Jovem apareceu em São João del Rei
no dia 10 de fevereiro.
"É uma incógnita",
diz delegada sobre as pistas desconexas até o momento.
A Delegacia de Mulheres de São João del Rei-MG, no Campo das Vertentes, está investigando o aparecimento de uma jovem sem documentos de identificação na cidade mineira.
A jovem que diz se chamar Marcele Ramos Souza e ter 18 anos foi encontrada por um casal andando pelas ruas na Quarta-Feira de Cinzas (160210).
"Ela nos relatou que veio de uma zona rural, de onde partiu para São Paulo, onde foi abordada e acolhida por uma mulher.
Na cidade, ela saiu para conhecer alguns pontos da cidade, sendo oferecido para ela um copo de água, onde ela não se lembra de mais nada",
relatou o agente social Claudinei Soares (veja o vídeo).
O casal levou a jovem até a Polícia Militar-PM, que chamou as assistentes sociais e a encaminhou para a investigação da Polícia Civil.
"É uma incógnita.
Ela disse que tomou uma água e acordou em um ponto de ônibus de São João del Rei.
Estava sem documentos, só com a roupa do corpo e afirma que não se lembra do endereço, de onde veio e nem da família.
Ela contou que se chama Marcele, que tem 18 anos, mas não tem nenhum tipo de registro de identificação que comprove", contou a delegada Alessandra Azalim, responsável pelo caso.
Por causa das pistas desconexas, a Polícia Civil optou por tornar a situação pública.
"Solicitamos autorização à Justiça e à Promotoria para divulgar o caso e a imagem dela, na esperança de que seja reconhecida e possamos entender o que aconteceu", afirmou a delegada.
A jovem está em uma casa-lar em São João del Rei-MG, acompanhada pela assistência social.
Quem tiver alguma informação que ajude na investigação, pode ligar para a Delegacia de Polícia Civil em São João del Rei no número (32) 3371-2099 ou para o Disque-Denúncia Unificado, no 181.
Em busca de pistas
Não foram encontrados registros da jovem em Minas Gerais, após o exame das digitais. Até agora, nestas semanas de investigação, inclusive com apoio da Delegacia Especializada de Localização de Pessoas Desaparecidas, em Belo Horizonte, todas as informações que ela passou em conversas com a polícia ou com as assistentes sociais foram checadas e não levaram à nenhum dado consistente.
"Ela citou o nome de uma escola onde teria estudado. Nós encontramos uma instituição com o nome no interior do estado de São Paulo, entramos em contato, mas não há nenhum registro com o nome dela. A Delegacia em BH está tentando contato com a outra escola homônima que foi localizada no Nordeste.
Outra informação é de que a cidade de onde ela veio tem Alagoas no nome ou seria o Estado. Estamos pesquisando e checando também estas possibilidades", disse Alessandra Azalim.
"Nas apurações, encontramos o registro de uma jovem em Manaus-AM com o mesmo nome que ela nos passou, cuja filiação consta apenas o nome da mãe. Estamos apurando", comentou a delegada.
No entanto, outras informações levam a procura para a região oposta do país, como explicou Alessandra Azalim. "Nas conversas, ela disse que se lembra de tomar café de uma marca específica.
Pesquisamos e localizamos a fábrica em Londrina PR, mas o produto pode ser vendido para outros estados do país. Além disso, ela tem sotaque com o 'r' puxado, que nos remete ao interior de São Paulo e ao Sul", disse.
Segundo Alessandra Azalim, diante de tanto mistério, várias hipóteses são possíveis.
"Ela pode ter perdido a memória,
pode ter fugido de casa,
pode ter sofrido algum tipo de violência.
Só vamos conseguir entender
quando conseguirmos saber quem ela é e
de onde veio"
Afirmou.