Manifestantes pedem agilidade no julgamento da chacina de Unaí - MG
Depois de 10 anos, dos nove acusados, cinco ainda não foram julgados.
Manifestantes criticam a demora para a conclusão do caso.
Manifestantes estiveram em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília, para cobrar mais agilidade no julgamento dos envolvidos na Chacina de Unaí-MG, em Minas Gerais. Eles soltaram 10 mil balões pretos, representando o luto de parentes e amigos das vítimas, e criticaram a demora para a conclusão do caso.
Em janeiro de 2004, os auditores fiscais Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves foram mortos durante a investigação de denúncias de trabalho escravo nas lavouras da região. Eles foram vítimas de uma emboscada junto com Aílton Pereira de Oliveira, motorista do Ministério do Trabalho.
Nove pessoas são acusadas de participar do crime, sendo que uma delas morreu antes de ser julgada. Três foram condenadas em agosto do ano passado por um júri popular em Belo Horizonte por terem participado da execução dos servidores.
Outros cinco envolvidos aguardam decisão do Supremo Tribunal Federal sobre onde serão julgados. Entre eles estão os irmãos Norberto e Antério Mânica, fazendeiros em Unaí, acusados de terem encomendado a morte dos servidores públicos. O fazendeiro Antério Mânica chegou a ser eleito prefeito do município enquanto ainda estava preso.
O Supremo Tribunal Federal deve decidir se o julgamento dos últimos acusados será realizado em Belo Horizonte ou em Unaí, como pede a defesa dos réus. Os ministros do Supremo estão em férias e só devem voltar ao trabalho na semana que vem.