Café do Cerrado mineiro recebe registro inédito no país
Rio de Janeiro - O Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, concedeu ao café do Cerrado mineiro o primeiro Registro de Denominação de Origem - DO, do grão, no país. O café nacional já tem quatro Indicações de Procedência - IP, mas esse novo registro é o primeiro que prova o vínculo do café com o meio ambiente.
Tanto o DO como o IP são indicações geográficas. Elas se referem a produtos ou serviços que tenham uma origem geográfica específica. O registro reconhece reputação, qualidades e características que estão vinculadas ao local. Uma indicação geográfica comunica ao mundo que uma determinada região se especializou e tem capacidade de produzir um artigo diferenciado e de excelência, informou o INPI.
De acordo com o instituto, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o registro de denominação de origem “evidencia o alto padrão alcançado pela cafeicultura nacional”, na medida em que “reconhece as qualidades e características distintas do produto, resultado da influência do meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos”.
A região do Cerrado Mineiro possui cerca de 3,5 mil produtores e uma área de 147 mil hectares, distribuídos por 55 municípios localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e noroeste de Minas, (Unaí) que apresentam um padrão climático uniforme, com verões quentes e úmidos e invernos amenos e secos. Isso permite a produção de cafés de reconhecida qualidade.
Atendendo ao regulamento de uso da DO, as variedades utilizadas são, obrigatoriamente, da espécie Coffea arabica, informou a assessoria de imprensa do INPI.
Em 2005, a região do Cerrado mineiro foi reconhecida como Indicação de Procedência - IP. Esse é o segundo Registro de Indicação Geográfica - IG brasileira concedido pelo órgão. O primeiro foi para os vinhos do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul.