Ele riu após alegar que agiu em legítima defesa; polícia contesta versão
Gerente de loja foi morto com três tiros; dois comparsas dele são procurados
Um homem de 26 anos foi preso suspeito de matar o gerente de uma loja de móveis, Valdeir Elias Machado, de 65 anos, e, em seguida, roubar o comércio, em Cristalina, no Entorno do Distrito Federal. Em um vídeo feito pela Polícia Civil, Bruno Caldas Souto sorri ao ser interrogado sobre o caso. Segundo a corporação, a risada ocorreu após o suspeito dizer que agiu em legítima defesa.
De acordo com o delegado regional do Entorno Sul, Rodrigo Mendes, a alegação do suspeito não tem nenhum fundamento. "Quem pratica um crime, não pode dizer nunca que está agindo em legítima defesa. A ação, nesse caso, é completamente ilegítima", disse
O crime ocorreu em 23 de junho deste ano. Conforme Mendes, Bruno contou com a ajuda de dois comparsas, de 22 e 30 anos, que estão foragidos. O suspeito foi detido na última sexta-feira (151113), em Paracatu-MG. "Os dois estão com prisão decretada pelo Poder Judiciário. Pedimos a colaboração de todos os cidadãos para saber o paradeiro dos dois", pediu o delegado.
Os três suspeitos se conheceram em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. Para a polícia, o homem mais velho foi o mentor do crime, pois já havia trabalhado na loja e sabia onde ficava o cofre.
LATROCÍNIO
Segundo Mendes, Bruno e mais um colega entraram na loja enquanto o terceiro envolvido dava cobertura do lado de fora.
Câmeras de segurança flagraram a fuga.
Dentro do estabelecimento, os suspeitos roubaram dinheiro do comércio e pertences dos funcionários.
A vítima tentou subir para o segundo andar e foi perseguida por Bruno.
Eles entraram em luta corporal e Valdeir foi atingido por três tiros.
A ação durou cerca de quatro minutos.
Depois, é possível ver nas imagens que os dois comparsas de Bruno roubaram o carro de Valdeir e fugiram. Eles quase bateram em outro veículo durante a fuga.
Logo em seguida, Bruno aparece correndo pela calçada. A polícia informou que ele pegou um moto-táxi e, depois, fugiu a pé.
Bruno e os comparsas devem ser indiciados por latrocínio.
Caso sejam condenados, podem ficar até 30 anos presos.