Acompanhe em tempo real, o julgamento do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza e de sua ex-mulher, Dayanne Souza, acusados do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do jogador.
Julgamento do ex-goleiro Bruno - 1° dia
Inicio do Dia: 04/03/2013.
07:48 hs
Olá! A partir de agora, você acompanha, em tempo real, o julgamento do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza e sua ex-mulher, Dayanne Souza.
07:57 hs
Eles são acusados de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ocorrido em junho de 2010.
08:02 hs
O goleiro Bruno deixa o Complexo Penitenciário Nelson Hungria e segue para o fórum de Contagem.
08:15 hs
Bruno chega ao fórum de Contagem. Ele será julgado por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza.
08:27 hs
08:28 hs
Dayanne Souza também chega ao fórum de Contagem. Ela foi acompanhada por familiares. A ex-mulher do goleiro Bruno responde em liberdade às acusações de sequestro e cárcere privado.
08:41 hs
A estimativa do tribunal é que o júri se estenda até por volta das 19 h de segunda, com pausa para almoço e lanche. Nos outros dias, será retomado às 9 h. A expectativa da juíza Marixa Rodrigues é que o julgamento termine em três dias.
08:49 hs
Foi liberada a entrada de jornalistas ao plenário. Estudantes de direito também vão acompanhar o julgamento do goleiro Bruno.
08:57 hs
José Arteiro, assistente da acusação contratado pela família de Eliza, disse que Macarrão afirmou pessoalmente a ele que era “jagunço” de Bruno.
09:08 hs
Curiosos observam de fora a movimentação no fórum de Contagem (MG). A Justiça de Minas Gerais restringiu o acesso ao local e o júri popular de Bruno, por sua vez, será ainda mais restrito, sem a presença do público em geral. O plenário tem capacidade para 120 pessoas e já está inteiramente reservado para setores cadastrados.
09:11 hs
Segundo José Arteiro, o ex-policial Zezé seria mais perigoso que Bola. Ele teria levado Eliza junto com Gilson, primo do goleiro. Outro policial que está sendo investigado. Leia mais.
09:15 hs
Ao todo, o Ministério Público acusa nove pessoas de envolvimento no sequestro, cárcere, assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samudio. Um deles, menor de idade da época, cumpriu medida socioeducativa. Conheça todos os reús do caso.
09:32 hs
Desde que o desaparecimento e assassinato de Eliza Samudio começaram a ser investigados pela polícia mineira, em junho de 2010, mortes e atentados contra envolvidos no caso acirraram ainda mais a busca por culpados.
09:43 hs
Neste momento uma chamada é feita no plenário para verificar se todos os jurados convocados estão no plenário. Ao todo, 25 pessoas foram convocadas para o sorteio do júri. Apenas setes comporão o conselho de sentença.
09:47 hs
O promotor Henry Castro e o assistente da acusação José Arteiro já estão dentro do plenário. O júri estava marcado para começar às 9 h, mas já tem meia hora de atraso.
09:48 hs
De acordo com o Tribunal de Justiça, para o início do sorteio é necessário que pelo menos 15 jurados estejam no plenário.
Aqueles que não são escolhidos serão dispensados. Quem compõe o júri permanece incomunicável durante todo o julgamento. Também não é permitido conversar sobre o caso uns com os outros, sob risco de nulidade.
09:50 hs
Todos os jurados convocados estão presentes no plenário. 17 deles são mulheres e 8 são homens.
09:55 hs
Do lado de fora do fórum, um grupo de mulheres pede a punição dos responsáveis pelo assassinato de Eliza Samudio. Entre elas está a deputada federal Jô Moraes, que preside a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da violência contra a mulher
09:57 hs
O principal advogado do goleiro Bruno, Lúcio Adolfo da Silva, afirmou aos jornalistas que apesar de questionar a validade do julgamento diante das novas investigações e das páginas do processo que desapareceram, ele não pretende pedir nem anulação ou adiamento do júri.
10:03 hs
O Tribunal de Justiça de Minas corrigiu a informação sobre a convocação dos jurados. Dos 25 chamados, apenas 15 compareceram. Por conta disso, 10 suplentes foram convocados.
10:08 hs
A juíza Marixa Rodrigues abre tempo para acusação e defesa apresentarem as questões preliminares.
