Eles não deveriam ter desaparecido na evolução?
Será que realmente existe um propósito útil nos pelos pubianos? Embora não haja nenhuma resposta definitiva, existem muitas teorias para explicar esse fenômeno e algumas parecem bastante razoáveis
Uma teoria que não é tão cabível, embora ainda um pouco plausível, é que o propósito do pelo seria para reduzir o atrito da pele em determinadas regiões. Este pode causar um desconforto em partes sensíveis, logo, os pelos atuariam como uma barreira, evitando erupções e irritações futuras. Parece bastante lógico, mas quantas pessoas se queixam de irritação nas axilas, que não é causada por conta do atrito?
Outra sugestão quanto à razão para pelos pubianos, em particular, é que ele age como um cobertor genital. Isto parece plausível até você considerar a localização do púbis masculino, que os pelos não cobrem totalmente. Além disso, as mulheres possuem um sistema reprodutor interno, para que tudo fique bem protegido. Dessa forma, ficaria obsoleta a ideia dos pelos como cobertura.
Assim, a principal teoria, e uma das mais bem aceitas, afirma que os pelos pubianos serviriam para aumentar as chances de reprodução. Esta talvez é apoiada pelo fato de que, ao contrário do cabelo em sua cabeça e nas axilas, estes pelos tendem a aparecer durante a puberdade, ao mesmo tempo que suas glândulas sudoríparas apócrinas se tornam ativas e começam a secretar uma substância oleosa, que contém uma variedade grande de proteínas.
Estas glândulas apócrinas ficam concentradas em suas axilas e genitálias, ao contrário do outro tipo principal de glândulas sudoríparas, chamadas écrinas, que são distribuídas muito bem em todo o corpo.
Mais especificamente, teoriza-se que estes pelos existam com a finalidade de ficar embebido em potentes feromônios, que ajudam na reprodução. Esta secreção inicialmente inodora se transforma em um cheiro almiscarado, fazendo com que seja possível encontrar um parceiro, que identifica aquele cheiro como indicador de que você está pronto para procriar.
Além disso, se conscientemente detectado ou não, cada indivíduo desprende um aroma ligeiramente diferente, graças a algo conhecido como Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC).
Estudos têm demonstrado que as pessoas com MHCs diferentes se sentem mais atraídas umas pelas outras. Embora a pesquisa ainda não seja totalmente conclusiva, há ainda alguma evidência de que, quando estes dois MHCs diferentes fizerem um bebê, eles podem esperar uma taxa menor da gravidez não se concretizar.
Assim, a teoria diz que, porque os pelos naturalmente mantém essas secreções longe da pele, é possível que se tenha uma maior ventilação e o cheiro dos feromônios fique mais aparente, facilitando a reprodução humana.