A caminhonete da dupla sertaneja Janderson e Anderson, que foi roubada na BR-494, em Nova Serrana-MG, foi encontrada nesta Terça-feira (160511) em Divinópolis-MG.
Segundo a Polícia Militar - PM e a assessoria dos músicos, o veículo estava em um matagal próximo à Universidade Federal de São João del Rei, no Bairro Chanadour.
O automóvel foi roubado na noite desta Segunda-feira (160509). Segundo a assessoria, os cantores foram surpreendidos em uma parada na rodovia por criminosos que estavam em um matagal.
Eles fingiram estar armados e renderam os ocupantes do carro.
Os criminosos fugiram sentido Divinópolis-MG com a caminhonete plotada da dupla, que estava acompanhada de mais uma pessoa.
Os ladrões fugiram com vários equipamentos, incluindo três computadores, um violão, uma viola artesanal, um chapéu preto, dez mil CDs, uma mochila, três carteiras contendo documentos pessoais e cartões bancários.
Nenhum desses itens foi recuperado.
A dupla seguia para Divinópolis onde fará apresentações relacionadas à Divinaexpo.
Após o crime, a polícia fez rastreamento, mas nenhum suspeito foi encontrado.
Senador lê parecer; afastamento de Dilma começa a ser decidido nesta Quarta-feira (160511)
Relatório recomenda abertura de processo de impeachment pelo Senado. Se plenário aprovar, presidente será afastada por até 180 dias.
O senador Vicentinho Alves (PR-TO), primeiro-secretário do Senado, leu no plenário na noite desta Segunda-feira (160509) um resumo do parecer da comissão especial do impeachment que recomenda a abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff pela Casa.
A leitura é uma formalidade necessária para dar continuidade à tramitação do processo de impeachment.
Agora, a ementa será publicada no “Diário Oficial do Senado” e começará a contar o prazo de 48 horas para que o relatório possa ser votado pelos senadores.
Nesta Quarta-feira (160511) pela manhã, foi aberta a sessão para votação do parecer pelos senadores.
A sessão deve seguir pela madrugada de Quinta-feira (160512).
A leitura do resumo do parecer só aconteceu depois de muita discussão entre governistas e senadores da oposição. Aliados do governo queriam que a sessão fosse suspensa para que se resolvesse a questão sobre a tentativa de anulação da votação na Câmara que aprovou a admissibilidade do impeachment.
A decisão foi tomada nesta segunda-feira de manhã pelo presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA).
Já oposicionistas desqualificaram a atitude de Maranhão e pressionaram para que o resumo do relatório fosse lido imediatamente.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já havia avisado que daria continuidade à tramitação do processo no Senado e que o resumo do parecer seria lido.
Cabia ao presidente do Senado a decisão de devolver ou não o processo à Câmara dos Deputados, como solicitou Waldir Maranhão.
Renan disse que um ato de um presidente da Câmara não pode se sobrepor à decisão do plenário da Casa, que decidiu por 367 votos enviar o processo ao Senado.
Por isso, o peemedebista decidiu manter a tramitação do impeachment no Senado.
Atraso
A leitura do parecer da comissão especial do impeachment, prevista para o início da tarde, sofreu atraso devido a uma discussão sobre a situação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
O Conselho de Ética do Senado aprovou relatório recomendando a cassação do mandato do por quebra de decoro parlamentar depois de o senador ter sido gravado em suposta tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
O relatório, depois de aprovado no conselho, precisa passar por avaliação da CCJ, que deve verificar se a elaboração do parecer respeitou os dispositivos legais.
No entanto, durante reunião nesta segunda-feira, os integrantes da CCJ decidiram deixar para Quinta-feira (160512) a decisão sobre a legalidade do relatório ou não.
A decisão desagradou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que disse que a medida era “procrastinatória”. Iniciou-se, então, uma discussão sobre o que deveria ser feito com relação à CCJ.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) chegou a propor, por meio de requerimento, que o plenário do Senado deveria decidir na Terça-feira (160510), em substituição à CCJ, se o relatório do Conselho de Ética atendeu ou não ao regimento interno do Senado.
A proposta contrariou o presidente da CCJ, senador José Maranhão (PMDB-PB), que disse que se o plenário decidisse no lugar da comissão, ele renunciaria ao cargo de presidente do colegiado.
Vários senadores apresentaram argumentações sobre o caso de Delcídio na CCJ, mas a discussão terminou sem uma resolução.
Diante disso, Renan decidiu que o resumo do relatório da comissão do impeachment deveria ser lido antes que a discussão sobre o caso Delcídio continuasse.
Questão de ordem
Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentaram uma questão de ordem para que o relatório fosse lido na íntegra e não apenas um resumo com a conclusão do parecer.
No entanto, o pedido dos senadores foi rejeitado por Renan Calheiros, que deu por encerrada a leitura do parecer da comissão especial do impeachment.
Votação do parecer
A sessão de votação do parecer está prevista para se iniciar nesta Quarta-feira pela manhã.
No entanto, como cada senador terá 15 minutos para fazer considerações sobre o relatório, a sessão deverá invadir a madrugada de Quinta-feira.
Se a maioria simples dos senadores presentes (metade mais um) aprovar o relatório da comissão, a presidente será afastada da sua função por até 180 dias.
Para que a sessão tenha início, é necessária a presença de pelo menos 41 senadores.
Caso a maioria dos senadores decida pela abertura do julgamento no Senado, o vice Michel Temer assumirá a Presidência da República.
O processo não precisa terminar em 180 dias – se ultrapassar esse prazo, Dilma reassume o governo e o processo tem continuidade com ela no poder.
Na última Sexta-feira (160506), o parecer do relator da Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), foi aprovado com 15 votos a favor e 5 contra.
Dos 21 integrantes da comissão, somente o presidente, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), não votou.
Antes de autorizar a votação no painel eletrônico, ele explicou que só iria registrar voto caso ocorresse um empate.
O parecer de Anastasia diz que a denúncia acolhida pela Câmara contra Dilma apresenta os requisitos formais exigidos pela lei e pela Constituição: indícios de autoria e existência de crimes de responsabilidade.
O parecer levou em conta decretos da presidente que abriram créditos suplementares sem autorização do Congresso e as chamadas "pedaladas fiscais".
Principais pontos do relatório
Veja abaixo os principais pontos do relatório que será votado:
– A denúncia contra Dilma está de acordo com a Constituição e deve ser aceita.
– O processo não é golpe porque seguiu as leis e teve direito a ampla defesa.
– Existe previsão legal para o impeachment, para evitar um "poder absoluto do governante".
– Há indícios de materialidade e autoria das "pedaladas fiscais" de decretos de abertura de créditos suplementares. Os atos configuram crime de responsabilidade.
– É possível, sim, julgar contas que ainda não foram avaliadas pelo Tribunal de Contas da União - TCU.
– Não houve "vício" na abertura do processo na Câmara, que foi motivada, principalmente, por questões técnicas.
– Não houve irregularidades na votação na Câmara.
– Não há irregularidade na eleição de Anastasia, que é de um partido de oposição, para relatoria da comissão especial do Senado.
A votação teve o início atrasado do horário previsto.