10:12 hs
Lúcio Adolfo da Silva, defensor de Bruno, diz que não vê motivo para que os jurados não tomem conhecimento de informações sobre a nova investigação feita pela polícia mineira.
10:14 hs
Lúcio Adolfo também citou o desaparecimento de peças do processo, o que prejudicaria, segundo ele, o andamento do julgamento.
10:28 hs
A juíza Marixa Rodrigues está analisando os pontos apresentados pela acusação e defesa.
10:32 hs
No tribunal do júri, o juiz coordena o julgamento e estabelece as penas de acordo com a decisão do conselho de sentença, formado por sete jurados. Caso os réus sejam considerados inocentes, ele os absolve e determina o alvará de soltura. Marixa Fabiana Rodrigues, 43, é juíza há 14 anos e acompanha o caso desde o início.
10:35 hs
Os sete jurados que irão compor o conselho de sentença ainda não foram sorteados. A juíza ouviu as questões preliminares e, agora, analisa cada uma delas.
10:38 hs
A estimativa do tribunal é que o júri se estenda até por volta das 19h de hoje, com pausa para almoço e lanche. Nos outros dias, será retomado às 9h. A juíza Marixa Rodrigues espera que o julgamento termine em três dias.
10:49 hs
O julgamento de Bruno começa com crime ainda em apuração. A polícia mineira admitiu na semana passada que há uma investigação em curso para averiguar a participação de ao menos outras duas pessoas no assassinato de Eliza, em 2010.
10:51 hs
A suspeita é a de que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar Eliza e esconder o corpo, não tenha agido sozinho. Assim, o resultado da investigação pode trazer novas informações sobre executores do crime e até mandante. Bola, que está preso, nega o homicídio.
10:55 hs
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é ex-policial civil e militar e já foi investigado por outros crimes. É apontado pela Promotoria como o autor direto do homicídio de Eliza Samudio.
10:57 hs
Durante o espaço dado pela juíza para a apresentação das questões preliminares, o advogado Ércio Quaresma, que defende Bola, tentou arrolar novas testemunhas no processo do caso Bruno. Ele também pediu à juíza que disponibilize para ele todos os vídeos e áudios existentes no processo. Nos dois casos, a juíza Marixa Rodrigues negou o pedido. Por conta disso, juíza e advogado discutiram no plenário.
11:15 hs
Bruno será julgado por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza. Já Dayanne responde às acusações de sequestro e cárcere privado.
11:24 hs
O assistente de acusação José Arteiro e o promotor Henry Castro conversam no plenário enquanto as questões preliminares são analisadas pela juíza.
11:41 hs
De acordo com a juíza, a defesa não foi cerceada porque cópias das mídias foram disponibilizadas. Segundo Marixa, os documentos estavam também presentes do fórum e disponíveis para consulta. O advogado de Bola, Ércio Quaresma, solicitou o acesso da documentação em áudio e vídeo.
11:51 hs
A juíza Marixa retoma os trabalhos começa a ler sua decisão sobre as questões preliminares apresentadas. Ela negou o pedido de retirada da certidão de óbito de Eliza Samudio, expedida no ano passado. Segundo ela, não cabe apelação já que não possui conteúdo de mérito no documento.
11:53 hs
Em instantes, o plenário será aberto para fotógrafos fazerem imagens do réu e do espaço.
11:57 hs
A juíza informou que três testemunhas arroladas pela defesa do goleiro Bruno não estão presentes do plenário. O advogado do jogador Lúcio Adolfo informou que concorda com a continuidade do da sessão, com o início do depoimento das testemunhas de acusação, na esperança que suas testemunhas cheguem no andamento do júri.
11:59 hs
Tem início o julgamento do goleiro Bruno Fernades de Souza e sua ex-mulher, Dayanne Souza. O sorteio dos jurados está acontecendo.
12:00 hs
Começa o julgamento do goleiro Bruno e de sua ex-mulher, Dayanne Souza.
12:01 hs
Tanto defesa como acusação podem dispensar três jurados dos que estão sendo sorteados.
12:08 hs
Foram escolhidos cinco mulheres e dois homens para compor o conselho de sentença.
12:09 hs
De acordo com o TJ-MG, três testemunhas ainda não compareceram ao plenário. São elas: Lucy Gama, testemunha arrolada pela defesa de Dayanne; Amir Borges Matos, testemunha de defesa de Bruno; e o primo do jogador, Jorge Luiz Rosa, arrolado pela defesa dos dois réus e pela acusação.
