Acompanhe em tempo real, o julgamento do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza e de sua ex-mulher, Dayanne Souza, acusados do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do jogador.
Julgamento do ex-goleiro Bruno - 4° dia
Inicio do Dia: 07/03/2013.
08:52 hs
Bom dia! Começa agora a cobertura do último dia de julgamento do ex-goleiro Bruno Fernandes Souza e de sua ex-mulher, Dayanne Souza. Hoje, os jurados devem decidir se eles são inocentes ou culpados pelo envolvimento na morte de Eliza Samudio, em junho de 2010.
08:55 hs
A sessão de hoje está prevista para começar às 9h no fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.
09:05 hs
O primeiro a falar ao jurados será a acusação. A Promotoria e o advogado que representa a família de Eliza terão, ao todo, duas horas e meia para exporem sua argumentação ao júri. Em seguida será a vez dos advogados de Bruno e Dayanne falarem. Encerrada a primeira etapa, a acusação poderá pedir ainda réplica e a defesa terá direito à tréplica --tendo cada etapa mais duas horas.
A juíza informa que o início da sessão atrasará alguns minutos porque o advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, está preso no trânsito.
09:07 hs
Os jurados devem decidir hoje se o jogador mandou ou não matar Eliza Samudio em junho de 2010.
09:08 hs
Bruno é acusado de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere de Eliza e seu filho, Bruninho, allém de ocultação de cadáver. Já a ex-mulher do goleiro, Dayanne Souza, que também é ré no caso, responde por sequestro e cárcere privado.
09:14 hs
Ontem, o promotor Henry Castro afirmou que espera uma pena exemplar ao goleiro e disse que quer pena de pelo menos 30 anos de prisão ao réu. Leia mais
09:16 hs
09:27 hs
O advogado de Bruno acaba de chegar ao fórum de Contagem (MG).
09:29 hs
Juíza começa a sessão e pede para que os policiais levarem os réus ao plenário.
09:39 hs
Juíza dá alguns minutos para fotógrafos fazerem imagens dos réus Bruno e Dayanne. O goleiro permaneceu o tempo todo de cabeça baixa. Já Dayanne entrou no plenário aparentando preocupação.
09:40 hs
Juíza informa que os trabalhados irão demorar e orienta aos jurados que quiserem ir ao banheiro para fazê-lo agora.
09:48 hs
Tiago Lenoir, advogado dos réus, toma a palavra e diz que Dayanne responderá perguntas sobre o momento em que o filho de Eliza foi entregue a Wemerson, o Coxinha.
09:49 hs
O advogado de Bola, Ércio Quaresma, entra na sala para cumprimentar os jornalistas e afirma que vai acompanhar os debates de acusação de defesa hoje.
09:55 hs
Dayanne afirma que na primeira ligação que recebeu do policial Zezé, seguindo orientação que Macarrão e Bruno tinham lhe passado, negou que estava com o filho de Eliza. Numa segunda ligação de Zezé, entretanto, após ele dizer que Macarrão havia contado que Bruninho estava com ela, Dayanne seguiu a orientação dada pelo policial: não comparecer com o bebê na delegacia.
De acordo com Dayanne, Zezé não explicou o motivo, mas estava “nervoso e alterado”. A ré contou que entregou a criança a Wemerson (Coxinha) a pedido de Macarrão.
09:58 hs
O promotor Henry Castro toma a palavra agora e começa a fazer suas perguntas.
10:01 hs
Ele cita cinco ligações telefônicas entre Dayanne e Zezé, quando a ela estava a caminho do local para entregar Bruninho a Wemerson (Coxinha). O promotor pergunta o que foi falado nos telefonemas.
10:03 hs
Dayanne disse que primeiro falou com Zezé sobre o local onde os caseiros e os outros detidos haviam sido levados pela polícia. Depois ele ligou informando que a delegada queria saber da Eliza e seu filho. Nesse momento, segundo a ré, ela negou que sabia sobre o paradeiro do bebê.
10:04 hs
Em outro telefonema, Zezé contou a Dayanne que Macarrão havia lhe dito ela estava com a criança e que não era para entregá-la à polícia.
10:06 hs
A ré afirma que não sabe o motivo que Macarrão envolveu o Zezé na situação. Dayanne afirma também que não se recorda de ter visto o então policial no sítio.
10:07 hs
O policial disse a Dayanne que já havia telefonado na delegacia e que, inclusive, já havia conversado com a delegada Alessandra Wilke.
Questionada por que sente medo de Zezé, Dayanne afirmou que pelo que ouviu do depoimento de Bruno ontem, ele está envolvido no assassinato de Eliza Samudio.
10:11 hs
Juíza pergunta se Dayanne quer sair do plenário enquanto o advogado de Bola, Ércio Quaresma faz pergunta a ré. Ela diz que sim e novamente o advogado fará perguntas sem a presença de sua interrogada.
10:13 hs
A defesa de Dayanne informou no início da sessão de hoje que sua cliente não responderia perguntas dos advogados dos réus. Ontem, Quaresma passou quase duas horas interrogando Bruno sem a presença do réu no plenário.
10:16 hs
Na ocasião, Ércio Quaresma informou aos jornalistas que precisava fazer suas perguntas, pois elas deveriam ficar registradas; e os jurados, saber quais são seus questionamentos.
10:32 hs
Ontem a Promotoria apontou que a retirar o Bruno do plenário enquanto Ércio Quaresma formulava suas perguntas foi um erro da defesa. Segundo ele, o fato poderá ser levado em consideração pelos jurados em prejuízo do jogador. Leia mais
10:33 hs
A defesa do goleiro Bruno informou que antes de começar os debates o goleiro falará novamente no plenário.
10:35 hs
O advogado de Bola continua a fazer perguntas a Dayanne, que não está presente no júri.
10:51 hs
10:53 hs
A juíza encerra o interrogatório de Dayanne e chama Bruno para dar início ao novo depoimento do réu.
11:01 hs
Bruno disse que iria responder apenas a perguntas de seu advogado, Lúcio Adolfo.
11:04 hs
O defensor perguntou se Bruno sabia que Eliza iria morrer. O goleiro respondeu que “sabia e imaginava que Eliza ia morrer pelas brigas constantes [com Macarrão]”.
11:05 hs
Na sequência, Bruno afirma que não irá mais responder nem perguntas da defesa.
11:06 hs
O advogado do goleiro afirma que não fará acordo. Indignado, o promotor Henry Castro responde “não faça cena no plenário porque nunca houve acordo”.
O interrogatório é encerrado e Bruno deixa o plenário.
11:07 hs
Ércio Quaresma, advogado de Bola, pede a palavra para fazer um interrogatório de Bruno, que não está no plenário, e volta a fazer seu interrogatório solitário.
11:10 hs
Após finalizar as perguntas, a juíza Marixa Rodrigues interrompe a sessão para um intervalo de 15 minutos. A expectativa é que o debate comece em seguida.
11:26 hs
Os debates entre acusação e defesa podem chegar até nove horas de duração.
