Em 11 anos, casos pularam de 52 para 60,
aponta o levantamento.
Dados foram calculados com base
em estatísticas do Ministério da Saúde.
Dados do Atlas da Violência 2016 divulgado nesta Terça-feira (160322) mostram que o número de feminicídios no Distrito Federal subiu 15,4% entre 2004 e 2014.
O levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA aponta que o número de homicídio de mulheres passou de 52 casos para 60 em 11 anos.
O estudo é baseado em estatísticas do Ministério da Saúde, que compilou mortes causadas por agressão a mulheres. Entre 2013 e 2014, o número passou de 78 para 60 – queda de 23,1%. O ano com maior incidência de casos do tipo foi em 2011, quando 79 mulheres morreram agredidas.
Neste mês, dois casos de feminicídio no DF ganharam destaque.
Em 10 de março, a estudante de biologia da Universidade de Brasília - UnB Louise Ribeiro foi assassinada pelo ex-namorado – outro aluno da instituição – após ser dopada com clorofórmio.
Segundo a Polícia Civil, a jovem morreu após ser forçada a ingerir o tóxico dentro do laboratório do curso.
Dois dias depois, um homem de 23 anos matou a ex-namorada, de 20, em Samambaia. Segundo a polícia, uma criança de 13 anos, primo da vítima, estava no local do crime, mas não sofreu ferimentos.
O jovem atirou na mulher com um revólver calibre 38 no banheiro da casa dela, segundo a polícia. Depois, ele teria cometido suicídio.
A Secretaria de Segurança Pública não informou o número de casos de homicídios de mulheres no DF. Quanto aos dados gerais, o DF registrou 946 homicídios em 2014, de acordo com o IPEA.
É um aumento de 16,1% em comparação com o resultado de 2004 (815 homicídios). De 2013 a 2014, o crescimento foi de 2,6%.
Pelos dados da SSP, as ocorrências de homicídio totais caíram 11,4% de 2014 para 2015 (de 693 para 614 casos), sendo que o índice de homicídios por grupo de 100 mil habitantes foi de 21,5 homicídios para cada grupo de 100 mil pessoas – menor patamar dos últimos 22 anos.
A pasta disse que os números da secretaria divergem dos apresentados pelo IPEA por conta da metodologia usada. “Os dados da SSP são compilados a partir das ocorrências registradas nas delegacias de Polícia do Distrito Federal. Já os dados do Atlas são recolhidos a partir do Sistema de Informação do Ministério da Saúde, que é alimentado pelos hospitais”, informou.
A pasta disse que os dados fornecidos pelas delegacias é melhor para ser usado porque levam em conta o local onde o fato criminosos ocorreu.
“Já os dados alimentados pelos hospitais incluem crimes que aconteceram fora desta unidade da federação, mas que as vítimas foram trazidas ainda com vida para serem tratadas aqui”
Afirmou.
“A proximidade com o Entorno e a própria dependência dos estados vizinhos em relação à rede de tratamento de saúde do DF fazem com que os dados do Atlas sejam maiores do que os da SSP.”
Negros
Ainda de acordo com o estudo do IPEA, a cada 4,62 negros assassinados, um branco é morto no DF. Em 2014, a taxa de homicídios era de 48,8 mortes para cada 100 mil moradores negros. Isso representa queda de 7,6% entre 2004 e 2014.
No país, o estado com maior taxa é Alagoas, com 82,5 mortes para cada 100 mil habitantes negros dois anos atrás.
Com Informações de: G1.
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