O Ministério Público Federal divulgou nesta sexta-feira (140606) denúncias contra quatro pessoas de Unaí-MG, Noroeste de Minas Gerais. Elas são acusados de manter funcionários de duas fazendas a condições análogas a de escravo.
Segundo o MPF, dois acusados são pai e filhos donos de duas fazendas na região. Eles teriam contratado os outros acusados para conseguirem funcionários para trabalharem com carvoaria nas fazendas.
Ainda segundo o MPF, durante fiscalização, foram encontradas quatro pessoas submetidas a condições precárias de trabalho. As vítimas, de acordo com a denúncia, não tinham registro profissional e não podiam sair do local por causa de “dívidas contraídas com os empregadores. Os débitos eram anotados em cadernos, aos quais os trabalhadores não tinham acesso”.
A denúncia diz ainda que os trabalhadores, responsáveis por todo processo de produção de carvão, dormiam em barracos improvisados com lona e sem instalações sanitárias. No local não havia água potável suficiente.
A reportagem tentou falar com os denunciados, mas os mesmos não foram encontrados. A pena para o crime de condição análoga a de escravo é de dois a oito anos de prisão.