A figura de uma mulher que é encontrada em todas as cédulas de real continua sendo uma incógnita para grande parte das pessoas, mesmo com o dinheiro fazendo parte da rotina de todos.
A explicação oficial do Banco Central do Brasil parece não convencer muito. O Banco diz que a mulher é uma efígie simbólica. Isso quer dizer que se trata apenas uma ilustração para representar a República.
O pintor romancista francês, Eugène Delacroix, tomou como inspiração a imagem original para a realização do quadro “A Liberdade Guiando o Povo”, representando a “Liberdade” como uma mulher. Por conta disso a imagem de República quase sempre é representada por uma figura feminina com um tipo de touca vermelha. Chamada de barrete, a peça foi adotada como uniforme na França, durante a tomada da Bastilha pelos republicanos.
Porém, além de ser uma representação da Liberdade, a figura que Delacroix pintou também faz alusão à República da França e à Marianne – uma das figuras que simbolizam a maçonaria, uma sociedade secreta “fraternal” que participou ativamente da Revolução Francesa. Tanto que o lema da Revolução é o mesmo lema dos maçons: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”. A população francesa buscaria os três princípios para derrotar o regime monarquista, adotando o símbolo feminino de Marianne.
Até os dias atuais, a “Senhora da Liberdade” é representada em diversos locais da França, principalmente em edifícios públicos, contendo o lema da revolução. Tal símbolo acabou se popularizando em todo o ocidente como a representação da “República”. Nos templos maçônicos da França, é obrigatório que existam bustos de Marianne, juntamente com outros símbolos da sociedade.
O maior exemplo da representatividade simbólica da Liberdade está no mais famoso presente que a França já deu a outra nação. Trata-se da Estátua da Liberdade, feita pelo escultor francês Frédréric Auguste Bartholdi, localizada em Nova Iorque, nos EUA. O presente foi entregue quando o país comemorava 100 anos de sua independência. De acordo com o blog “No Esquadro”, o escultor era maçom e poderia ter esculpido uma versão de Marianne de acordo com os princípios representativos de sua sociedade.
A semelhança da imagem presente no real com Marianne é facilmente notada. Além disso, na cédula de 1 (um) dólar americano, é possível enxergar, na face anterior, o mais famoso símbolo maçônico, denominado de “o olho que tudo vê”, mostrando que o mercado financeiro parece ter se rendido à maçonaria há muito tempo.