Segundo Joaquim Pimenta de Ávila,
aviso foi dado em consultoria, em 2014
SAMARCO informou que ocorrências
foram cumpridas em manutenção
O engenheiro Joaquim Pimenta de Ávila, responsável pelo projeto de construção da barragem de Fundão, disse neste sábado (150116) à reportagem da TV Globo que alertou à mineradora SAMARCO, cujas donas são a Vale e a BHP Billinton, sobre um princípio de ruptura na margem esquerda da barragem de Fundão. O aviso, segundo ele, foi dado em 2014 quando ele prestou consultoria para a mineradora.
A informação foi divulgada neste sábado pelo jornal "Folha de São Paulo" e confirmada com o especialista pela TV Globo. A notícia foi dada com base no depoimento do engenheiro na Polícia Federal, em dezembro do ano passado.
O engenheiro afirma que uma trinca apareceu em um recuo feito na barragem e que não estava no projeto feito por ele. A recomendação do especialista na época foi que fosse feito o redimensionamento do reforço na estrutura e a instalação de ao menos nove piezômetros – instrumentos para medir a pressão da água no solo e o acompanhamento diário da posição do nível da água. Mas ele disse à Polícia Federal que não sabe se as orientações foram seguidas pela mineradora.
A mineradora informou que todas as ocorrências surgidas durante o processo de manutenção de barragens foram devidamente cumpridas em 2014. Além disso, a barragem tinha piezômetros instalados em toda a sua extensão, inclusive no lugar indicado como recuo. O resultado e a frequência da leitura de todos os piezômetros estavam normais e atestavam a estabilidade da barragem, conforme a SAMARCO.
O Ministério Público de Minas Gerais informou que não tinha conhecimento do recuo feito na barragem de Fundão, antes da tragédia. O MP afirmou ainda que investiga mudanças no projeto da barragem de Fundão que não foram autorizadas por órgãos de fiscalização do estado. Isso, conforme o órgão, pode ter contribuído para o maior desastre ambiental do país.
Tragédia em novembro
A Barragem de Fundão, da mineradora SAMARCO, cujas donas são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, se rompeu no dia 5 de novembro de 2015. O distrito de Bento Rodrigues, em Mariana-MG, foi o mais afetado. A enxurrada de lama também atingiu cerca de 40 cidades em Minas e no Espírito Santo. O desastre ambiental deixou 17 mortos e dois desaparecidos.
Cá entre nós ...
Ai eu pergunto:
O Município de Mariana-MG foi colocado em estado de Emergência?
Qual foi a ajuda dada pela presidente à esta cidade?
Qual a atenção dada pela Presidente Dilma?
Pelo que saiba, no tempo da ocorrência da tragédia, ela estava muito preocupada com outras ocorrências fora do país, ocorrência essa que não se encontrava dentro do país em que preside.