Jovem é acusado de matar o pai e a madrasta em março de 2004, em São Paulo
A Quinta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) considerou válidas as provas técnicas contra Gil Greco Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta em março de 2004, em São Paulo. A perícia comprovou que a marca do chute dado em uma porta do apartamento das vítimas é de um dos pés de Rugai.
A defesa do acusado havia entrado com um pedido de habeas corpus no STJ, alegando constrangimento ilegal pelo fato de não ter se manifestado oportunamente quando o laudo foi entregue, já depois de iniciada a ação penal. Também questionou o fato de Rugai ter sido submetido a exames (radiografias e ressonância magnética nos pés e tornozelos) no Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP (Universidade de São Paulo). Segundo os advogados, houve cerceamento na elaboração quesitos defensivos, o que feriu o princípio do contraditório e da ampla defesa.
Por unanimidade, a Quinta Turma rejeitou todos argumentos dos advogados de Rugai. O relator, ministro Arnaldo Esteves Lima, esclareceu que o princípio da ampla defesa não cabe na fase de inquérito policial, que se constitui apenas como peça informativa e não probatória; e que apesar de ter sido concluído já com a ação penal em curso, a perícia foi iniciada durante o inquérito.
O ministro ressaltou, ainda, que não há ilegalidade nos exames médicos periciais feitos em Gil Rugai, pois ele esteve o tempo todo acompanhado por sua advogada, que poderia ter lhe orientado a não se submeter a tais exames que visavam confirmar se a marca deixada na porta da sala de TV das vítimas era compatível com o pé do acusado.
Gil Rugai é acusado de matar a tiros o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Trotino, no dia 28 de março de 2004. O crime ocorreu dentro da casa em que o casal morava na rua Atibaia, em Perdizes, zona oeste de São Paulo.
A polícia começou a suspeitar do filho mais velho de Luiz Carlos Rugai na mesma noite do crime. A frieza do ex-seminarista ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção dos investigadores. Pouco tempo depois, os policiais descobriram que, antes dos assassinatos, Gil Rugai tinha desviado cerca de R$ 100 mil da empresa do pai. Além disso, ele comprou uma pistola e fez curso de tiro.
Gil Rugai chegou a ficar preso entre 2004 e 2006, mas foi colocado em liberdade pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A data do júri popular ainda não foi marcada.
Cá entre nós...
Será porque as acusações e os esclarecimentos de crimes de pessoas afortunadas demoram tanto para ser desvendadas e consumadas neste país, chamado Brasil? Caro leitor, você não desconfia de nada não? Se fosse uma pessoa comum, ou seja: de baixa renda, pobre prá simplificar a conversa, Já estava na cadeia A MUITO TEMPO, pagando uma cadeia que arrastaria para o resto de sua vida, mas quando se trata de um playboyzinho desse daí, um "Goleiro Bruno" e tantos outros, nunca concluem, nunca chegam a uma decisão, uma condenação... este caso acima do Gil Rugai já se arrasta por 9 anos! Sem previsão para conclusão. Criminosos bárbaros como este, que deu fim nos próprios progenitores e outras pessoas, acabam por ficar impunes. É tanto advogado de defesa, tanto prolongamentos, datas e datas, mas nunca aparece a data de julgamento! Acaba impune! :(
... é o Brasil!
Tem lei apenas para os pobres, contra os trabalhadores. Os bandidos, traficantes e criminosos assassinos, são promovidos.