"QG da Copa" em BH só sai 4 meses após os jogos
Prometido para meados de 2014, o Centro Integrado de Comando e Controle - CICC, não ficará pronto a tempo da Copa do Mundo. O espaço foi idealizado pelo governo de Minas para promover o gerenciamento de crises e grandes eventos. Desde agosto, no entanto, o canteiro de obras na rua Dom Oscar Romero, na Gameleira, está abandonado.
As máquinas foram recolhidas e trabalhadores não são vistos no local, segundo moradores. Alguns materiais de construção, porém, continuam espalhados no terreno, que pertencia à Polícia Militar.
Secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz minimiza o atraso na entrega do complexo. Embora as obras tenham começado em fevereiro deste ano, o prazo para conclusão, segundo ele, era muito apertado. Desde o início, portanto, o Estado sabia da possibilidade de o projeto não chegar ao fim até junho, antes das partidas do campeonato.
Impasse
A paralisação dos trabalhos foi atribuída a um “desacerto” com a Andrade Valladares Engenharia e Construção, que venceu a licitação.
“Pelo contrato assinado,
o empreendimento deveria custar R$ 48,5 milhões.
Mas a empresa está alegando que fez serviços a mais.
Com isso, seria preciso recorrer a aditivos,
que encarecem a obra”,
explica o secretário.
Sem chegar a um consenso, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) preferiu interromper a construção. Nesse intervalo, foram feitas tentativas de acordo entre o governo e a construtora.
“Não abrimos mão de manter o valor inicial.
Vamos retomar as intervenções até o fim deste mês e,
se os argumentos persistirem,
nada nos impede de cancelar o contrato
e abrir uma nova licitação para que outra empresa
conclua o empreendimento”,
adianta Rômulo Ferraz.
O novo prazo para a entrega do Centro Integrado de Comando e Controle é novembro de 2014.
Sem prejuízo?
Enquanto isso, a saída é deixar que o monitoramento continue acontecendo, de modo provisório, no Centro Administrativo, no bairro Serra Verde.
Em março de 2013, salas foram equipadas com computadores, TVs e telões para que os órgãos de segurança vigiem pontos estratégicos da capital.
A SEDS garante que não haverá prejuízos para a Copa do Mundo. No entanto, em fevereiro, atrelou o aperfeiçoamento das ações de repressão à violência na capital e região metropolitana ao serviço que seria executado na nova estrutura.