11:28 hs
O primeiro a falar ao júri será a acusação. A Promotoria e o advogado que representa a família de Eliza terão, ao todo, duas horas e meia para exporem sua argumentação ao júri.
11:29 hs
Em seguida será a vez dos advogados de Bruno e Dayanne falarem no plenário. Encerrada a primeira etapa, a acusação poderá pedir ainda réplica e a defesa terá direito à tréplica --podendo, cada parte, usar até duas horas.
11:32 hs
A juíza retoma os trabalhos e pede para que a defesa volte ao seu lugar. Ela também solicita a entrada dos réus no plenário.
11:34 hs
Henry Castro informa que a Promotoria usará duas horas do debate; e os assistentes de acusação, meia hora. O promotor afirmou ainda que “certamente” haverá réplica e que nessa etapa eles irão dividir igualitariamente o tempo disponível para a argumentação --duas horas.
11:38 hs
A juíza informa que não será permitido que os advogados e o promotor não interrompam as falas da parte contrária.
11:41 hs
O promotor pede a firme pena aos réus à juíza Marixa Rodrigues e elogia a magistrada.
11:42 hs
Henry Castro se direcionada a cada um que trabalha no plenário durante o julgamento de Bruno e Dayanne.
11:46 hs
O promotor, na frente dos sete jurados, afirma que Bruno matou com um inseto ou barata a mãe de um filho dele.
11:47 hs
“Gente não se trata como barata”, afirmou o promotor.
11:50 hs
Henry Castro afirma que se remete de início às palavras de Eliza que “foi silenciada”, diz. Segundo o promotor o crime começou no dia 4 de junho de 2010, quando foi sequestrado no Rio de Janeiro.
11:51 hs
Ele cita a entrevista de Eliza quando ela deixava a delegacia de proteção à mulher no Rio. Na ocasião, a ex-modelo disse claramente que foi ameaçada de morte e que fora sequestrada e obrigada a ingerir produtos abortivos, segundo o promotor.
11:53 hs
A acusação fala que houve uma trama para atrair Eliza Samudio e chama os envolvidos de “quadrilha”. Segundo Henry Castro, o exame de DNA só feita muito depois da morte da ex-modelo.
11:54 hs
O promotor retoma a ocasião que Eliza denunciou Bruno à polícia. Ele então lê trecho do depoimento feito por ela na delegacia que diz que o goleiro propôs dinheiro para abortar a criança que ela então esperava.
11:55 hs
No depoimento lido, ela contou que tinha relações sexuais com Bruno. Ontem, o goleiro disse que transou com a ex-modelo apenas uma vez.
11:58 hs
Promotor cita uma mensagem que Eliza teria enviado a um amigo sobre as relações sexuais que teve com o jogador. “Eu fazia direto com o Bruno olhando para o mar. É bom demais”, citou Henry Castro.
11:59 hs
A acusação apresenta pontos do depoimento de Bruno que não condizem com depoimentos e documentos que constam nos autos do processo.
12:00 hs
“Eu venho da favela”, repete o promotor a fala que Bruno teria feito após ameaçar Eliza.
12:01 hs
“Bruno sempre foi envolvido com o narcotráfico”, enfatiza Henry Castro.
12:04 hs
A acusação retoma ao momento em que havia uma festa no sítio do goleiro. Testemunhas confirmaram que apenas pessoas de confiança podiam entrar na casa. Para o promotor, isso ocorreu porque Eliza estava presa.
12:05 hs
Henry Castro afirma que tais festas no sítio eram regadas a muita droga e que Bruno subia o morro para comprar maconha e cocaína.
12:07 hs
Ele disse que quem comandava o tráfico de drogas do bairro da Liberdade, em Ribeirão das Neves, era o então assessor do jogador, Macarrão.
12:10 hs
“O futebol perdeu um goleiro razoável, mas um grande ator [surgiu]”, afirmou a Promotoria.
12:14 hs
O promotor grita as frases que Eliza teria ouvido de Bruno após passar mal quando estava grávida e procurá-lo: “Eu quero que você morra! Que se foda, pois você é um problema só seu”.
De acordo com o promotor, a partir disso Bruno procurar por Eliza com o objetivo de dar andamento a trama de assassiná-la. Ele conta que amigas da ex-modelo afirmam que o jogador perguntava por ela, querendo saber onde morava.
12:17 hs
Na ocasião que Eliza foi ameaçada de morte, Bruno deu um tapa em Eliza, e Macarrão começou a chamá-la de “vagabunda”, afirmou o promotor. Um outro homem conhecido pelo apelido Russo também a teria xingado.
12:18 hs
A acusação volta a repetir para os jurados que Eliza contou em depoimento que Bruno apontou uma arma para sua cabeça ao ameaçá-la de morte.
12:22 hs
Eliza teria mandado mensagens a uma amiga relatando o modo dissimulado do jogador. Numa delas, a ex-modelo escreveu “Até hoje não entendi porque o Bruno mudou da água pro vinho comigo”, afirmou. A mensagem foi enviada dia 20 de abril de 2010.
12:24 hs
Em outra mensagem Eliza escreveu, de acordo com o promotor: “Terra do Bruno. Vou só com passagem de ida. Vão me matar lá. Tu ri que nao é com você. O Bruno é maluco”. A mensagem se refere ao momento que ela foi ao Rio fazer o exame de DNA de Bruninho.
12:27 hs
De acordo com o depoimento de uma amiga da ex-modelo, Eliza não aguentava mais reclamar dinheiro para sustentar Bruninho e que a condição para que ele voltasse a dar dinheiro a ex-modela era ela retirar a queixa da violência que sofrera anteriormente.
O promotor explica que Bruno precisava retirar uma certidão negativa para sair do país e poder jogar no time italiano Milan.
12:29 hs
O promotor cita o depoimento de outra testemunha, com quem Eliza morou. Henry Castro diz que presenciou o goleiro agredindo a ex-modelo.
12:36 hs
No dia 4 de junho de 2010, data que iniciou-se o sequestro --de acordo com a acusação--, Eliza recebeu várias ligações de Macarrão e fez outras tantas a ele.
12:39 hs
O promotor Henry castro está mostrando aos jurados peças do processo que registram as ligações telefônicas e feitas do celular de Eliza. “Ela fica privada do seu celular por cinco dias”, afirma referindo-se aos períodos de 4 e 9 a junho.
12:40 hs
Apenas no dia 9, Eliza fez um contato com uma amiga que dizia para ela não ficar preocupada.
E enfatiza que, no dia seguinte, Eliza foi assassinada.
12:43 hs
Henry Castro retoma os fatos ocorrido no dia 4 de junho, quando Macarrão e Jorge pegam Eliza no hotel onde estava hospedada, afirmando que levaria ela até Bruno. Segundo o promotor, na ocasião ela é agredida a coronhadas por Jorge, primo do goleiro.
12:46 hs
Em seu depoimento, Bruno disse que naquela noite estava “acertando os ponteiros” com Ingrid numa praia, quando Macarrão, seu então assessor, passou a atrapalhar o romance, ligando insistentemente para ele e até mesmo para o celular da então noiva. “Excelências, mentira!”, afirma o promotor.
12:47 hs
Ele argumenta que naquela noite vários contatos telefônicos foram estabelecidos entre o goleiro e seu então assessor, Macarrão.
12:50 hs
A acusação cita as mais de oito ligações que Bruno teria feito a Macarrão naquele dia, inclusive uma às 20:44 hs que, segundo Henry Castro, era “quase o ápice do sequestro” de Eliza.
12:51 hs
A intenção do promotor é convencer os jurados que Bruno tramou o sequestro e morte de Eliza Samudio.
12:52 hs
A juíza interrompe o debate para os jurados irem ao banheiro.
12:54 hs
O repórter que acompanha o debate de dentro do plenário informa que o jogador escutava a fala do promotor Henry Castro o tempo todo de cabeça baixa.
12:55 hs
A juíza pede para que todos voltem a seus lugares e dá a palavra ao promotor.
12:57 hs
“Na noite do sequestro de Eliza ele (Bruno) teve a iniciativa de estabelecer vários contatos telefônicos com Macarrão”, afirma Henry Castro.
12:59 hs
"Bruno passa a ligar para Jorge naquele dia". De acordo com o promotor, foram quatro ligações, todas após o sequestro de Eliza.
13:02 hs
O promotor se refere a Bruno como "criminoso, facínora”, ao contar que na noite de sequestro de Eliza entrou em contato também com Jorge.
13:03 hs
Naquela noite ainda, Bruno teria ligado para Elenilson, o administrado de seu sítio. Elenilson também é réu no processo, acusado de sequestro e cárcere privado.
13:04 hs
De acordo com o promotor, as ligações tinham como objetivo o preparo do local de cárcere de Eliza.
13:06 hs
A promotor então refere-se á carta que Bruno enviou a Macarrão já na cadeia. Nela, ele pediu perdão a Macarrão duas vezes; porém, em seu depoimento de ontem, o jogador afirmou o contrário: que perdoava Macarrão.
13:09 hs
Henry Castro cita o plano B, que conta no relato da carta. Nela, Bruno pede que Macarrão pense sobre o plano e que o perdoe.
13:13 hs
Ele afirma que os desmembramentos que ocorreram no julgamento de novembro foi uma “palhaçada”. Na ocasião além de Macarrão e Fernanda, estava marcado também o júri de Bruno, Dayanne e Bola.
13:16 hs
O promotor relembra a declaração de Macarrão no julgamento de novembro. Segundo o condenado, ao tentar evitar o assassinato de Eliza o goleiro lhe respondeu “Deixa comigo. Eu sou pica, aqui é o Bruno”, e bateu no peito.
13:19 hs
O promotor afirma que, após a noite do crime, Macarrão quis ir dormir, e Bruno afirmou: “Pode ir dormir bundão”. O então assessor do goleiro disse em resposta: “Você nunca mais vai me chamar de bundão depois dessa noite e você sabe porquê”.
13:22 hs
O promotor afirma que, após a noite do crime, Macarrão quis ir dormir, e Bruno afirmou: “Pode ir dormir bundão”. O então assessor do goleiro disse em resposta: “Você nunca mais vai me chamar de bundão depois dessa noite e você sabe porquê”.
"Mais fácil tirar um dente sem anestesia do que a verdade dessa desgraça", declarou Henry Castro.
13:29 hs
O promotor passa a ler a carta de Bruno a Fernanda, quando ele estava preso. “Se você quiser seguir em frente amor, pode ir. Ia me doer muito, mas não posso obrigá-la a ficar me esperando”, escreve e promete casamento a Fernanda.
13:37 hs
Henry Castro volta ao dia 6 de junho, quando Eliza chega a Minas na Lange Rover. Ele enfatiza que todos se hospedaram em um motel, inclusive Bruno e Fernanda.
13:34 hs
Em seguida, Bruno vai ao jogo do time 100% com Fernanda e sem Eliza. De acordo com o promotor, a ex-modelo não o acompanhe porque ela não era uma convidada.
13:35 hs
Ontem, Bruno disse que Eliza assistiu ao jogo que o promotor hoje se refere, porém testemunhas que lá estavam afirmaram que Eliza não estava lá, apenas uma mulher “loira e gostosona”, que é Fernanda. Henry Castro passa a ler trechos do depoimento das testemunhas.
13:42 hs
O promotor tenta convencer os jurados de quem estava no controle da trama era Bruno, já que Macarrão retorna para o Rio de Janeiro dia 7 de junho, após o jogo de futebol, deixando o goleiro sozinho. O assessor retorna para o sítio dia 8.
13:44 hs
Tiago Lenoir, advogado de Dayanne e Bruno, ouve a exposição do promotor sentado nos degraus que dá acesso à bancada da juíza.
13:45 hs
O assistente de acusação José Arteiro conversa algo com a juíza Marixa Rodrigues enquanto o promotor faz sua argumentação aos jurados.
13:48 hs
Henry Castro pede aos jurados que absolvam Dayanne, porque ela se encontrava numa situação insuportável porque ele estava sob constrangimento e ameaça de José Lauriano, o Zezé.
13:49 hs
“Zezé é a pessoa que apresentou Bola ao Bruno”, disse o promotor.
13:50 hs
“Bruno deixou a mãe de suas filhas a mercê de um homem perigoso como o Zezé”, afirma Henry Castro.
13:52 hs
De acordo com o promotor, o policial José Lauriano, o Zezé, é a pessoa que chega com Bola na noite da morte de Eliza.
13:54 hs
O promotor encerra sua fala e Jose Arteiro, assistente de acusação, começa sua argumentação.
14:03 hs
Arteiro pede aos jurados que se coloque no lugar de Eliza. “Senhores jurados, pensem nas suas irmãs, nas suas esposas, nas suas filhas, que poderiam passar por tudo isso”, declara.
14:00 hs
O advogado pede para que os jurados não deem chance ao Bruno, "porque ele não merece".
14:03 hs
Dayanne chorou ao ouvir o promotor Henry Wagner pedindo aos jurados sua absolvição.
14:07 hs
“Os senhores querem ser marcados como jurados que absolvem bandidos, canalhas, vagabundos?”, questiona Arteiro ao conselho de sentença.
“Ora seu Bruno, o senhor renunciou a sua carreira no momento que você fez essa merda”, afirma o assistente de acusação no plenário.
14:12 hs
Arteiro agradece todos e encerra sua fala. Quem começa a falar é Maria Lucia, advogada que representa a mãe de Eliza Samudio.
14:14 hs
A advogado faz a citação “aquele que transgride a lei de Deus, padece e será punido pelas leis dos homens”, após comentar que Bruno entrou no plenário com uma Bíblia, no primeiro dia de julgamento.
14:17 hs
Maria Lucia exalta a coragem de Eliza em “peitar” as ameaças que ela sofreu de Bruno, com o objetivo de defender o filho. Ela pede justiça aos jurados e o tempo de exposição se encerra. A advogada teve menos de sete minutos para fazer sua argumentação.
14:19 hs
A juíza interrompe a sessão para o almoço. Em uma hora e meia os trabalhos deverão ser retomados.
15:46 hs
A juíza pede que todos voltem aos seus lugares no plenário. Dentro de instantes os trabalhos serão retomados.
15:47 hs
A defesa de Bruno e Dayanne terão, juntas, duas horas e meia para convencer os jurados da inocência dos réus no desaparecimento e morte de Eliza Samudio.
15:48 hs
O promotor Henry Castro indicou, antes de fazer sua primeira exposição, que pedirá réplica. A acusação então terá duas horas para mais argumentações.
15:52 hs
Francisco Simim, que compõe a defesa de Bruno e Dayanne, toma a palavra no plenário.
15:54 hs
Simim cumprimenta os profissionais e setores presentes do plenário.
15:58 hs
Simim está representando a defesa de Dayanne nesta parte de debates.
15:59 hs
A palavra é passada então para Tiago Lenoir, que também falará na defesa da ex-mulher do goleiro Bruno.
16:01 hs
Lenoir cumprimenta a juíza Marixa Rodrigues. Ele chama a juíza de “comandante” do plenário e diz que eu possuí duas grandes virtudes: a coragem e a justiça.
16:05 hs
Lenoir também cumprimenta a todos do plenário antes de expor seus argumento, inclusive os réus Bruno e Dayanne, dizendo: “Tenho certeza, faremos as suas defesas como se fôssemos um parente seus”.
16:07 hs
“Se o Ministério Público e a polícia não conseguiram apurar determinado ponto, não cabe as vossas excelências se estender nessa investigação”, afirmou Lenoir ao jurados, referindo-se a ré Dayanne.
16:10 hs
O advogado afirmou que pedirá a absolvição de Dayanne de forma rápida conforme foi pedido pelo promotor.
Ele ressalta que Dayanne ficou quatro meses presa sendo inocente. "Ela já teve um prejuízo moral ao estar de forma indireta com determinadas pessoas nesse procedimento”, afirmou.
16:12 hs
A denúncia no que tange a Dayanne se resume em três parágrafos na denúncia do processo, de acordo com Lenoir. “A partir de então Bruno Samudio ficou sob os cuidados de Dayanne”, declarou e destacou as palavras “aos cuidados”.
16:13 hs
Lenoir disse que em momento algum do processo há referência que a criança ficou sob o cativeiro da acusada.
16:16 hs
Segundo Lenoir, Dayanne só cuidou de Bruninho a pedido de seu ex-marido. E que na ocasião que entregou o bebê a Wemerson a ré não via outra alternativa que não fosse seguir as orientações de Luiz Henrique, o Macarrão.
16:18 hs
O advogado afirma que não houve dolo no sequestro de Bruninho. Ele finaliza a sua fala e passa a palavra para o representante de Bruno, Lúcio Adolfo.
16:21 hs
Lúcio Adolfo elogia a juíza Marixa Rodrigues.
16:22 hs
Ele passa a cumprimentar os presentes no plenário.
16:29 hs
Lúcio Adolfo afirma que as anotações feitas pelo promotor em sua cópias do processo do caso Eliza só iam até o oitavo volume, o momento inicial do caso, segundo o advogado.
16:33 hs
O advogado de Bruno se refere a fala do promotor que afirmou relação do goleiro com o narcotráfico. Ao reafirmar que não há provas contra seu cliente, Lúcio Adolfo afirma em tom de crítica ao trabalho de Henry Castro: “A prova do Ministério Público é a reportagem”.
16:34 hs
No segundo dia de julgamento o promotor passou aos jurados quase duas horas de reportagens sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio.
16:36 hs
Lúcio Adolfo critica o fato de uma nova investigação no envolvimento de dois ex-policiais civis do caso e, mesmo assim, o promotor pedir a condenação do goleiro Bruno.
16:38 hs
Os ex-policiais são Gilson Costa e José Lauriano de Assis, conhecido por Zezé.
16:39 hs
“Pretende-se um julgamento quando a investigação sequer terminou", afirmou Lúcio Adolfo.
16:41 hs
Ele cita que Zezé e Gilson são citados no processo desde 2010. O advogado afirma que o promotor usa uma testemunha falsa para embasar seus argumentos
“Eu to falando assim de longe para não cuspir em cima dos senhores”, afirma Lúcio Adolfo aos jurados e prossegue sua exposição.
16:43 hs
O advogado volta a dizer que há 330 páginas desaparecidas no processo de desaparecimento e morte de Eliza. Ele ainda afirma que há 331 páginas repetidas.
16:45 hs
No primeiro dia, Lúcio Adolfo já havia dito sobre a falta das páginas aos jornalistas. O advogado informou que foi aberto um processo sobre o desaparecimento das peças do processo. Segundo o advogado, elas teriam desaparecido durante o julgamento de Macarrão.
16:55 hs
O advogado de Bruno se refere a briga de Eliza com Jorge, no Rio de Janeiro, como “criprocó”. Bruno chegou em sua casa e ficou estarrecido, chegando até a brigar com o primo Jorge.
16:57 hs
“Eliza queria dinheiro e Bruno lhe prometeu o dinheiro, mas Eliza não quis esperar”, referindo-se ao fato da ex-mulher ir com Macarrão e Jorge para Minas.
16:58 hs
“Ninguém disse que ela estava amarrada algemada, nada”, afirmou a defesa referindo-se a Eliza. Ele relembra que havia câmeras das praças de pedágio, que ninguém no motel onde eles dormiram viram qualquer atitude suspeita.
16:59 hs
"Não tem sequestro", enfatizou Lúcio Adolfo.
17:00 hs
O advogado relembra que Bruno disse ter dado carona a um policial rodoviário durante a viagem entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais.
17:06 hs
“No dia 24 de junho, 20 h, na delegacia de homicídios de Contagem aconteceu um milagre: tinha delegado. Tinha delegado fazendo um ofício para o Rio de Janeiro endereçado a um delegado tomando conhecimento do desaparecimento de uma mulher e responsabilizando o goleiro Bruno". De acordo com o advogado, o ofício da delegada Alessandra Wilke informava que os fatos vieram a conhecimento através de duas mulheres.
17:07 hs
No entanto, as duas mulheres só foram à delegacia prestar depoimento no dia seguinte. Elas teriam tomado conhecimento do desaparecimento de Eliza por um telefonema da delegacia de homicídio de Contagem, segundo Lúcio Adolfo. “Como isso é possível”, indaga o advogado.
Segundo a defesa de Bruno, naquele momento a delegada que fez o ofício, Alessandra Wilke, afirmou que fora uma denúncia anônima.
17:13 hs
Dias depois, em 6 de julho, o então adolescente Jorge, primo do goleiro, era procurado pela polícia sem a presença de familiares e de qualquer assistente social. Ele foi detido no Rio de Janeiro e levado a Minas Gerais. Ao chegar, o jovem rodou pelo município de Vespasiano acompanhado da polícia até achar a casa de Bola, de acordo com a defesa.
17:14 hs
A juíza interrompe a fala da defesa para os jurados usarem o banheiro.
17:16 hs
Durante a fala de Lúcio Adolfo, Bruno mantém-se de cabeça baixa na maior parte do tempo. Já Dayanne demostrar estar atenta a cada palavra do advogado.
17:21 hs
A juíza retoma os trabalhos no plenário.
17:25 hs
“A Justiça é cega. Está é a venda da Justiça”, diz Adolfo ao entregar uma venda preta a cada jurado. “Só espero que os senhores não sejam”.
17:29 hs
De acordo com defesa, na ocasião em que Macarrão disse a Bruno “depois dessa noite você não pode me dizer que sou bundão”, a afirmação seria uma ameaça do então assessor do goleiro ao chefe.
17:30 hs
Lúcio Adolfo sugere aos jurados que não julguem o caso, uma vez que as investigações não terminarem. Ele também sugere a absolvição, novamente se referindo as novas investigações envolvendo dois ex-policiais, Zezé e Gilson, no envolvimento no caso.
17:33 hs
“O declarante (Macarrão) afirma que estava pressentindo o que Bruno iria pedir”, de acordo com a leitura do depoimento de Macarrão. O trecho se refere a fala de macarrão durante seu julgamento. Ele afirmou que Bruno mandou-o levar Eliza para a morte. Lúcio Adolfo ressaltou a palavra “pressentir” e se questionou se é possível pressentir um pedido.
17:35 hs
"Ele está querendo tudo sem dar nada", disse o advogado de Bruno em referência ao promotor. Lúcio Adolfo criticou o fato de Henry Castro pedir a absolvição de Dayanne e ao mesmo tempo acusar Bruno dos crimes que envolvem o caso Eliza.
17:37 hs
“A prova é absolutamente insuficiência, dúbia”, disse. Ele ainda afirma que as provas advêm da habilidade "artística" do promotor.
17:38 hs
“Ele (promotor) não tem compromisso nenhum com Contagem, pela comarca”, afirma Lúcio Adolfo aos jurados.
17:39 hs
A defesa relembra aos jurados que ele não vão julgar “nada de narcotráfico”, mas os fatos do caso Eliza Samudio.
17:40 hs
Lúcio Adolfo disse que Macarrão apenas pressentiu o que Bruno iria dizer, mas não afirmou que o goleiro de fato pediu.
17:43 hs
A defesa está citando os quesitos que pretende apresentar ao conselho de sentença Caberá a juíza, junto com a acusação e defesa, definir quais os quesitos que o conselho de sentença responderá ao final dos debates.
17:46 hs
O advogado de Bruno detalhou como funciona as questões que serão apresentadas na sala secreta, onde os jurados responderão os quesitos. Ele agora explica aos jurados o que são as qualificadoras do crime que seu cliente é acusado.
17:50 hs
Bruno é acusado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado de Eliza. Os elementos que podem agravar o crime são: motivo torpe, sem chance de defesa da vítima e meio cruel. Os jurados têm que decidir se há atenuantes ou agravantes, caso considerem o goleiro culpado.
17:51 hs
Lúcio Adolfo volta a sugerir que o julgamento está ocorrendo ao mesmo tempo que uma investigação do casso corre. Ele tenta convencer os jurados que Bruno não pode ser julgado nessa situação.
17:54 hs
O advogado tenta convencer que, caso os jurados considerem Bruno culpado, não se tratou de motivo torpe, uma vez que já havia um acordo firmado entre o jogador e Eliza de fazerem um exame de DNA para verificar a paternidade de Bruninho.
17:58 hs
Lúcio Adolfo questiona o laudo da perícia que foi feito baseado no depoimento de Jorge Luiz Rosa, primo do goleiro. O jovem contara como presenciou o assassinato de Eliza à delegada Ana Maria. Em seu depoimento, ele fala que Bola esganou Eliza até asfixiá-la e que Macarrão chutou as penas da vítima.
18:01 hs
De acordo com o advogado, não é possível confirma que Eliza foi morta por asfixia já que o laudo da perícia foi feito baseado apenas no depoimento de Jorge Luiz e não a autópsia de um corpo. Só com ele, segundo Lúcio Adolfo, seria possível comprovar o meio como ela foi morta.
18:03 hs
O argumento do defensor tentar novamente eliminar uma das qualificadoras da acusação do crime de homicídio que corre contra Bruno: meio cruel.
18:11 hs
“Será que podemos julgar um fato que o promotor nem sabe quem é?”, diz advogado de Bruno.
18:12 hs
“Nós não sabemos nem como julgar isso”, e afirma que a denúncia do promotor é baseada no depoimento de Jorge, que foi acusado pelo próprio Henry Castro de mentiroso “em praça pública”.
18:15 hs
Lúcio Adolfo pede para que jurados se questione onde está a prova da culpa do Bruno e volta a repetir as declarações de Macarrão. O ex-assessor do goleiro afirmou em seu julgamento --em novembro-- que pressentiu o que Bruno iria pedir.
18:17 hs
Para a defesa do jogador, pressentir não é pedir.
18:20 hs
“Quem faz a acusação tem que provar”, afirmou Lúcio Adolfo.
18:23 hs
Lúcio Adolfo encerra sua fala e juíza pergunta ao promotor se haverá réplica, que confirma. A juíza então informa que fará um breve intervalo.
18:41 hs
Na réplica, a acusação terá duas horas para complementar sua argumentação. O promotor Henry Castro informou no início dos debates que nessa etapa dividirá o tempo igualitariamente com a assistência de acusação.
18:43 hs
Termina as falas da acusação, as defesas de Bruno e Dayanne poderá pedir tréplica, que também pode durar até duas horas.
18:51 hs
Durante o intervalo, o promotor Henry Castro lê peças do processo e prepara os documentos que irá utilizar em sua argumentação. Ele quer pena de goleiro seja de pelo menos 30 anos de prisão. Leia mais
18:54 hs
Juíza pede para que todos voltem a seus lugares para a retomada dos trabalho. Em instantes o promotor Henry Castro tomará a palavra.
18:55 hs
Bruno está retornando ao plenário neste momento.
18:56 hs
O promotor disse que irá rebater cada crítica --que chamou de “falácias” da defesa de goleiro.
18:58 hs
Henry Castro relembra aos jurados o depoimento da assistente social. Renata Garcia, feita em carta precatória no plenário. Nela, Renata disse que as declarações de Jorge Luiz Rosa, primo do jogador, foram feitas com tranquilidade.
19:00 hs
Henry disse que o primeiro depoimento que Jorge Luiz prestou foi feito na Justiça, ao juiz da Infância e Juventude de Contagem, em 13 de julho.
19:01 hs
“Ele não conhece o processo, ele só conhece a arte da mentira”, afirma Henry Castro sobre Lúcio Adolfo.
19:09 hs
De acordo com o promotor, Jorge mente ao dizer que não conhece Bola e argumenta que em seu depoimento ele citou o ex-policial oito vezes.
19:11 hs
O promotor sustentou ainda que Jorge disse em seu depoimento que ouviu Luiz Henrique, o Macarrão, conversando com Bola no telefone três dias após o crime. Ele estaria combinando o pagamento com o ex-policial.
19:13 hs
Jorge teria ouvido Macarrão dizendo que pagaria Bola assim que o goleiro recebesse seu salário do Flamengo, de acordo com o promotor. Henry Castro então enfatizou que Macarrão era funcionário de Bruno e tudo era pago pelo chefe.
19:14 hs
"Eliza não veio passear não, minha gente. Ela veio com a cabeça estourada", afirmou o promotor.
19:17 hs
“Não quero que vossas excelências vendem os olhos, não.Rasguem essas vendas que lhe foram dadas e vejas as provas e os fatos”, afirmou Henry Castro em referência as vendas que Lúcio Adolfo entregou-lhes.
19:22 hs
O promotor acusa Lúcio Adolfo de levar Jorge Luiz Rosa ao programa "Fantástico", da TV Globo.
19:26 hs
Jorge afirmou ao "Fantástico" que se fosse intimidado falaria diante do júri de Bruno e Dayanne. O promotor acusa a defesa do goleiro de não permitir que o jovem viesse ao plenário falar sobre os fatos.
19:32 hs
Henry Castro explica aos jurados que um depoimento é verdadeiro quando embasado em documentos técnicos e periciais que comprovem a veracidade. Por isso, para ele, as declarações de Jorge em depoimento deve ser acolhida como prova.
19:36 hs
No dia 9 de junho, véspera do assassinato, Macarrão liga para o Bola, afirma o promotor. Ele continua a apontar todos os horários que ligações do ex-secretário de Bruno foram completadas ao celular do ex-policial.
19:38 hs
Mostrando através do rastreamento do local onde foram feitas as ligações e recebidas, o promotor indica aos jurados que Macarrão e Bola se encontram no dia da morte de Eliza Samudio.
19:42 hs
O promotor disse que o advogado de Bruno mente ao dizer que há páginas perdidas do processo e afirma: “O sumiço que dá a tôniica desse processo é do corpo de Eliza”.
19:45 hs
Henry Castro informa que têm todo o processo digitalizado, assim como a defesa e a juíza. Mesmo que as páginas tenham desaparecido na matriz que fica no fórum, as peças não foram perdidas, informou o promotor.
A acusação admite que pode haver erros na numeração do processo e explica que a maioria das folha está numerada mecanicamente. A técnica faz com que eventualmente duas folhas sejam puxadas de uma vez, comendo páginas.
19:47 hs
“Aqui não tem cachorrada não, aqui tem transparência nesse processo”, grita Henry Castro no plenário.
19:48 hs
“Se a defesa fez cachorrada, se a defesa enxerga em tudo ladroagem, será que alguém está roubado dos senhores uma visão lúcida do processo?”, pergunta o promotor aos jurados.
19:53 hs
De acordo com Henry Castro, Jorge afirmou que já tinha isso a casa de Marcos Aparecido, o Bola, em depoimento acompanhado da mãe e advogado, antes do crime.
19:58 hs
O promotor pergunta aos jurados se é possível fantasiar os relatos de Jorge, tão detalhado, sobre o assassinato de Eliza.
20:00 hs
Henry então cita que foi feito um parecer para verificar se uma pessoa morre por asfixia da maneira como o então adolescente relatou em depoimento, o que foi comprovado por laudo pericial.
20:02 hs
Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza, está chorando do lado de fora do plenário.
20:13 hs
Após lavar o rosto no banheiro, Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza, retorna ao plenário. Ela disse ter ficado incomodada com a "frieza" do Bruno.
20:17 hs
Promotor mostra a foto de goleiro após o assassinato de Eliza e pergunta aos jurados se aquela pessoa da foto estava arrasada.
As imagens que o promotor mostra é datada de 11 de junho de 2010.
20:18 hs
“Foi dito aqui que é preciso ter coragem para absolver... Tem que ter falta de inteligência para absolver esse cara. Tem que ter muita coragem, muita determinação, muita cumplicidade para se matar uma pessoa e no outro dia festejar a sua morte”, afirmou Henry Castro ao mostrar outras fotos da festa que mostram Jorge, Macarrão e Fernanda.
20:21 hs
"Todo mundo destruído”, afirmou promotor, ao mostrar as imagens aos jurados.
20:22 hs
De acordo com o promotor, “Bruno não respeitou sequer o álbum de fotografia do menino (Bruninho)”.
20:24 hs
Ele finaliza sua fala relembrando frase dita a Eliza, quando denunciou as agressões de Bruno. Segundo ela, o goleiro ameaçou-a dizendo que poderia matá-la e jogar seu corpo em qualquer lugar e ninguém daria falta dela.
Henry Castro encerra sua fala. Os advogados assistentes da acusação começarão a fazer suas exposições.
20:34 hs
Cidnei Karpinski toma a palavra na meia hora que a acusação tem para convencer os jurados da culpa de Bruno e Dayanne.
20:35 hs
Cada assistente tem 10 minutos para apresentar sua argumentação aos jurados. Agora está sendo a vez de Maria Lucia Borges Gomes, que representa a mãe de Eliza.
20:40 hs
Maria Lucia afirma que a mãe de Eliza receberá no Dia Internacional da Mulher a punição dos responsáveis pelo assassinato de sua filha.
20:45 hs
José Arteiro toma a palavra; ele tem menos de dez minutos para fazer sua exposição.
20:49 hs
Arteiro critica o fato de Bruno não responder as perguntas da promotoria e advogados assistentes da acusação. “O Bruno está seriamente prejudicado em sua defesa, porque eles (advogados) não tinham qualidades para isso”.
“O Bruno determinou a morte de Eliza porque nenhum mal aconteceria a ela se ele não quisesse”, afirmou o advogado.
20:53 hs
“Ele mata rindo”, gritou Arteiro do plenário ao se referir a Marcos Aparecido, o Bola. “Eu quero ver ele rir da condenação que ele vai tomar”, complementou.
20:54 hs
Arteiro finaliza sua argumentação gritando: "Condenação do Bruno já!".
20:55 hs
A juíza interrompe a sessão para um breve intervalo. Em seguida a defesa será inquirida a respeito da tréplica.
Na tréplica, os advogados de Bruno e Dayanne terão até duas horas para finalização suas argumentações e tentar convencer os jurados da inocência dos réus.
21:15 hs
A juíza retoma os trabalhos e passa a palavra a Tiago Lenoir, advogado de Dayanne.
21:18 hs
Tiago Lenoir afirma que Bruno chorou no plenário de forma sincera ontem, ao contar como soube da morte de Eliza Samudio.
21:21 hs
Lenoir lê depoimentos do caseiro do sítio de Bruno, José Roberto. No trecho, o caseiro fala que Dayanne cuidava muito bem das suas filhas e que Bruninho, filho de Eliza, foi muito bem tratado e alimentado enquanto estava sob seus cuidados.
21:22 hs
A Dayanne poderia muito bem falar que o filho não era dela e não cuidar da criança, mas ela não fez isso, disse o advogado da ré.
21:28 hs
“Vocês excelências vão levar para casa um constrangimento que não é seus?”, questiona o advogado de Dayanne após pedir a absolvição da cliente ao jurados. Ele relembrou que o promotor Henry Castro fez o mesmo pedidos a eles.
21:29 hs
“A Dayanne foi muito mais homem que todo mundo aqui dentro hoje”, disse Lenoir. Hoje ela falou do envolvimento do ex-policial Zezé no assassinato de Eliza. Leia mais
21:31 hs
Lenoir encerra sua fala. Lúcio Adolfo começa sua exposição explicando o motivo pelo qual fez provocações ao promotor. De acordo com o advogado, ele queria forçar Henry Castro a pedir a réplica e, dessa forma, ter o direito de usar a tréplica.
21:37 hs
Lúcio afirma que o promotor não queria que os jurados tomassem conhecimento dos documentos da nova investigação que trata do possível envolvimento de dois ex-policiais na morte de Eliza. De acordo com o advogado, Henry Castro pediu a retira dos documentos nos autos do processo.
21:39 hs
O advogado de Bruno cita a ocasião que tratou das ausências das páginas de processo. Lúcio Adolfo confirma o que o promotor Henry Castro já havia dito no plenário, que havia as cópias digitais do processo completo.
21:41 hs
Para ele, no entanto, o fato de faltar a peça na matriz é algo a ser considerado. “Macarrão foi julgado sem todas as peças no processo”.
21:49 hs
De acordo com a defesa de bruno, o comportamento da vítima, Eliza Samudio não era uma pessoa com uma disciplina de trabalho. “Ela era mais errática”, afirma Lúcio Adolfo, tentando mostrar os pontos frágeis da vítima.
21:52 hs
O advogado afirma que crime de mando é muito difícil de provar, mas não impossível se a testemunha que afirma ser séria e de credibilidade. Ele cita o acordo de delação por parte de Macarrão, que responsabilizou Bruno de ser o mandante do assassinato de Eliza.
21:56 hs
De acordo com Lúcio Adolfo, o atestado de óbito de Eliza “vira dinheiro” para pensão e indenização. O advogado cita ainda a reportagem da Folha, que apresentou dez lacunas da investigação do caso Eliza Samudio no dia 18 de novembro do ano passado.
22:02 hs
Lúcio Adolfo cita as lacunas apresentadas na reportagem da Folha. A intenção é convencer os jurados que as investigações estão incompletas o que tornaria impreciso uma condenação de seu cliente.
22:05 hs
“A acusação será que está certa?”, pergunta advogado de Bruno. Ele ainda se questiona por que só hoje a Promotoria pede a absolvição de Dayanne e ignora que ela passou quatro meses presa.
22:09 hs
“É preferível absolver mil culpados que se condenar um inocente”, disse Lúcio Adolfo ao tentar convencer os jurados sob a dúvida da responsabilidade de Bruno no assassinato de Eliza.
22:12 hs
Em sua fala, o promotor Henry Castro também citou reportagem da Folha em que jornalista encontrou o álbum de foto de Bruninho, filho de Eliza, próximo ao sítio do goleiro. Leia aqui a reportagem citada pelo promotor
22:14 hs
Lúcio Adolfo disse que se Bruno fosse culpado não haveria o "manejo de tanta coisa errada" ao longo das investigações que resultaram no processo.
22:18 hs
Juíza Marixa Rodrigues faz um intervalo.
22:27 hs
Lúcio Adolfo informa aos jurados que eles podem pedir a interrupção de sua exposição a qualquer momento para ir ao banheiro, tomar um café ou descansar.
ele afirma que quer os jurados bem descansados para tomar decisões com lucidez.
22:28 hs
O advogado do goleiro avisa aos jurados ainda que eles podem decidir independentemente das provas que existam nos autos do processo. "Vocês são juízes soberanos", Afirmou e acrescentou que ninguém pode alterar a decisão deles.
22:29 hs
A defesa pede a absolvição de Bruno devido a ausência de provas.
22:35 hs
O advogado de Bruno diz que o fato de seu cliente ficar com o Bruninho não se trata de sequestro, já que a criança era filho do goleiro. Ele tenta convencer os jurados da inocência do jogador no crime de sequestro da criança.
22:38 hs
Lúcio Adolfo ainda cita o crime de ocultação de cadáver do corpo de Eliza.
22:47 hs
Adolfo diz que existe um documento que comprovaria que Macarrão estaria desviando dinheiro da conta do ex-goleiro Bruno.
22:57 hs
Adolfo explica aos jurados se as qualificadoras dos crimes não foram consideradas quando os jurados responderem os quesitos, a condenação de Bruno poderá chegar a menos de dez anos.
22:59 hs
Ele explica que a participação de menor importância não significa que os jurados estarão negado a responsabilidade do jogador no crime. "Vocês autorizam a magistrada a reduzir a reprimenda", disse ao conselho de sentença ao explicar sobre a escolha do quesito de menor participação de Bruno.
“A participação de Bruno é de menor importância. Pode não ser de muito menor importância, mas é de menor importância”, disse.
23:00 hs
O advogado de Bruno cita os quesitos que serão apresentados aos jurados na sala secreta.
23:03 hs
23:11 hs
Adolfo informa que o caso nunca chegaria a proporção que chegou se Bruno fosse goleiro de um clube de futebol desconhecido.
23:15 hs
O advogado de Bruno pede aos jurados que, se tiverem dúvidas, absolvam seu cliente.
23:16 hs
"Digam não a asfixia, a torpeza sem prova, o absurdo da prova subtraída", afirma Lúcio Adolfo.
23:19 hs
Lúcio Adolfo cita versos sem autoria com conselhos de o que fazer e como viver. “Não se submetam, digam não a uma condenação sem sentido”, disse, finalizando sua fala.
23:23 hs
Juíza Marixa Rodrigues pede a retirada dos jurados do plenário. Eles deverão ir para a sala secreta, onde responderão os quesitos que definirão se Bruno e Dayanne são culpados ou inocentes no caso Eliza Samudio. Veja quais são os quesitos.
23:24 hs
23:27 hs
Os advogados do caso são convocados para acompanhar a votação dos jurados na sala secreta.
23:31 hs
O promotor Henry Castro também se acompanha a votação dos jurados na sala secreta.
00:31 hs
Bruno responde pelas acusações de homicídio, sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver. Já Dayanne pelo sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho de Eliza Samudio.
00:36 hs
Os advogados saíram na sala secreta onde os jurados votaram em cima dos quesitos apresentados. Leia quais são os quesitos que os jurados votaram
00:37 hs
A juíza Marixa Rodrigues também já saiu da sala secreta.
00:42 hs
A votação pelos jurados dos quesitos foi concluída.
01:03 hs
O promotor Henry Castro acabou de sair da sala de secreta e diz estar "muito satisfeito".
00:59 hs
"Estou muito satisfeito. Só estou esperando agora dosimetria", disse o promotor.
01:04 hs
De acordo com o repórter que aguarda a sentença no plenário, o promotor sorri de orelha a orelha.
01:07 hs
O goleiro Bruno pediu para não ser filmado nem fotografado no momento que a juíza proferir a sentença. Por isso, o TJ-MG proibiu as imagens no plenário.