12:18 hs
A defesa do goleiro Bruno dispensou três das cinco testemunhas que arrolou para o julgamento. São elas: Célia Aparecida Rosa Sales, Maria de Fátima Ruas Souto dos Santos e Anastácio Martins Barbosa. As outras duas testemunhas do goleiro, Amir Borges Matos e Jorge Luiz Rosa, ainda não chegaram ao plenário.
12:19 hs
Já a defesa de Dayanne dispensou Saiver Júnior Calixto.
12:21 hs
Os pré-jurados estão saindo do plenário agora. Apenas os sete jurados que foram escolhidos ficam na sala do plenário.
12:26 hs
O plenário é aberto para fotógrafos fazerem imagens dos réus e do espaço. A juíza informou que, após a sessão de fotos, será feito um intervalo de uma hora.
12:36 hs
Quando os fotógrafos entraram no plenário para fazer imagens dos reús, o goleiro Bruno chorou e enxugou as lágrimas com um lenço de papel.
12:40 hs
O goleiro permaneceu na maior parte do tempo de cabeça baixa enquanto os fotógrafos faziam as imagens.
12:46 hs
O julgamento é interrompido. Será feito intervalo de uma hora de almoço.
14:07 hs
Na saída do fórum de Contam a mãe de Eliza Samudio, Sônia Fátima de Moura, disse não acreditar nas lágrimas do goleiro Bruno. Diante dos fotógrafos, o jogador enxugava os rosto com um lenço de papel.
14:10 hs
A delegada informou que as investigações chegaram na ex-mulher de Bruno, Dayanne, após denúncias anônimas que falava sobre o espancamento e morte de uma mulher. Com a denúncia, a polícia começou a investigar os fatos. A denúncia informou ainda que havia uma criança no caso e que ela poderia ser assassinada e que estava em poder de terceiros.
14:15 hs
No local também estaria Elenilson Vitor, réu no processo, que informou que não havia nenhuma criança de colo no local, criando um conflito de informações. Com isso, José Roberto e Elenilson foram convidados a ir até a delegacia para prestar esclarecimentos.
14:16 hs
A delegada, convocada pela Promotoria, é a primeira testemunha a ser ouvida hoje.Conheça todas as testemunhas do julgamento.
14:17 hs
A juíza pergunta se quando a delegada interrogou Jorge Luiz ele aparentava estar sob efeito de drogas. Ana Maria nega. Ela afirma que durante a interrogatório uma escrivã de Polícia Civil estava presente, além da assistente do centro de internação, Renata Garcia, e agentes socioeducativos.
14:21 hs
Dayanne foi até a delegacia acompanhada de Wemerson Marques de Souza, o Coxinha. Ele é amigo do jogador, também acusado de ser carcereiro de Eliza no tempo que ela passou no sítio.
14:22 hs
Em interrogatório feito a José Roberto, Dayanne, Elenilson e Wemerson constatou-se desencontro de informações.
14:23 hs
Diante das divergências, Wemerson resolveu contar sobre os fatos e confirmar a presença de Bruninho, filho de Eliza, no sítio. Ele também se dispôs levar a polícia ao local onde a criança estava.
14:26 hs
Segundo a delegada, ficou esclarecido em depoimento de Wemerson que a criança foi entregue a ele por uma mulher chamada Célia na BR-040. Dayanne estava no local no momento da entrega da criança.
14:27 hs
A criança foi deixada aos cuidados de uma namorada de Cleiton, amigo de Dayanne, e passou a ser chamada de Ryan Iuri.
14:29 hs
Após deslocamento da criança por várias casas de Belo Horizonte, o bebê foi encontrada pela polícia em poder de uma mulher chamada Geisla, segundo depoimento de Ana Maria à juíza Marixa.
14:31 hs
A criança teria ficado "sozinha" a partir do dia 10 de junho de 2010 até o dia 24 do mesmo mês, quando Bruninho foi encontrado. Após a polícia encontrar o bebê, Dayanne foi presa entre a noite do dia 24 e a madrugada do dia 25, em virtude dos fatos.
14:32 hs
A delegada responde agora às perguntas do promotor Henry Castro.
