretora da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo - SOGESP.
Com tantas pessoas afetadas pela infecção urinária, surgiram inúmeras recomendações de como se prevenir do problema, mas, muitas vezes, a mulher se vê diante de informações contraditórias. Para esclarecê-las, conversamos com especialistas. Veja o que é realmente eficaz para evitar esse incômodo.
Perguntas Frequentes:
1 - Ter relações sexuais com camisinha reduz o risco de ter infecção urinária?
"Como a principal causa da infecção urinária
é a passagem de micro-organismos da uretra para a bexiga,
o aumento de secreções, como o sêmen, no canal vaginal
pode favorecer essa ascensão e, assim,
aumentar o risco de infecção urinária"
Afirma a ginecologista Ana Paula Aldrighi, do Hospital e Maternidade São Luiz.
Por isso, usar camisinha ajuda a prevenir o problema. A especialista afirma, entretanto, que a própria penetração já é um fator que contribui para a subida desses micro-organismos.
2 - Segurar a urina favorece a infecção urinária?
"Embora a urina carregue muitas impurezas,
ela higieniza o canal urinário ao ser eliminada,
levando junto bactérias que estavam em ascensão na uretra"
Afirma a ginecologista Maria Rita.
Evite, portanto, reter a urina por muito tempo.
3 - Infecções urinárias podem ser transmitidas de um indivíduo para o outro?
De acordo com a ginecologista
Maria Rita, infecções urinárias não são transmissíveis.
"O aparecimento de sintomas é comum após relações sexuais
apenas porque o atrito favorece a subida
de micro-organismos até a bexiga"
Explica.
Assim, quanto maior a frequência das relações sexuais, maior o risco de ter infecção urinária.
4 - Urinar após a relação sexual ajuda a prevenir infecções urinárias?
A relação sexual favorece a ascensão de bactérias pela uretra, tanto pela penetração quanto pelo aumento de secreções decorrentes da ejaculação. Assim, recomenda-se urinar após a relação para realizar a limpeza do trato urinário.
"Ao urinar, a mulher elimina bactérias
que estavam a caminho da bexiga,
reduzindo o risco de contrair a infecção"
Afirma o ginecologista José Domingos Borges, do Hospital 9 de Julho.
5 - Após ir ao banheiro, a limpeza deve ser feita como?
O principal micro-organismo causador da infecção urinária é uma bactéria encontrada na flora intestinal.
"Assim, após urinar ou defecar,
a limpeza com o papel higiênico deve ser feita
da frente para trás para não levar bactérias
do ânus para o canal vaginal"
Alerta a ginecologista Ana Paula.
Se possível, ainda, use um chuveirinho para lavar a região.
6 - Beber pouca água pode favorecer infecções urinárias?
"Beber pouca água significa urinar menos e, consequentemente,
reduzir o número de higienizações do trato urinário"
Afirma o ginecologista José.
Assim, a baixa ingestão de líquidos favorece, sim, o risco de ter infecção urinária.
7 - Suco de cranberry é eficaz na prevenção da infecção urinária?
Diversos estudos mostram que tomar suco de cranberry regularmente reduz novos episódios de infecção urinária. De acordo com a ginecologista
Maria Rita, isso acontece porque essa frutinha impede que bactérias permaneçam no trato urinário.
"Além disso, ela tem efeito antisséptico,
impedindo a proliferação de micro-organismos prejudiciais"
Explica.
8 - Trocar o sabonete comum pelo sabonete íntimo ajuda a prevenir infecções urinárias?
"O aumento da frequência de higienizações íntimas
é que reduz o risco de infecções urinárias,
e não o uso do sabonete íntimo"
Afirma a ginecologista Ana Paula.
Segundo ela, o produto apresenta uma composição mais adequada para a higiene da vulva, mas não apresenta substâncias específicas que impedem a ascensão de bactérias pela uretra.
9 - Usar protetores diários pode favorecer infecções urinárias?
Segundo a ginecologista Maria Rita, protetores diários devem ser evitados.
"Eles favorecem o aquecimento da região e, assim, a sudorese,
criando um ambiente perfeito para a proliferação de micro-organismos"
Afirma.
Com mais agentes causadores de infecção tendenciosos a subir o canal da uretra e chegar na bexiga, aumenta o risco de infecção urinária. Por isso, no período menstrual, quando a mulher precisa usar absorventes, a especialista recomenda não permanecer mais de cinco horas com o interno e mais de seis horas com o externo. Sempre que possível, ainda, higienize o local com água e sabonete neutro ou sabonete íntimo.
GALERIA DE FOTOS: