Planalto quer fechar empresas como Facebook,
Google, Yahoo!
Dilma quer incluir na legislação dispositivo que permita suspender operação de empresas que cooperem com esquemas de espionagem internacionais.
Google, Yahoo!
Dilma quer incluir na legislação dispositivo que permita suspender operação de empresas que cooperem com esquemas de espionagem internacionais.
O título soa sensacionalista, mas é um questionamento que pode fácil ou logicamente surgir da leitura das manchetes dos últimos dias, principalmente da última noite.
Josias de Sousa classifica a atual como terceira onda de indignação da presidência contra os Estados Unidos. Teria vindo das denúncias de que Dilma fora espionada pelos agentes do governo americano. A primeira ocorreu em julho quando da descoberta de que a NSA andava de olho no Brasil. E a segunda, quando da retenção por 9 horas do brasileiro David Miranda pela polícia inglesa.
A semana começou com a estranha intenção do governo de criar um “serviço de email nacional“. Não faz muito tempo, também por conta de denúncias de espionagem, e provavelmente sem entender muito bem conceitos como CDN ou até mesmo navegação nas nuvens, cobrou do Google que tenha datacenters no Brasil. Mas o mais assustador veio quando o Estadão revelou que o “planalto quer fechar empresa que ajuda espião“:
Dilma Rousseff quer incluir na legislação brasileira um dispositivo que permita suspender a operação de empresas que cooperarem com esquemas de espionagem internacionais. A presidente também encomendou o fortalecimento da rede interna de comunicação do governo, pois ainda hoje muitos de seus auxiliares usam serviços vulneráveis como o Gmail.
As duas medidas foram discutidas ontem na reunião de Dilma com os ministros diretamente envolvidos no caso das suspeitas de espionagem dos EUA. “Pode ser banco, empresa de telefonia”, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, sobre a suspensão de operações de empresas. “Se cooperarem com esses esquemas, terão a licença de operação aqui no Brasil cancelada”, disse ao Estado.
Parece claro que esse alvo não são bancos ou empresas de telefonia, como tenta desconversar o ministro, mas empresas de tecnologia que recentemente foram acusadas de colaborar com a espionagem da NSA, colaboração esta negada dias depois.
A verdade é que o PT nunca demostrou muita habilidade no trato com a liberdade de expressão ou ainda a transparência nas informações a respeito de seu governo. Já cancelou visto de jornalista americano crítico de Lula; já tornou sigilosos os gastos com viagens de Dilma; vez em quando tenta implantar um obscuro “controle social da mídia” e emplacar o também questionável Marco Civil da Internet; anda olhando estranho para o Netflix; treinou sua militância a tratar como golpista qualquer veículo de imprensa que assumisse uma postura mais contestadora; e até mesmo o Twitter já foi alvo de uma atrapalhada tentativa de censura por parte PT cearense.
Para Josias, independente de qualquer medida drástica, o Brasil continuará sendo espionado:
O país não dispõe nem de satélite próprio. Ainda que quisesse, não conseguiria desativar as escutas. Portanto, a “indignação” deve ser vista como o que realmente é: um teatro. Mas o governo não precisava transformar tragédia em comédia.
Teatro ou não, assim como a sobra de vagas no Mais Médicos serviu para a vinda dos cubanos, denúncias de espionagem podem ser a desculpa que faltava para empurrarem goela abaixo alguns dos muitos planos petistas que seguem engavetados por aqui. Custa nada ao cidadão brasileiro manter-se vigilante das próprias liberdades, sejam elas virtuais ou reais.
Cá entre nós...
Você acredita nisso? que vão cancelar o Facebook, o Google e Yahoo no Brasil?
Eu não.
Eu não.