Casais venceram o tempo
e dificuldades em nome do amor.
No Brasil,
data tem relação com o dia do santo casamenteiro.
Milhares de histórias de amor estão espalhadas pelo mundo. Há quem não acredite que elas sejam verdadeiras, mas certamente existe quem as viva.
Para comemorar a data reservada a celebrar estas histórias, no Dia dos Namorados deste Domingo (160612) a redação do G1 descobriu como algumas delas começaram, vencendo a força do tempo e a preconceitos.
Se é para falar em bons começos, nada mais justo que explicar como o 12 de junho, um dia aparentemente comum, virou o mais romântico do ano.
No Brasil, a data tem relação com o dia de Santo Antônio.
Em suas pregações religiosas, o frei sempre destacava a importância do amor e do casamento, motivo pelo qual se tornou o “santo casamenteiro”.
Portanto, 12 de junho, por ser véspera do dia de Santo Antônio, se tornou o Dia dos Namorados.
Pesquisar sobre as origens da data é tarefa fácil, se comparado à tentativa de compreender como surge o amor entre os casais. O que se sabe, por unanimidade entre as histórias as quais tivemos acesso, é que, onde e quando menos se espera, a mágica acontece, os olhares se atraem e a vida muda.
Foi assim com a história da Ana Luísa Rodrigues e do namorado, Higor Viveiros.
Ainda no ensino médio, sem saber ao certo que profissão ia escolher, um professor revelou que sabia ler mãos e, a pedidos, leu a mão da Ana Luísa.
Ele contou a Ana que, no futuro, ela teria outro namorado que seguiria a mesma área de atuação que ela escolhesse.
“Eu já tinha um relacionamento de mais de três anos.
O professor de história disse, olhando para as linhas
da minha mão, que eu começaria um relacionamento
com outra pessoa e que ela me motivaria
a ser uma boa profissional e caminharia ao meu lado,
afirmando com muita propriedade que não seria
meu até então atual namorado”
Conta.
Ana Luísa se formou, começou a faculdade de arquitetura e o relacionamento adolescente definitivamente não durou. Em 2012, em uma festa junina tradicional de Montes Claros-MG, Ana descobriu que a teoria do professor poderia estar certa.
“Encontrei Higor naquele forró.
Estudávamos na mesma faculdade,
ele fazia engenharia, mas eu nunca o havia visto.
Conversamos um pouco, logo nos beijamos
e ele sumiu com minha blusa de frio.
A conversa teve que continuar no outro dia”
Afirma.
As redes sociais ajudaram a dar continuidade ao assunto, já que Higor mora na cidade de Buenópolis-MG.
Ele sugeriu um novo encontro para devolver a blusa de Ana. O encontro saiu e eles nunca mais se desgrudaram.
“Ele logo quis que eu fosse conhecer a família dele.
Tive um pouco de medo, esperamos um tempo,
mas depois de uns meses já estávamos namorando.
Estamos juntos há quase três anos.
Quando penso na nossa história,
acho que tinha mesmo que acontecer”
Diz Ana Luísa.
Encontros casuais
Com a Daniela Souza e o esposo dela, Fábio Daniel Souza, a história foi ainda mais inusitada.
Tudo isso porque eles não se encontraram em festas, praças ou na fila do pão.
Eles se conheceram em 2013, dentro de um hospital de Montes Claros-MG, quando o Fábio se recuperava de um acidente e a Daniela cuidava do pai, que estava doente.
Daniela conta que os olhares se cruzaram nos corredores e logo nas primeiras conversas ela sabia que era algo muito especial.
“Meu pai estava no hospital e meu [futuro] esposo também estava lá, se recuperando de um acidente.
Quando o via passar na frente do quarto do meu pai,
eu sempre sentia uma coisa estranha.
Mas eu nunca havia visto aquele rapaz.
Então, um dia fui levar meu pai para dar uma voltinha
na área de lazer do hospital
quando vi o Fábio conversando com outra moça”
Relembra.
Ela afirma ter sentido ciúmes antes mesmo de conhecê-lo, mas achava estranho o sentimento repentino.
“Não entendi o porquê de ter ciúmes
de uma pessoa que eu nunca tinha visto.
Um dia depois, nos encontramos no mesmo lugar,
mas ele estava sozinho.
Procurei saber como ele tinha se acidentado,
trocamos mais alguns olhares e,
antes de receber alta, ele pediu meu telefone”
Conta.
O pai da Daniela teve alta em abril daquele ano e as ligações e mensagens não pararam mais.
“Nós conversávamos todos os dias pelo telefone.
Em maio, convidei o Fábio
para conhecer a fazenda onde meus pais moram,
na zona rural de Montes Claros,
ele aceitou o convite.
Em julho resolvemos que iríamos morar juntos.
Um ano depois tivemos nosso filho
e continuamos muito felizes.
É a família que eu sempre quis para mim”
Conclui Daniela.
Encontrar um grande amor é realmente algo que pode ocorrer nas situações menos esperadas e também nos momentos mais diversos da nossa vida.
Para a Idaiane Dias, a grande sorte está mesmo é nos pagodes. Ela viu a vida mudar depois de encontrar e reencontrar, dois anos depois, o amor da vida dela em pagodes diferentes e em bairros diferentes de Montes Claros.
Tudo começou no Major Prates-MG, em 2012. A Idaiane foi convidada para um pagode, onde foi com uma amiga. Lá ela conheceu o Charles Henriqui Campos.
Eles trocaram olhares, trocaram telefones e combinaram que sairiam depois.
“No dia do pagode não conseguimos sair.
Dissemos que marcaríamos depois.
Um dia deu certo.
Saímos, nos beijamos, mas ele disse que não queria compromisso sério e eu aceitei.
Fomos levando o relacionamento.
Ficamos por um tempo juntos,
mas não conseguíamos nos entender.
Brigamos e decidimos que não nos veríamos mais”
Lembra Idaiane.
Ela conta que sofreu muito, teve depressão, chegou a perder mais de 15 kg; até decidiu mudar de cidade para tentar se recuperar das cicatrizes.
“Fui morar em Brasília-DF.
Fiquei na cidade por mais de dois anos,
cuidando da minha vida,
mas alguma coisa me dizia
que meu lugar era em Montes Claros”
Afirma.
Idaiane voltou ao Norte de Minas, tentou outros relacionamentos que não deram certo, até que o convite de uma amiga trouxe um grande amor de volta.
Alguém se arrisca a sugerir uma trilha sonora para o reencontro da Idaiane com o Charles?
Claro que foi mais um pagode!
“Eu não estava animada para sair.
Assim que cheguei ao evento e vi que ele estava lá,
fiquei muito assustada.
Ele me chamou para tomar uma cerveja,
pediu meu telefone, mas resolvi não passar,
com medo de que o passado se repetisse.
Peguei o número dele e prometi que,
quando desse vontade, eu ligaria”
Conta.
E a Idaiane ligou! O Charles a pediu em namoro, ela aceitou e estão juntos até hoje.
“Tenho certeza de que foi a força do destino que nos uniu.
Depois de tanto tempo, termos no reencontrado,
é algo muito raro e bonito.
Hoje sei que ele é perfeito para mim
e espero fazê-lo muito feliz”
Se declara.
As histórias da Idaiane, Daniela e Ana têm em comum a crença no amor, que enfrenta as dificuldades, que suporta as crises, que resiste a preconceitos.
Em tempos de intolerância, de agressões gratuitas e falta de compaixão, amar alguém é uma revolução grande e verdadeira.
Com Informações de: G1.
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