14:36 hs
O promotor Henry Castro pergunta se a criança foi encontrado em condições normais. Ana Maria nega e diz que foi encontrada com uma bolsa com poucos pertences, sendo necessário que a escrivã de polícia comprasse fraudas.
14:37 hs
Segunda Wemerson, Dayanne passou-lhe a criança para que ela fosse escondida devido a movimentação da polícia no sítio do goleiro Bruno. A intenção era não levar complicações a vida do jogador, segundo depoimento dado à delegada Ana Maria.
14:39 hs
Ana Maria informou diante do plenário que Dayanne tentou fazer contatos com Macarrão e Bruno na delegacia de polícia.
14:40 hs
Henry Castro pergunta à Ana Maria se Dayanne conseguiu fazer os contatos com Macarrão e Bruno. A delegada informou que não conseguiu falar com ambos porque eles passaram a não atender as ligações dela.
14:41 hs
O promotor perguntou quantos contatos a delegada fez com o então adolescente, Jorge Luiz Rosa. Segundo a acusação, ele está envolvido no desaparecimento e morte de Eliza.
14:42 hs
A delegada informou que a polícia recebeu um telefonema de Dayanne, ex-mulher de Bruno, dizendo que havia notícias de que ela havia sido assassinada, mas que não era verdade. Dayanne, então, foi convidada a comparecer na delegacia.
A delegada afirma que o primeiro contato com Jorge Luiz foi na Vara da Infância e Juventude de Contagem (MG), onde ela tinha ido buscar autorização judicial para ouvi-lo. Naquele dia, Jorge Luiz estava sendo ouvido pelo juiz.
14:46 hs
Ana Maria responde ao promotor Henry Castro que interrogou Jorge Luiz dois dias depois de vê-lo na Vara de Infância e Juventude. De acordo com a testemunha, o jovem não teria sido ouvido por outra autoridade em Minas, antes da oitiva do juiz.
14:52 hs
Na ocasião, Jorge teria dito à assistente social do centro de internação, Renata Garcia, que gostaria de continuar a responder às perguntas da delegada.
14:54 hs
A testemunha disse que sempre fazia intervalos quando Renata precisava se ausentar no local onde Jorge estava sendo interrogado, não dando prosseguimento aos depoimentos enquanto o jovem não estivesse devidamente acompanhado.
14:55 hs
De acordo com a delegada, o local indicado pela denúncia anônima era o sítio do goleiro Bruno. Uma criança de colo também teria sido vista. Ana Maria Santos ainda afirmou que o caseiro do imóvel, José Roberto, informou à polícia que havia mais de uma criança no sítio na época do crime.
15:00 hs
Segundo Ana Maria, Jorge Luiz disse que tinha perturbações com o crime e tinha visões noturnas sobre os fatos. Por isso, procurou um homem que tinha como tio, no Rio, para contar o que aconteceu.
15:02 hs
A testemunha disse que chegou no centro de internação provisória onde Jorge Luiz estava detido e aguardou cerca de duas horas até fazer as perguntas a ele. O interrogatório durou quase que o dia inteiro, afirmou Ana Maria. Ela informou ainda que houve as devidas paradas para as refeições.
Jorge disse à delegada que estava com a consciência pesada e que precisava esclarecer os fatos à polícia e à justiça. De acordo com Ana Maria, o jovem informou na ocasião que estava com muito medo.
15:03 hs
Segundo a testemunha, Jorge Luiz também tinha falado sobre o crime para o juiz da Vara da Infância e Juventude.
15:12 hs
Jorge contou à delegada que morava com sua mãe, chamada Simone, e que veio a ter problema após perder uma carga de drogas. Em razão disso, a mãe do jovem pagou a dívida do jovem, que girava em torno de R$ 650, e pediu pra ele sair de casa. Jorge ficou um tempo morando com um tio postiço e retornou a casa da mãe tempos depois.
Em relato à delegada, Jorge disse que percebeu, em seu retorno, que traficantes da região criaram desavenças com ele. Dessa forma, sua mãe quis retirá-lo de casa novamente. Simone, mãe do jovem, procurou o goleiro Bruno, que o acolheu em sua casa.
15:20 hs
Na casa de Bruno, Jorge teria ouvido uma conversa entre Eliza, Macarrão e Bruno. Ela reclamava de falta de dinheiro para sustentar o filho e dizia que Bruno estava se “achando Rogério Ceni”.
