Trecho está bloqueado nos dois sentidos
da rodovia, conforme a MGO.
Manifestantes colocaram fogo em pneus;
PRF segue para o local.
Integrantes de vários movimentos sem-terra e sem-teto fecharam a BR-050 próximo ao assentamento do campus Glória, que pertence à Universidade Federal de Uberlândia - UFU, por volta das 8:00 horas desta Sexta-feira (160415).
Segundo as primeiras informações da Polícia Rodoviária Federal - PRF e da concessionária responsável pela rodovia, o local está bloqueado nos dois sentidos na altura do km 78, próximo à área ocupada, na saída para Uberaba-MG.
Os manifestantes queimaram alguns pneus.
De acordo com a assessoria de comunicação da MGO Rodovias, a concessionária está monitorando o protesto por meio do sistema de videomonitoramento e a PRF foi acionada e segue ao local neste momento.
Segundo o advogado da Pastoral da Terra, Igino Marcos, o movimento principal à frente da mobilização é o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, porém outros movimentos sociais se unem em várias reivindicações.
“É uma manifestação que acontece em vários locais do país. São sete movimentos unidos em prol da campanha Abril Vermelho, reforma agrária, pela democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma”
Disse.
Um grupo do movimento social que está acampado no campus Glória também está no trecho e pede pela resolução do impasse quanto à regularização da área ocupada, de acordo com Igino.
Invasão no campus
Atualmente, são mais de 15.000 mil pessoas vivendo na área que já conta com 2.350 moradias em 63 hectares de terreno localizado às margens da BR-050.
O local foi invadido no início de 2012 por famílias do Movimento Sem Teto do Brasil (MSTB). A estrutura residencial improvisada conta com numeração de casas, comércios instalados e área reservada a equipamentos públicos como escolas e unidade de saúde.
Reintegração X doação de área
A decisão de reintegração de posse da área foi reeditada no mês passado obrigando os órgãos envolvidos a cumprir as medidas necessárias.
O advogado da Pastoral da Terra, Igino Marcos, garantiu que a reintegração não seria necessária, uma vez que a negociação para a regularização da área está encaminhada e depende de doação da Fazenda Capim Branco.
Segundo ele, a União havia sinalizado que doaria o terreno Capim Branco para a universidade, orçado em R$42.000.000,00 milhões, com a condição de que a UFU desistisse da ação de reintegração e na sequência se promovesse um programa de regularização fundiária, onde as famílias pagariam R$60.000.000,00 milhões para a universidade e a Prefeitura cuja metade do valor iria para o Município investir na urbanização da área e os outros R$30.000.000,00 milhões seriam destinados à UFU a fim de a universidade dar seguimento ao projeto de extensão.
A previsão é de que todo esse processo de negociação do novo terreno fosse finalizado até o próximo mês. Nesta Quarta-feira (160414), famílias do MSTB protestaram no prédio da Reitoria da UFU.
Com Informações de: G1.
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