Um menino de 2 anos, engoliu uma bateria
que queimou sua garganta,
de modo a formar um buraco nela,
deixando-o incapaz de comer.
Logan Stiff, de 2 anos, precisou passar por uma cirurgia de emergência e ficou semanas no hospital depois de ingerir a bateria em formato de botão (igual àquelas de relógios de pulso), e agora ele só consegue comer através de um tubo, além de precisar de um tratamento regular para esticar o esôfago.
Acredita-se que a criança tenha colocado o objeto na boca pensando ser um doce, logo após ter caído da parte traseira de um controle remoto. Poucas horas depois de ser pego na creche, ele já estava lutando para respirar e vomitando.
Seus pais, Jackie, de 38 anos, e André, de 34, disseram que não tinham ideia do que estava errado e foram às pressas para Hospital Infantil do Colorado, onde os médicos descobriram a bateria em um raio X.
“Quando vimos Logan sob os cuidados da UTI,
finalmente entendemos o que tinha acontecido
com o nosso filho,
o dano e o longo caminho
pela frente no processo de cura”
Disse o Sr. Stiff.
“A maioria das pessoas sabe
que deve manter coisas óbvias
longe das crianças,
como químicos e medicamentos,
mas baterias são coisas que nunca passam
pela cabeça da gente.
Não tínhamos ideia do quão perigosas
estas baterias poderiam ser,
assim como a maioria dos nossos amigos e familiares.”
Logan tinha 17 meses de idade, quando engoliu a bateria em uma creche no Colorado. Porém, não houve nenhuma indicação de negligência ou violações de saúde e segurança por parte da creche.
Quando a Sr.ª Stiff o pegou depois do trabalho ele vomitava bastante e estava com febre. Ela assumiu que ele havia apanhado algum tipo de vírus ou bactéria de outra criança, mas dentro de uma hora ele já estava letárgico e lutando para respirar. Entretanto, quando os médicos descobriram a causa, seus pais não tinham ideia do quão grave era a situação.
As baterias de lítio reagem com saliva, criando uma corrente elétrica que acumula soda cáustica – numa quantidade suficiente para ter feito um buraco no esôfago de Logan. O garoto passou semanas em tratamento intensivo depois de uma operação para remover a bateria. Ele foi equipado com um tubo de alimentação e outro de cuspir, para drenar sua saliva, mesmo lutando para respirar por conta própria – até uma nova cirurgia para separar o esôfago de sua traqueia ser feita – ele começou, finalmente, a respirar de forma independente.
Surpreendentemente, ele se recuperou e já é capaz de falar baixinho novamente. Ele foi submetido a uma outra operação em setembro para reconectar o seu esôfago, e agora a criança é capaz de comer e beber, mas ainda é alimentada principalmente por meio de um tubo de alimentação e tem alguma perda de funcionalidade em uma de suas cordas vocais.
“Estamos muito felizes de ver Logan
se recuperando tão bem
e ser apenas uma criança feliz outra vez”
Disse o Sr. Stiff.
“Nós sempre acreditamos que ele melhoraria,
mas o ponto mais baixo foi quando ele
deixou de respirar por conta própria.
É frustrante para um pai e uma mãe
não conseguir ajudar o próprio filho.
Mas agora ele pode falar bem,
e quem o ver correndo nunca saberia
que houve algo errado com ele.
Ele é um lutador,
ele é resistente e continuará a prosperar.”
Os pais compartilham atualizações sobre a condição de Logan em uma página no Facebook (Logan and the Button Battery) em uma tentativa de aumentar a conscientização sobre os perigos das baterias, muitas vezes usadas em chaveiros de alarmes, aparelhos auditivos, brinquedos para crianças, relógios de pulso e cartões musicais.
O Sr. Stiff disse:
“Nós nos sentimos com muita sorte
quando soubemos de casos em que crianças
morreram por engolir esse tipo de bateria.
Nosso conselho principal é estar ciente de tudo
que necessite dessas baterias.
É impossível vigiar uma criança a cada segundo
e as coisas podem acontecer muito rapidamente.
Não podemos evitar todos os acidentes,
mas grande parte deles sim,
conforme obtivermos informações
e transmitirmos à diante.”
O UK Royal Society para a Prevenção de Acidentes (RoSPA) está preocupado com os perigos das baterias do tipo, que causaram mortes na Grã-Bretanha.
Sheila Merrill, conselheira de saúde pública da RoSPA, disse:
“As crianças pequenas são naturalmente curiosas,
e exploram o mundo, em parte,
colocando as coisas em suas bocas.
À medida que mais e mais itens eletrônicos
são introduzidos no lar,
a probabilidade da criança engolir pilhas
e baterias fatalmente deve aumentar,
e isso pode levar à asfixia ou envenenamento.
Queremos que pais, avós, babás e cuidadoras
estejam cientes do perigo e entendam
que estas baterias pequenas e
aparentemente inofensivas podem causar
ferimentos graves nas crianças.”