Macarrão, irritado, teria desligado o telefone na cara de Eliza e disse a Jorge que eles deveria resolver aquele problema.
15:22 hs
Macarrão então entrou em contato com Eliza e disse que a levaria ao encontro de Bruno, segundo depoimento do então adolescente à delegada Ana Maria.
15:32 hs
Quando Eliza entrou no carro, segundo depoimento de Jorge à testemunha ouvida hoje, ele saiu do porta-malas e disse a Eliza: “perdeu”. Eles. então, entraram em luta corporal e Jorge a agrediu com coronhadas na cabeça. A vítima teria tentado sair do carro
15:29 hs
Segundo a delegada, Jorge disse que Eliza ficou ferida na cabeça após as agressões e sangrou, deixando marcas no banco do passageiro do veículo onde estavam.
15:33 hs
Após perícia feita do carro usado para levar Eliza à casa de Bruno, foi constatado sangue de Eliza no veículo, que pertencia ao goleiro.
15:34 hs
Segundo orientação de Macarrão, Jorge teria que permanecer no porta-malas do carro junto com uma arma providenciada, enquanto ele buscava Eliza no hotel onde ela estava hospedada.
15:35 hs
Segundo depoimento de Jorge à delegada, Eliza ficou na casa do goleiro, no Recreio dos Bandeirantes (Rio de Janeiro), onde a presença do jogador foi aguardada para a "resolução do problema". Na ocasião a então namorada de Bruno, Fernanda Castro, foi chamada para cuidar do bebê de Eliza.
15 38 hs
Jorge disse que Bruno tomou conhecimento da presença de Eliza quando chegou em casa. Ela estava em um quarto separado, e Fernanda estava em outro cuidando da criança. Bruno então decidiu que todos iriam para Minas Gerais.
15:41 hs
Os cinco, com o bebê, se dividiram em dois carros. Fernanda e Bruno viajaram em uma BMW. Já Eliza, a criança, Jorge e Macarrão viajaram na Range Rover do goleiro. Jorge afirmou à delegada que os veículos viajaram juntos e tinham como destino final o sítio do jogador, na divisa de Esmeraldas e Contagem.
15:42 hs
O jovem informou a Ana Maria que, no sítio do goleiro, Eliza tinha movimentação restrita, embora não ficasse amarrada. De acordo com a delegada, Sérgio Rosa Sales, o Camelo, e Macarrão se dividiam na tarefa de vigiar a mulher.
15:44 hs
De acordo com o então adolescente Jorge Luiz Rosa, Bruno esteve no sítio. Em depoimento, o jovem afirmou à delegada que em alguns momentos vigiava Eliza no sítio, mas que não gostava da tarefa.
15:48 hs
O promotor pergunta à delegada como foram os últimos contatos de Jorge com Eliza Samudio. De acordo com depoimento de Jorge a Ana Maria, foi dito a vítima que ela seria levada a um apartamento onde moraria com o filho, como o prometido por Macarrão. Eliza foi colocada no carro conduzido por Macarrão.
15:53 hs
No carro, segundo informações de Jorge, estavam ele, Macarrão e Eliza com o bebê. Além deles, Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro, também estava no veículo.
15:50 hs
Antes da saída, Macarrão teria conversado por telefone com uma pessoa de apelido Nenem. Em determinado momento do percurso, Macarrão começou a seguir uma moto escura e chegaram na casa do condutor da motocicleta.
16:02 hs
A delegada não soube precisar o ponto onde Macarrão começou a seguir o motociclista. O promotor perguntou, então, se Jorge Luiz, primo do goleiro, tinha conhecimento do local onde Eliza teria sido deixada. A delegada informou que o primo de Bruno conseguiu apontar à polícia do Rio de Janeiro e de Minas o local onde a vítima teria sido deixada, a casa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também chamado de Nenem ou Paulista.
15:58 hs
Henry Castro pergunta se a delegada tomou conhecimento de que Jorge teve alguma reação anormal diante do reconhecimento do local onde Eliza teria sido morta. Ana Maria afirmou que ao aproximar da residência, o então adolescente foi ficando cada vez mais nervoso e fez xixi nas calças.
16:00 hs
Juíza Marixa chama atenção das pessoas que estão no plenário e diz que o depoimento de uma delegada não tem graça, após afirmar que está vendo muitos sorrisos no local.
