Janine Damasceno Lima, 33 anos, sofreu um corte profundo no braço.
Ela se recusou a pagar R$5,00 cobrados por um guardador credenciado.
Uma mulher foi agredida por um guardador de carros de 72 anos na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte-MG, na noite deste Sábado (140423), após se recusar a pagar adiantado pela vaga de estacionamento.
Ela sofreu um corte profundo no braço feito por uma espátula.
De acordo com a ocorrência policial, Janine Damasceno Lima, de 33 anos, estava estacionando o carro na Savassi quando foi abordada pelo flanelinha.
O homem que estava com o colete de credenciamento da Prefeitura da capital, disse que ela deveria pagar R$5,00 para estacionar naquele local.
Janine, que estava acompanhada da filha de dois anos e da afilhada, de 11 anos, se recusou a dar o dinheiro exigido.
Neste momento, ainda segundo a descrição da ocorrência, o flanelinha começou a bater com a mão contra o vidro traseiro do carro.
A mulher relatou à polícia que disse
“você não tem respeito por ninguém, respeite minha filha de dois anos que está chorando aqui dentro do veículo”.
O flanelinha a ameaçou, dizendo “quando você voltar, os quatro pneus do seu carro vão estar vazios”.
Janine contou que, depois disso, e mesmo com medo, disse que o denunciaria para a prefeitura.
Neste momento, uma amiga que a acompanhava percebeu que ele tirou a espátula de uma bolsa e puxou a vítima, mas não conseguiu impedir que o flanelinha a cortasse no braço.
O senhor foi contido por pessoas que acompanharam a confusão e levado pela polícia para o uma Unidade de Pronto-Atendimento porque disse que estava passando mal.
A mulher foi socorrida para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde levou 11 pontos no braço. Depois, os dois foram levados para a Central de Flagrantes - CEFLAN, onde foi feita a ocorrência.
A Polícia Civil informou às 16:00 horas que o flanelinha foi autuado em flagrante por extorsão e levado preso para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional - CERESP Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte.
Ao G1, Janine disse
“eu estou abismada.
Não sei bem explicar.
Como o mundo está tão virado,
e a impunidade é tão grande, isso virou normal.
Notícia deste tipo a gente vê todos os dias”
Questionada sobre qual era o sentimento após a agressão, ela respondeu que “além de indignação, não tem nenhum não. Surpresa eu não estou”.
Flagrantes
O MGTV 2ª Edição exibiu, no dia 19 de abril, uma reportagem especial que denunciou a ação de flanelinhas clandestinos e credenciados em Belo Horizonte.
(Veja no vídeo AQUI)
Eles chegam a cobrar preços fixos por mês. E garantem que mantém a fiscalização da prefeitura e da Empresa de Transportes e Trânsito da capital (BHTrans) longe, mesmo desrespeitando leis de trânsito.
O Código de Posturas de Belo Horizonte proíbe a ação de flanelinhas nas ruas da capital.
Já o trabalho do lavador e dos guardadores de carros é permitido.
O lavador pode combinar um valor com o cliente pelo serviço.
Já o guardador credenciado, que é o caso do senhor envolvido na agressão, recebe doações voluntárias, ou seja, o motorista decide se vai pagar e quanto vai pagar.
O cidadão pode denunciar a ação dos flanelinhas no Site da Ouvidoria da Prefeitura em Belo Horizonte-MG.
Com Informações de; G1.
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