Proposta sobre Direitos das Crianças trata de identidade de gênero e orientação sexual
O Brasil tem um histórico em seu poder legislativo de incluir “jabutis” em determinadas legislações. O termo é usado para caracterizar a inclusão de emendas parlamentares que não tenham pertinência temática com o assunto proposto.
Nesta terça (151209), durante a reunião deliberativa ordinária da Comissão para Relações Exteriores e de Defesa Nacional, um trecho do debate gerou mais uma polêmica entre o deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ) e Jean Wyllys (PSOL/RJ).
Como é sua característica, Wyllys fez um discurso inflamado defendendo as “posições de direito” das crianças, ressaltando a identificação da “identidade de gênero” e “orientação sexual”. Os termos são bem conhecidos dos movimentos LGBT, os quais defendem que a suposta escolha de um novo nome ou sexo pode ser feita a qualquer momento. Ou seja, um menino pode se “descobrir” menina ou vice-versa mesmo em tenra idade.
Acabado sua defesa desse pensamento, Jean Wyllys levantou-se e foi embora, pois em seguida discursaria o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC/SP), seu desafeto. Com um sorriso irônico, abandonava a sessão, quando foi chamado de “moleque” por Jair Bolsonaro. Esse trecho circula nas redes como uma suposta “agressão” a Wyllys e demonstração de intolerância.
Contudo, Jair Bolsonaro usou seu perfil no Facebook para mostrar o contexto que a situação se desenrolou e fazer uma denúncia. Afirmou que a atitude de Wyllys “da minha parte, recebeu o merecido tratamento”.
O que Jean Wyllys fez foi “representar” a presidente da República. Bolsonaro explicou que o governo federal está fazendo um “lobby da pedofilia”, chamando isso de “direitos superiores da criança”. A denúncia do deputado do PP é que foi enviada a mensagem 164/15 do Poder Executivo, pedindo a aprovação do chamado “Protocolo Sobre Direitos das Crianças”.
Relatou ainda que, graças a um pedido de vistas do deputado Major Rocha (PSDB/AC), a pauta está paralisada. Para Jair Bolsonaro, “as criancinhas livraram-se, momentaneamente, de decidirem sobre sua vida sexual (homo ou hétero), independente da vontade ou conhecimento dos seus pais”.
Espantosamente, a relatora é a deputada Benedita da Silva (PT/RJ), que se diz evangélica e até o momento não se manifestou contrária.
A denúncia é grave, mas não obteve nenhum destaque da mídia secular, que como de costume, ignora as imposições da agenda LGBT – isso quando não a defende.