Goiaba (Psidium guajava)
Descrição:
A Goiaba é o fruto da goiabeira, árvore da espécie Psidium guajava, da família Myrtaceae, originária da América tropical.
Ocorre sobretudo no Brasil, nas Antilhas.
Atualmente encontra-se bastante difundida no sudeste da Ásia.
Planta com ramos muito separados, que sem nenhuma poda, pode atingir até 6 metros de altura. As folhas, duras, opostas e persistentes, apresentam nervuras salientes na face inferior, possuindo minúsculas glândulas oleíferas.
As floras são brancas e nascem na junção das folhas com os galhos, solitárias ou agrupadas.
Os frutos são esféricos, ovoides, com muitas sementes e apresentam dois tipos básicos, conforme a cor de sua polpa, vermelhos ou brancos.
Quando maduros, têm a polpa doce e fortemente aromática.
O plantio é feito por sementes.
A goiabeira propaga-se com muita facilidade, graças aos animais que carregam consigo as sementes, às vezes por longas distâncias.
Dotada de vitalidade incomum, cresce espontaneamente em quase todo o território nacional, sem muitas exigências em relação ao solo.
É uma planta tipicamente tropical, entretanto, tem demonstrado possibilidade de crescer em locais com temperaturas até 20 Graus Centígrados.
Para fins comerciais, costuma-se podar as plantas, que se tornam menores e produzem menos frutos, mas de boa qualidade.
Os frutos devem ser colhidos maduros, e as cascas do tronco quando começam a se soltar.
As folhas novas podem ser colhidas o ano todo, especialmente na primavera, quando aparecem os ramos novos.
Outros nomes:
É também conhecida como:
Araçá das almas,
Araçá goiaba,
Goiaba maça,
Guaíba,
Guaiava,
Common guava,
Guayaba,
Parte utilizada:
Folhas dos brotos, frutos, casca do caule.
Habitat:
América tropical, do México ao norte da Argentina.
História:
A goiaba foi domesticada no PERU há centenas de anos, segundo arqueólogos.
Ainda hoje é muito apreciada nos trópicos e usada medicinalmente.
O nome goiaba em tupi – guarani - Significa a que tem sementes juntas.
A goiaba, sem sementes e sem casca, é laxativa:
Ela foi levada para ÁSIA, ÁFRICA, ÍNDIA e Ilhas do Pacífico e hoje está distribuída pelos Trópicos.
Embora tenha perdido importância econômica, seu fruto continua sendo muito apreciado e abundante.
É chamada a maçã dos pobres dos trópicos; Consta da Farmacopeia Holandesa como antidiarreica
Origem:
América tropical, desde o México até o norte da Argentina.
Modo de conservar:
Os frutos maduros são utilizados frescos.
As folhas e as cascas do caule devem ser secas à sombra, em local ventilado e sem umidade.
Plantio:
Multiplicação:
Sementes (mudas);
Cultivo:
Cresce em todo o país e exige solos afofados, drenados e irrigados embora, suporte a falta de água, apesar de não por muito tempo.
Planta-se na primavera em espaçamento de 6m X 6m;
Colheita:
Colhem-se os brotos o ano todo e os frutos quando maduros.
Princípios Ativos:
Triterpenos;
Óleos essenciais;
Vitaminas C e A (fruto);
Lecitinas;
Saponinas Carotenoides;
Fibras:
Ácidos graxos;
Principais componentes:
Alanina, A-humuleno, Ácido a-hidroursólico, Ácido a-linoleico, A-Selineno.
Amritosídeo, Arabano.
Arabinose, araboplranosídeos, ácido ajurnólico, aroma-dendreno, ácido ascórbico, ascorbigeno, ácidos asiático e aspártico, avicularina, benzaldeido, butanai.
Carotenóides, cariofileno, taninos catecólicos, ácido crataeólico, d-galactose, ácido d-galacturônico, ácido elágico, etll etanoato, ácidos gálico.
Glutâmico e goreishlco, guafina, guaiavarina, guaiiverina.
Ácidos guavacumárico, guaivólico, guavenóico e guaiavanóico, guaiavolídeo, histidina, hiperinailelafol D, ácido isoneriucumánco, isoquercetina, ácidos iacumárico, linoleico e linolênico, lecitinas, leuco-cianidina, limoneno, lisina, miricetina, ácido mirístico, nerolido!, obtusinina, octanol, ácidos oleico, oleanoleico, oxálico, palmitico e palmitoleico, pectina, polifenóis, ácido psidiólico, quercetJna, quercitrina, serina, sesquiguaveno.
Tanino, terpenos e ácido úrsóllco.
Propriedades medicinais:
Adstringente, antibiótica, aperitiva, cicatrizante, emenagogo, estomáquica, laxante, antibiótica, digestiva, tônica.
Uso pediátrico:
Diarreia infecciosas.
Uso na gestação e na amamentação:
Não afeta a gestação ou a lactação.
Indicações:
Afecção da garganta,
aftas,
bronquite,
catarro intestinal,
constipação,
diarreia,
disenteria,
estômago,
estomatite,
febre,
gengivite,
hemorragia,
indisposição gástrica,
inflamação,
tosse,
ulceração da cavidade bucal,
vermes,
Cólera infantil,
diarreia,
distúrbios da digestão,
disenteria,
enterite,
escorbuto,
fermentações gastrintestinais,
gastroenterite,
hemorragia interna,
incontinência da urina,
metrorragia,
inchaço dos pés,
tuberculose,
convalescênça.
Contraindicações e cuidados:
É contraindicada apenas para pessoas com aparelho digestivo delicado ou com problemas intestinais.
Efeitos colaterais:
O uso excessivo ou de goiabas verdes pode prender o intestino.
Modo de usar:
Diarreia infantil:
Em 1 xícara de chá, coloque 1 broto, cortado em pedaços bem pequenos e adicione água fervente.
Abafe por 10 minutos, coe, adoce com dextrosol ou mel e acrescente o suco de 1/2 limão.
Tome 1 xícara de chá, de 2 a 3 vezes ao dia.
Diarreia de adulto:
Coloque 3 brotos , 3 folhas do abacateiro e 3 folhas da pitangueira, tudo cortado em pedaços bem pequenos, em 1/2 litro ou 2 copos de água em fervura.
Deixe ferver por 10 minutos e coe.
Tome de 1/2 a 1 copo, após cada evacuação.
Cicatrizante de feridas:
Coloque 2 colheres de sopa de casca do caule e 1 colher de sopa de folha de confrei picada em 1/2 litro de água em fervura.
Deixe ferver por 10 minutos.
Desligue o fogo e filtre em um pano.
Aplique no local da lesão, com uma gaze.
Remove a aplicação a cada 4 horas.
Receitas:
Geleia de goiaba:
Lave muito bem 2 kg de goiaba vermelha bem maduras e corte-as ao meio.
Coloque em um a panela com 1 copo de água.
Leve ao fogo e deixe ferver.
Quando levantar a fervura, reduza para fogo brando e cozinhe os frutos até ficarem macios.
Coe um uma peneira bem fina, espremendo o resíduo.
Para casa 1/2 litro de suco, acescente 2 copos bem cheios, de açúcar e 1 colher de chá de suco de limão.
Leve ao fogo brando novamente, e mexa até dissolver bem o açúcar.
Aumente a chama e ferva, sem parar de mexer, até alcançar o ponto de geleia.
Quando esfriar a condicione em potes de vidro esterilizados.
Posologia:
Adultos:
29 de erva seca ou 4g de erva fresca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de folhas em infuso ou recocto, conforme a parte usada, até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12 hs.
Crianças:
Abaixo de 2 anos tomam apenas 1 copo do suco, por dia; O fruto, como alimento remineralizante.
Interação medicamentosa:
Não há relatos.
Mas o uso excessivo ou prolongado pode potencializar certo tipo de medicação cardíaca.
Precauções:
Recentemente foi descoberto que a goiaba deprime as funções cardíacas e deve ser usada com cautela por pacientes em Uso de medicação.
A goiaba baixa os níveis de glicose sanguínea e deve ser evitada por hipoglicêmicos.
Farmacologia:
A goiaba tem mais vitamina C que os cítricos e boa quantidade de vitamina A, além de grande quantidade de pectina.
As folhas contém boa quantidade de flavonoides, especialmente a quercetina, responsáveis por suas principais qualidades terapêuticas.
É sabido que os flavonoides são bactericidas.
A quercetina é antidiarreica, relaxante da musculatura lisa do intestino e inibidora das contrações intestinais.
Outros flavonoides das folhas também apresentam atividade antiespasmódica; Os polifenóis encontrados nas folhas têm propriedades antioxidantes; Os extratos de goiaba têm sido alvo de pesquisas modernas, por sua longa utilização no herbalismo.
Suas indicações gastrointestinais foram validadas em vários estudos clínicos; A partir de seu conteúdo de quercetina, foi desenvolvido um fitoterápico para tratamento da diarreia aguda.
As pesquisas clínicas em humanos confirmaram a eficácia das folhas e frutos no tratamento da diarreia em adultos e crianças. N
um estudo com 62 crianças com enterite por rotavírus a média de recuperação foi de 3 dias (87,1 %) e a diarreia cedeu mais rapidamente que no grupo de controle, concluindo sua eficácia no tratamento das enterites rotavirais; Foi comprovada sua atividade antibacteriana, antiamebíase e antiespasmódica e também efeito relaxante na musculatura lisa intestinal, inibindo os processos químicos da diarreia e ajudando na reabsorção da água nos intestinos.
Em outra pesquisa, o extrato alcoólico das folhas demonstrou efeito mortino-semelhante, inibindo a liberação substâncias químicas gastrointestinais na diarreia aguda, devido a quercetina.
As lecitinas da goiaba mostraram que se ligam à E. coli prevenindo sua adesão às paredes intestinais e a infecção; Seu uso na diarreia, (disenteria) na disenteria e gastroenterite também se deve à sua comprovada ação antibacteriana.
Extratos da casca e da folha mostraram, in vitro, toxidade sobre várias bactérias: Staphylococcus, Shigella, Salmonella, Bacillus, E. coli, Clostridium e Pseudomonas; e também atividades fungicida, anti amebíase, antilevedura e antimalárica; Num estudo realizado com cobaias aqui no Brasil em 2003, foram demonstrados inúmeros efeitos sobre o sistema cardiovascular, que beneficiariam as arritmias cardíacas; Pesquisas anteriores já haviam comprovado atividade antioxidantes benéficas ao coração, cardioprotetoras e atividade sobre a função do miocárdio.
Em 2 estudos randomizados com humanos o consumo de goiaba por 12 semanas reduziu a pressão arterial em até 8 pontos, diminuiu o colesterol total em 9~/O, os triglicerídeos em quase 8% e aumentou o HDL em 8%.
Os efeitos foram atribuídos às altas concentrações de potássio e fibras solúveis do fruto (entre 300 e 600g de fruta diariamente); Em estudos com animais os extratos da folhas mostraram atividade analgésica, sedativa, antitussígena e depressora sobre o SNC; O fruto e seu suco baixam os níveis de glicose sanguínea em humanos e animais, diabéticos e saudáveis; Várias pesquisas já confirmaram seus vários Usos na medicina herbalista tradicional e segurança, mesmo em crianças.
Com Informações de: AsPlantasqueCuram.
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