Jorge teria relatado à delegada Ana Maria os últimos detalhes de vida de Eliza Samudio. Segundo a testemunha, todos ficaram dentro do veículo enquanto Macarrão teve uma conversa com o condutor do veículo.
16:03 hs
Jorge afirmou à testemunha que após a conversa com Macarrão, Bola se apresentou a Eliza como policial com o objetivo de tranquilizá-la. Bola teria pedido a Eliza para ficar de pé e estender as mãos para verificar se ela não era usuária de drogas. Em seguida, ele pediu que ela se colocasse de costas para ele. Eliza obedeceu a orientação, segundo depoimento de Jorge à delegada.
16:04 hs
Bola então começou a apalpar as costas de Eliza e passou o braço direito sob o pescoço dela, começando a asfixiá-la. Nesse momento, segundo a delegada, Bola pediu que Macarrão amarrasse as mãos de Eliza para frente, o que foi feito.
16:06 hs
Macarrão, então, passou a chutar Eliza nas pernas enquanto Bola asfixiava a vítima, de acordo com Jorge Luiz. O jovem narrou ainda a Ana Maria que Eliza agonizou até morrer.
16:11 hs
Bola orientou Macarrão e Jorge para que fossem saíssem da casa. Após cerca de uma hora, Bola voltou com um saco preto nas mãos e informou que lá estava o corpo de Eliza Samudio. De acordo com depoimento de Jorge à delegada, o autor direto do assassinato retirou um pedaço que seria uma das mãos da vítima e a lançou aos cães da residência.
Questionada pela promotoria se Jorge apresentava alguma reação ao contar os fatos à delegada, Ana Maria informou que o jovem estava muito emocionado com seu relato e que pareceu que "guardava o choro". A delegada informou que o depoimento de Jorge pareceu bastante sincero.
16:12 hs
Após a execução, Macarrão teria tido uma conversa com o executor e, depois, todos retornaram para o sítio do goleiro, exceto Eliza.
16:14 hs
Jorge disse à delegada que naquela mesma noite ele, Bruno, Sérgio e Macarrão colocaram fogo na mala vermelha de Eliza, com a ajuda de um maçarico.
16:21 hs
Bruno agiu com naturalidade em relação aos fatos que Macarrão teria lhe contado, segundo o que a testemunha diz ter ouvido do primo do goleiro, Jorge Luiz. Depois do crime, todos foram para o Rio de Janeiro com o time chamado 100%, onde estava marcada uma festa e uma partida de futebol nos dias seguintes.
16:20 hs
Jorge Luiz deu as características físicas do executor à delegada. Segundo o jovem, o indivíduo era "coroa, patolinha e dos cabelos grisalhos". Nesse momento, ele disse à delegada que aquele senhor não era negro, como havia dito em ocasião anterior. Outra característica apontada por Jorge é que o executor teria uma falha na arcada dentária.
16:22 hs
Durante depoimento de Jorge a Ana Maria, o jovem mostrou uma imagem de Bola, que confirmou ser o autor da execução de Eliza. "É esse aí, Deus me livre", disse. Esse seria o segundo momento que o então adolescente apertou o braço da delegada, demostrando emoção.
16:26 hs
Promotor e Lúcio Adolfo, advogado de Bruno, começaram a discutir no plenário. "O senhor me respeita senão o bicho vai pegar", disse Henry Castro. O início da discussão se deve por um conflito no depoimento da delegada Ana Maria, que disse que na ocasião do depoimento de Jorge, combinara com o jovem que as conversas continuariam no dia seguinte.
16:27 hs
A juíza Marixa pediu para Henry Castro e Lúcio Adolfo acalmarem os ânimos e deu um intervalo de cinco minutos para que os jurados pudessem beber água.
16:40 hs
A juíza Marixa Rodrigues quis saber se, durante seu depoimento à polícia, Jorge parecia estar pressionado. A delegada negou. "O Jorge estava muito à vontade, inclusive estava sentado de forma despojada na cadeira", disse.
16:42 hs
Segundo a delegada, uma assistente jurídica do centro de internação provisória acompanhou todo o depoimento do rapaz, que durou o dia todo. A assistente ainda questionou se Jorge queria parar de responder, mas ele disse que prosseguiria.
