Mais uma vez o ex-presidente faz citação religiosa infeliz
Em entrevista dada ao canal Globonews nesta quarta (151118), no programa de Roberto D’Ávila, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu suas opiniões sobre a situação do país. Foram 25 minutos de conversa.
Algumas frases ditas por ele tiveram bastante repercussão na imprensa, especialmente no que diz respeito a troca do ministro da Fazenda.
Contudo, ele usou mais uma vez uma citação religiosa infeliz. O entrevistador perguntou a reação de Lula quando a operação Lava Jato começou a desmontar os esquemas de corrupção na Petrobras.
Em sua resposta, Lula insinua que Deus deveria ser intimado pelo juiz Sérgio Moro a prestar depoimento.
“Eu espero que um dia Deus,
vendo tudo que está acontecendo no Brasil,
carimbe na testa das pessoas o que ele vai ser
se vai ser ladrão,
se vai ser honesto ou não”
A insinuação do ex-presidente é que existe omissão do Todo-Poderoso. Em tese, se Deus usasse o tal carimbo, não haveria corrupção no país.
Tentando distorcer os fatos, como lhe é peculiar, emendou:
“Você sabe que muitas vezes
aquele cara que parece que é um santo,
na verdade é um bandido.
O que parece bandido é um santo”
Ou seja, para Lula somente Deus pode dizer realmente quem é culpado e se omitiu ao não “carimbar” um veredito na testa dos diretores da Petrobras.
A declaração do petista tem a mesma honestidade de quando ele disse, na mesma entrevista, que ‘não dá palpites’ no governo Dilma. Sendo assim, todas as viagens que ele fez a Brasília nos últimos tempos reunindo-se com ministros, deputados e senadores a portas fechadas, não existiram.
Se a lógica de Lula funcionasse e Deus tivesse de marcar a testa dos honestos com algum adjetivo, dificilmente ele e seus maiores aliados teriam sido eleito para qualquer cargo na vida pública.