Prisão de idosa "no lugar" de neto revolta e comove Ouro Fino
Os desdobramentos do tiro acidental que feriu um adolescente na semana passada revoltam moradores de Ouro Fino, no Sul de Minas. Eles se mobilizam pelas redes sociais para pedir a liberdade da avó e do pai do garoto que fez o disparo.
O menor foi solto, mas a idosa de 73 anos e o filho dela estão na cadeia há nove dias, sob a alegação de que instigaram o jovem a usar armas de fogo e a agir com violência.
O caso gera grande repercussão na cidade de 33 mil habitantes. Na quarta-feira (131113), um grupo articulava a manifestação em frente ao fórum, mas a data não está certa.
Parte dos moradores considera que as prisões, pedidas pelo Ministério Público Estadual e determinadas pelo juiz João Cláudio Teodoro, foram um “exagero”.
O advogado Otávio Miranda Junqueira não representa a família, mas explica que a punição máxima por porte ilegal de arma é de três anos, pena que, em geral, é convertida para a prestação de serviços comunitários.
“Eles não iriam presos nem se fossem condenados.
Então, o que justifica a prisão cautelar?”,
indaga.
“O pai não estava no local nem era dono da arma. A avó teria permitido que o neto pegasse o revólver, e é compreensível que pague por isso na forma de fiança, que responda a um processo, mas ser mantida com bandidos numa cela é um exagero”.
A comoção dos moradores está interferindo até no trabalho da polícia, diz o delegado Waldir Jorge Pelarico.
“Há muita gente procurando a delegacia preocupada com o caso”.
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