16:44 hs
Depoimento da delegada Ana Maria é retomado. Ela esclarece que Renata Garcia, assistente do centro de internação, indagou Jorge sobre a possibilidade de continuar o depoimento no dia seguinte, ele disse que sim.
16:46 hs
No dia seguinte, um advogado nomeado pela mãe de Jorge compareceu ao local onde o depoimento seria retomado. Ana Maria perguntou a Jorge se estava tudo bem, ele respondeu que estava, mas balançou a cabeça em sentido negativo, segundo a testemunha ouvida no plenário.
16:54 hs
O advogado nomeado pela mãe de Jorge disse à delegada que naquele dia ela não iria trabalhar. Ana Maria não entendeu e afirmou que o depoimento de Jorge do dia anterior seria lido para o jovem confirmar as informações. O advogado disse então que Jorge, naquele dia, não falaria nada.
16:59 hs
De acordo com a delegada, a partir daquele momento Jorge afirmou que só falaria em juízo.
16:53 hs
Ana Maria informou que apresentou a Jorge as perguntas que seriam feitas e ele repetia que só responderia em juízo. O jovem pediu para retornar ao quarto. A assistente do centro de internação, Renata Garcia, disse em outra ocasião à delegada que Jorge pediu para pedir desculpas a ela porque o advogado mandou ele ficar quieto.
17:02 hs
Ana Maria informa em plenário que foi investigada pela Corregedoria da Polícia Civil após ser acusada de que torturar a ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza. A corregedoria concluiu que as acusações eram falsas.
17:03 hs
A delegada Ana Maria informou no plenário que Dayanne afirmou que gostaria de colaborar com as investigações, trazer a verdade aos autos. Segundo a delegada, não houve nenhum constrangimento a Dayanne nem antes nem durante seu interrogatório.
17:06 hs
A testemunha da acusação a delegada Ana Maria Santos interrompe seu depoimento para ir ao banheiro.
17:07 hs
17:11 hs
A delegada Ana Maria continua com o depoimento no plenário do fórum de Contagem (MG)
17:14 hs
O assistente de acusação não vai fazer perguntas à delegada. O advogado do goleiro Lúcio Adolfo começa a fazer perguntas a Ana Maria.
17:16 hs
17:21 hs
Lúcio Adolfo pergunta qual a data específica do primeiro contato da delegada com Jorge Luiz, primo de Bruno. Ela diz não saber.
17:26 hs
17:28 hs
O advogado de Bruno faz perguntas sobre a rotina de trabalho da delegada Ana Maria e as característica dos local onde ela trabalha.
17:31 hs
Ana Maria informa que era comum testemunhas serem convidadas para presenciarem os depoimentos colhidos na delegacia onde Ana Maria trabalhava na época. Ela confirmou que houve ocasião que um funcionário da padaria próximo à delegacia foi chamado.
17:32 hs
Indagada sobre quem buscou os familiares da Dayanne para acompanhar os depoimentos dela na delegacia, Ana Maria disse que a mãe e filhas foram buscadas por uma policial civil em uma carro de polícia descaracterizado.
17:38 hs
Ana Maria afirmou que o depoimento de Dayanne na delegacia não foi filmado, mas que dentro do avião que transportou o goleiro Bruno houve uma gravação. Na ocasião, o jogador culpava Macarrão pelo desaparecimento de Eliza.
A delegada disse que sabe que um processo corre em virtude de uma filmagem feita no avião. Ela esclarece ainda que não é ré nem indicada no caso porque é inocente.
17:40 hs
As perguntas feitas por Lúcio Adolfo, advogado de Bruno, tentam desqualificar o depoimento da delegada Ana Maria.
17:42 hs
Uma nova investigação sigilosa conduzida pela polícia de Minas tenta ainda apura a participação de dois ex-policias no crime. São investigados José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, e Gilson Costa a pedido do promotor do caso, Henry Wagner Vasconcelos.
17:45 hs
A delegada Ana Maria informou no plenário que conheceu o ex-policial Zezé quando era estagiária. Ela disse que não conhecia nem Gilson nem Bola.
17:44 hs
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola também é ex-policial civil e militar e já foi investigado por outros crimes. É apontado como o autor direto do homicídio pela Promotoria.
17:50 hs
Questionada pela defesa de Bruno se a delegada tem conhecimento do envolvimento de Zezé e Gilson Costa no curso das investigações, Ana Maria disse que tem conhecimento Zezé foram feitas e o suspeito foi ouvido duas vezes.
