O Caso da Morte do menino Joaquim Pontes
Passo-a-passo
VIII
Ribeirão Preto - 131110
Desaparecimento do menino Joaquim completa 5 dias sem novos indícios
Criança sumiu de dentro de casa na terça-feira (131105)
em Ribeirão Preto-SP
Polícia investiga envolvimento de mãe e padrasto e procura novas provas.
Cartazes de Arthur Paes em frente à DIG pedem justiça por Joaquim.
O desaparecimento do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, completou cinco dias neste domingo (131110), desde que a mãe, Natália Mingoni Ponte e o padrasto, Guilherme Raymo Longo, confirmaram o sumiço da criança de dentro da casa da família em Ribeirão Preto-SP. A Polícia Civil solicitou o rastreamento das ligações telefônicas do casal e de familiares próximos da criança e deve ouvir profissionais do colégio onde Joaquim estudava, para buscar indícios que ajudem a solucionar o caso. Tanto a polícia quanto o Ministério Público descartam a possibilidade de encontrar Joaquim com vida.
A polícia realizou diligências pela cidade neste sábado (131109) e o pai do menino, o produtor de eventos Arthur Pontes, esteve na Delegacia de Investigações Gerais - DIG, mas nenhum novo indício foi confirmado. Paes, que já havia afixado cartazes de apelo em frente à DIG, continuou distribuindo panfletos com a foto de Joaquim pelas ruas na esperança de encontrar o menino.
Denúncias
De acordo com o tenente Antônio Gustavo Ribeiro, a maioria das denúncias que a polícia tem recebido por telefone é falsa ou não tem nenhuma comprovação, o que acaba atrapalhando as investigações sobre o paradeiro de Joaquim. Os policiais precisam atender e apurar cada um dos chamados.
“As denúncias que estão chegando pelo telefone 190
não têm confirmações substanciais.
As pessoas têm que ter certeza das informações,
porque nós vamos gerar a ocorrência
e deslocar uma viatura até o local da ocorrência”,
explicou.
Prisão
Na próxima segunda-feira (131111), o delegado da DIG responsável pelo caso, Paulo Henrique Martins de Castro, e o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino devem novamente requerer a prisão temporária do casal, depois que o primeiro pedido foi negado pela Justiça.
"Já concordamos que são necessários novos elementos
para renovar esse pedido de prisão temporária.
Só iremos renovar com novos elementos de investigação.
É nesse sentido que polícia e MP estão trabalhando",
disse Nicolino, na sexta-feira.
A Polícia Civil também pediu o rastreamento das ligações telefônicas feitas pelo casal e de alguns parentes próximos com o objetivo de encontrar novas informações sobre o desaparecimento da criança. Também serão ouvidos os profissionais que trabalham na escola em que Joaquim Ponte Marques estava matriculado. O menino não frequentava a escola havia uma semana, segundo a assessora de direção do Colégio Lacordaire.
"Vamos averiguar como essa criança se comportava na escola,
como ela se referia ao relacionamento com o padrasto
e com a mãe. O objetivo é identificar
se houve alguma ligação naquela madrugada.
Vamos partir desse ponto para ver
com quem essas pessoas mantiveram contato
para poder avançar nas investigações",
explicou o promotor.
Desaparecimento
Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu na madrugada de terça-feira (131105), de dentro da casa onde mora com a mãe e com o padrasto no bairro Jardim Independência. Em depoimento à polícia, Natália afirmou que notou a ausência do filho pela manhã, ao procurá-lo no quarto, por volta de 7 hs, para aplicar uma dose de insulina, já que o menino é diabético.
Segundo a mãe, as janelas da casa têm grades, o portão estava trancado, mas a porta da sala estava aberta. Natália afirmou que o atual marido é usuário de drogas e que teria sido ele o último a ter contato com o garoto, ao colocá-lo para dormir, por volta de meia-noite.
Longo, que admitiu ser dependente químico, contou que nas últimas semanas teve uma recaída e que chegou a sair de casa na madrugada em que Joaquim desapareceu para ir atrás de drogas. Ele disse que deixou a porta aberta ao sair, mas que voltou rápido porque não encontrou o que procurava. O padrasto, que teve a prisão temporária pedida junto com a mãe pelo delegado, negou que a dependência pudesse oferecer riscos ao menino e às outras pessoas com quem convive.
O tio de Joaquim, Flávio Paes, que desde terça-feira acompanha os trabalhos da polícia ao lado do irmão Arthur em Ribeirão Preto, afirmou que o casal trata o desaparecimento com descaso. A polícia analisa imagens de um vídeo gravado em frente à casa da família, pistas obtidas com a ajuda de um cão farejador, e aguarda os laudos da perícia para concluir a investigação.
O Ministério Público e a Polícia Civil descartam a possibilidade de encontrar Joaquim com vida.
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