Braço mecânico montado em Divinópolis 
vai aplicar radiação em células.
Técnica evita contaminação de tecidos sadios; 
grupo da UFMG participa.
              Pesquisadores do Centro Federal de Educação Tecnológica - CEFET em Divinópolis-MG desenvolvem um robô capaz de aplicar doses de radiação em pacientes com câncer de próstata sem o risco de afetar tecidos sadios do corpo. 
              Os testes em vidro, fora de sistemas vivos, devem começar em um mês e depois será a vez de testar o recurso em coelhos.
              De acordo com o coordenador do projeto, Renato de Sousa Dâmaso, o uso da robótica na aplicação de partículas é comum no JAPÃO, mas ainda pouco explorado no Brasil. 
              Ainda não há prazo para aplicação em humanos. 
              O estudo é desenvolvido em parceria com o Grupo de Aplicações das Radiações em Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.
              O "manipulador robótico", como o equipamento é chamado pelos cientistas, é um braço mecânico industrial que pode ser comandado à distância. 
              Ele é capaz de implantar, na próstata do paciente, 32 pequenas fontes de radiação chamadas de "sementes". Elas conseguem matar as células cancerígenas e poupar os tecidos sadios da exposição radioativa.
              A ferramenta é fabricada na ITÁLIA, tem um metro e 40 centímetros de altura e ainda está sendo montada. 
              Quando ficar pronta, permitirá o aumento da aplicação da radiação em até 20 vezes, o que deve melhorar o resultado da braquiterapia. 
"Isso é feito com cuidado suficiente para que a radiação da semente não atinja o robô e cause danos a ele"
              Acrescentou.
              Um artigo científico sobre o estudo deverá ser divulgado no Congresso Brasileiro de Automática, que será realizado de 3 a 7 de outubro em Vitória, no ESPÍRITO SANTO. 
              Ainda segundo o pesquisador, há também o intuito de usar o mesmo braço mecânico para a aplicação de agulhas em pacientes. 
"É uma prática ainda inédita no mundo"
              Ressaltou.
Custos
              O CEFET não informa o preço do braço robótico, mas garante que é baixo. 
              Renato Dâmaso contou que a próxima etapa do projeto foi orçada em R$120.000,00 mil e a equipe da UFMG já têm R$250.000,00 mil aprovados para investir nela.
              Os planos incluem a troca do equipamento industrial por outro que seja próprio para aplicação médica. 
"Vamos usar o modelo que temos para comprovarmos a nossa teoria e definir uma proposta de projeto 
que use um robô médico".
Participação da UFMG
              A UFMG participa do projeto na parte biológica, que inclui o acompanhamento do paciente. 
"O estudo sobre a aplicação das sementes de radiação no tratamento do câncer de próstata é desenvolvido na federal em Belo Horizonte há 15 anos, só que eles não constroem o robô. A parte mecatrônica é o que estamos fazendo aqui em Divinópolis. Essa parceria tem objetivo de que as duas instituições avancem em suas respectivas áreas de estudo"
              Disse.
              Para o coordenador do curso de Engenharia Mecatrônica do CEFET em Divinópolis-MG, Valter de Souza Leite, a parceria favorece a transferência de tecnologias da academia para o mercado. 
"Queremos envolver os estudantes nos processos de desenvolvimento de soluções. Enquanto constroem os dispositivos, os alunos ganham uma perspectiva sobre aspectos práticos do mundo do trabalho, como gestão de custos e eficiência. Além da formação de capital humano, isso garante o envolvimento do estudante 
com a indústria"
              Finalizou.
              Com Informações de: G1.
 




 
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