17:52 hs
A delegada informa que é possível que o delegado Edson Moreira tenha acompanhado o depoimento do ex-policial José Lauriano de Assis Filho, o Zezé.
17:55 hs
Juíza interrompe o interrogatório da defesa de Bruno à delegada Ana Maria para ir ao banheiro.
18:06 hs
O depoimento é retomado.
18:13 hs
A defesa de Bruno perguntou se a Ana Maria se recorda do depoimento do ex-policial Zezé ao delegado Wagner Pinto, a delegada informou que Zezé figurou como investigado no inquérito policial, mas no encerramento das investigações não pode ser indiciado.
18:14 hs
Lúcio Adolfo pergunta porque Zezé não foi indiciado. Ana Maria respondeu que não havia elementos suficientes para o indiciamento do ex-policial.
18:15 hs
Seis dias depois, Zezé foi interrogado novamente. A defesa de Bruno perguntou então qual teria sido motivo, a delega informou que a autoridade policial entendeu ser necessário um novo interrogatório para esclarecer algum ponto não esclarecido.
18:16 hs
Ana Maria disse que atualmente não participa de nenhuma investigação envolvendo as pessoas citadas por Lúcio Adolfo em interrogatório.
18:17 hs
18:21 hs
Ana Maria diz que não é verdade a declaração de Jorge Luiz Rosa, primo de Bruno, de que ela o tenha pressionado para inventar qualquer história sob pena de ele pegar seis anos de prisão. Ela afirma que "nunca faria isso".
18:26 hs
Lúcio Adolfo, advogado do goleiro, pergunta se houve autorização do juiz para que a delegada fosse ao centro de internação onde Jorge Luiz estava detido, interrogar o então adolescente. Ana Maria confirma que foi autorizada.
18:27 hs
A defesa, então, questiona a existencia de um documento que autorizou a delegada Ana Maria para incluir aos autos do proceso. A juíza Marixa afirmou que irá analisar o pedido de Lúcio Adolfo.
18:28 hs
A delegada afirmou que tem a cópia do ofício que a autorizava a realizar o interrogatório ao então adolescente Jorge Luiz.
18:33 hs
Questionada por Lúcio Adolfo se ela estava presente quando Jorge Luiz disse que o executor de Eliza era negro, a delegada respondeu que não e que o jovem afirmou isso em oitiva no Rio de Janeiro.
18:40 hs
Lúcio Adolfo faz perguntas sobre o desaparecimento do bebê de Eliza Samudio à delegada Ana Maria.
18:46 hs
A desefa de Bruno pergunta se Ana Maria sabe se a delegada Alessandra tomou connhecimento sobre a morte de Eliza Samudio através de denúncia anônima, ela afirma que sim. Ana Maria disse que leu a denúncia anônima, que consta nos autos do processo.
18:49 hs
Indagada por que a denúncia anônima que consta nos autos possuí data posterior ao ofício da dra. Alessandra ao Rio de Janeiro, dando início ao desaparecimento de Eliza, Ana Maria respondeu que antes da denúncia formalizada já havia recebido uma outra por telefone.
18:53 hs
Ana Maria disse que as declarações do então adolescente Jorge Luiz, primo de Bruno, lhe pareceram sinceras. Posteriormente, um médico legista confirmou que as declarações do jovem sobre a narrativa do exato momento em que Eliza Samudio foi assassinada correspondiam com as informações científicas.
18:58 hs
Segundo a testemunha, Jorge Luiz não informou se era usuário de drogas. Lúcio Adolfo havia perguntado sobre o envolvimento do então adolescente com drogas.
19:00 hs
A juíza Marixa Rodrigues pergunta se os jurados querem fazer alguma pergunta à testemunha Ana Maria.
19:10 hs
Em alguns minutos a juíza deve encerrar o primeiro dia de julgamento. Outras três testemunhas ainda deverão ser ouvidas no plenário amanhã.
19:20 hs
Marixa Rodrigues encerra o primeiro dia do julgamento do goleiro Bruno e sua ex-mulher, Dayanne. Amanhã o júri será retomado às 9h.
19:53 hs
Encerramos por hoje a cobertura do julgamento do goleiro Bruno e sua ex-mulher, Dayanne.
Final do dia 04/03/2013.
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