01:19 hs
A imagem na televisão da sala de imprensa que transmitiu o julgamento aos jornalistas também foi cortada. A informações é que apenas o som será veiculado aos profissionais.
01:31 hs
01:40 hs
Segundo a defesa de Bruno, o júri condenou o goleiro por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, além de sequestro e cárcere. Já Dayanne Souza foi absolvida pelos jurados da acusação de sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho de Eliza.
01:42 hs
"Dayanne é a primeira absolvida no caso Bruno", diz advogado Tiago Lenoir em rede social.
01:42 hs
O Ministério Público confirmou a informação à reportagem.
01:45 hs
A juíza ainda não proferiu a sentença dos réus. Todos que estão no plenário aguardam a leitura, que deve acontecer a qualquer minuto.
01:59 hs
Em brincadeira com os jornalistas que aguardam a leitura da sentença da juíza Marixa, o promotor Henry Castro disse que o maior vencedor da noite é o advogado dos réus Tiago Lenoir. Antes de assumir a defesa de Bruno, em novembro, ele disse no Twitter que apostava uma caixa de cerveja na condenação do goleiro em mais de 38 anos.
02:04 hs
Juíza Marixa entra no plenário.
02:06 hs
Juíza agradece a equipe de trabalho da Vara do tribunal do júri antes de proferir a sentença.
02:07 hs
“Não é fácil o desempenho com tanta eficiência considerando a quantidade de processos que somos responsáveis”, disse.
02:09 hs
A leitura da sentença começa.
02:10 hs
A juíza Marixa Rodrigues confirma a condenação de Bruno no clima de homicídio
02:12 hs
A juíza confirma a condenação de Bruno e absolvição de Dayanne
02:13 hs
De acordo com a juíza, embora onde o corpo de Eliza está não se tem uma resposta, a sociedade de Contagem hoje reconheceu o envolvimento do mandante na “trama diabólica”
02:14 hs
“Não foi a primeira vez, mas certamente foi a última”, disse a juíza. Ela afirmou na leitura da sentença ainda que Bruno agiu de forma dissimulada.
02:16 hs
O réu ainda tecnicamente primário, já tem condenação e não pode ser considerado como alguém de bom antecedente, de acordo com a magistrada.
02:16 hs
"Ele demonstrou ser uma pessoa fria, violenta e dissimulada", afirma a juíza.
02:17 hs
“A supressão de um corpo humano é a verdadeira violência que se faz com a matéria”, afirma.
02:18 hs
Ela reconhece o crime de asfixia e determina pena base de 20 anos de prisão.
02:19 hs
No tocante do comportamento das vítimas ,não tem nos autos do processo que tenha ocorrido qualquer contribuição das vítima na ocorrência do crime, segundo Marixa Rodrigues.
02:24 hs
Total da pena de Bruno ficou em 22 anos e três meses. Segundo a sentença lida pela juíza, ele foi reconhecido como mandante do homicídio de Eliza.
02:25 hs
Juíza Marixa Rodrigues não concedeu a Bruno o mesmo benefício dado a Macarrão, de redução de pena devido à confissão do crime
03:08 hs
Advogado de defesa diz que esperava pena de 26 a 28 anos para Bruno. Ele já afirmou que vai recorrer da decisão.
03:10 hs
Em conversa entre a juíza e o promotor após o fim do julgamento, Henry Castro disse a Marixa: "A senhora é uma magistrada muito generosa". Para ele, a sentença foi pequena.
03:11 hs
Nem o promotor nem a juíza responderam aos questionamentos dos jornalista sobre quando o goleiro Bruno poderia sair da prisão, diante da pena proferida.
03:16 hs
"A culpabilidade dos crimes é intensa e altamente reprovável. O crime contra a vida praticado nestes autos tomou grande repercussão não só pelo fato de ter entre seus réus um jogador de futebol famoso, mas também por toda a trama que o cerca e pela incógnita deixada pelos executores sobre onde estariam escondidos os restos mortais da vítima", afirmou Marixa na leitura da sentença.
03:16 hs
"Embora para esta indagação não se tenha uma resposta, certamente pela eficiência dos envolvidos, a sociedade de Contagem que em outro julgamento já tinha reconhecido o assassinato da vítima, hoje reconheceu o envolvimento do mandante na trama diabólica."
03:17 hs
"A investida do réu contra a vítima não foi a primeira vez, mas certamente foi a última. Ficou cristalino o interesse do réu em suprimir a vida de Elisa Samudio Agiu sempre de forma dissimulada da sua real intenção."
03:17 hs
"Assim Elisa foi sequestrada no Rio de Janeiro e trazida cativa para o sítio em Esmeraldas, onde ficou por quase uma semana esperando a operacionalização de sua morte. O desenrolar do crime de homicídio conta com detalhes sórdidos e demonstração de absoluta impiedade."
03:18 hs
"A culpabilidade é pelos mesmos motivos, igualmente acentuada em relação ao crime de sequestro tendo como vítima a criança Bruno Samudio sendo igualmente intensa e reprovável em relação ao crime de ocultação de cadáver. O réu Bruno Fernandes acreditou que consumindo com o corpo, a impunidade seria certa."
03:22 hs
"Sua personalidade é desvirtuada e foge dos padrões mínimos de normalidade. O réu tem incutido na sua personalidade uma total subversão dos valores."
03:27 hs
"As circunstâncias do sequestro do bebê, são pelos mesmos fundamentos desfavoráveis. Também não lhe favorecem as circunstâncias da ocultação de cadáver. A supressão de um corpo humano é a derradeira violência que se faz com a matéria, num ato de desprezo e vilipêndio."
03:28 hs
"As conseqüências do homicídio foram graves, eis que a vítima deixou órfã uma criança de apenas quatro meses de vida."
03:29 hs
"As consequências quanto ao crime de sequestro da criança são igualmente desfavoráveis, eis que, no primeiro dia do crime ficou, inclusive privada da companhia de sua mãe que tinha sido agredida na cabeça. Foi, ainda, privada de sua liberdade do decorrer dos dias seguintes e depois da execução de sua mãe, passou pelas mãos de diversas pessoas igualmente estranhas. "
03:30 hs
"As circunstâncias do crime de ocultação de cadáver, não serão interpretadas em seu desfavor, uma vez que não foram reveladas."
03:31 hs
"No tocante ao comportamento das vítimas, não constam nos autos provas de que tenha havido por parte delas qualquer contribuição. Registro que o fato de a vítima Elisa estar cobrando o reconhecimento do filho e respectiva pensão não eram motivos para serem alvos de tão bárbaros delitos."
03:33 hs
"Naquela ocasião consignei que a admissão do réu Luiz Henrique de que realmente tinha levado Elisa Samudio para ser executada, ao afirmar que a levou ao encontro com a morte, colocou uma pá de cal na discussão criada desde o início pela defesa dos acusados que sempre afirmou que Elisa estava viva."
FONTE:
1026 - http://aovivo.folha.uol.com.br/2012/11/17/2045-aovivo.shtml
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